Agatha SamirezO sol brilhava e o clima era seco. Porém o céu azul se contentava com isso e permanecia sozinho lá encima. Sem nenhuma nuvem ou qualquer coisa do tipo. Só ele e o Sol.
Creio que estou que nem o céu hoje. Sozinha. A partir do momento que eu conseguir sair dessa casa — se eu sair — eu vou estar sozinha. Somente eu e minha alma.
Era nove horas quando ouvi um barulho na janela. Me levantei do banquinho da minha penteadeira e fui até lá.
Minha mãe ia em direção a cozinha quando a avistei, e a escada estava presa no ferro da minha janela.
Respirei fundo e olhei pra minha mochila.
Peguei a bolsinha que minha mãe me entregou e enfiei na bolsa já cheia de coisas, e agarrei a mesma no ombro.
Olhei ao redor do quarto, ouvindo o silêncio e sentindo o cheiro do lençol limpo que Greice lavou ontem mais cedo.
É agora ou nunca.
Consegui atravessar as duas pernas para o lado de fora da janela, e coloquei um pé no degrau da escada. Assim que senti meus pés cobertos pelo All Star branco estarem na grama que tinha ao lado de casa, segurei firme a alta escadaria e a coloquei encostada no muro branco.
Subi de pressa e me sentei no topo do médio muro, e olhei pra baixo.
Isso me causaria dor pra caralho e poderia quebrar alguma coisa.
Mas foi só pensar naquele idiota do Bonenno que meu corpo se inclinou e caiu no chão de pedras brancas.
Gemi baixinho e demorei em me levantar, logo começando a correr entre as casas da rua.
Eu sabia que meu bairro era no meio do nada, na onde ficava as coisas confusas da cidade e não tinha absolutamente nada mais do que algumas casas e estradas. Estradas e o sol ardente. Além da terra seca que contornava tudo isso.
Eu corria muito, não sei dizer se corria rápido, mas consegui fazer o meu melhor naquele momento. Avistei um pasto enquanto ainda corria, as vacas olharam pra mim, mas me repreendi pra não começar a rir e continuei correndo como não houvesse amanhã.
Meu corpo é em forma, porém a única coisa que eu faço pra manter ele assim é comer oque as pessoas dizem ser saudável. Então eu não pratico exercícios, e isso me deixou ainda mais debilitada do que pensava.
Minhas pernas começaram a doer quando as casas já estavam ficando pequenas comparado a grandeza que eram por conta da longevidade.
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O Mafioso de Las Vegas
FanfictionJoseph Rouge Bonenno é o maior mafioso de Las Vegas, filho do capô, Albert Rouge. Ele está prestes a tomar o lugar de seu avô como Don, já que seu pai simplesmente desistiu de ser Don quando Joseph nasceu. Mas para isso ele tem que estar preparado...