Weird

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Joseph Rouge Bonenno

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Joseph Rouge Bonenno

Sinto a água gelada escorrer pelas minhas costas e percebo que pela primeira vez na minha vida eu desejei que aquela sensação de frio me acordasse de algum sonho. Queria que fosse só um pesadelo.

Vai fazer duas semanas que Agatha está internada, sem previsão para acordar ainda. Não preciso nem falar como eu fiquei nesses últimos dias sem a Agah. Confesso que virei um bobão emocionalmente dependente de Samirez pra viver.

Nada dá certo, não consigo pensar direito e minha mente sempre insiste em pensar no estado de Agatha, me apressando e me deixando nervoso pra finalmente sair do escritório e retornar ao hospital, com uma pontinha de esperança de encontrar ela acordada.

Mas nestes 13 dias, tudo que eu vi foi uma barriguinha crescer levemente na minha esposa que continua de olhos fechados.

Me pergunto se ela pode escutar algo, sentir toques e cheiros. O tanto que eu já conversei com o seu corpo desacordado é brincadeira.

Terminando o banho, me visto e sigo até a porta de casa, preparado pra voltar ao hospital mais uma vez. Entro no carro e parto, como eu fiz nesses 13 dias.

Chloe não apareceu no hospital desde a última vez que a vi, na noite do acidente. Não duvido que depois de ter resolvido a bagunça do pendrive ela tenha corrido de volta a Espanha. Pra mim, está ótimo assim. Sinto um leve pressentimento que Chloe teve uma porcentagem de culpa do que aconteceu com Agatha. Ela poderia muito bem ter atirado no homem antes mesmo dele acertar Agatha, já que ela diz ter visto ele vindo por trás.

Talvez ela tenha visto o homem, só não quis avisar a Agatha e nem dar um passo para defender ela. Brooklyn acredita ter motivos fiéis para odiar Agatha e a família Camargo. Não duvidaria muito dela.

Estacionei em frente ao hospital, saio do carro e entro, indo até a recepção para receber o pequeno papelzinho de visitante. Sigo em direção ao quarto onde Agatha está, dou uma rápida olhada pela janela antes de abrir a porta.

Respiro fundo, fechando a porta atrás de mim e me aproximando da maca. Pelo visto, seus pais acabaram de deixar o hospital. Vejo balões em formato de morango, ursinhos e corações. Dou um mini sorriso ao ver o balão de morango.

— Parece que finalmente seus pais lembraram de alguma coisa relacionada a você, não é? — me aproximo, dando um beijinho na sua bochecha.

Algumas caixas de bombons estão na cômoda ao lado da sua maca, junto com um vaso de flores.

— Você não sabe como tá sendo difícil pra mim ter que fazer as coisas do meu dia-a-dia e saber que você não está bem, que não está no hospital pra trabalhar como você diz gostar tanto, mas sim deitada numa cama branca. — seguro a sua mão, seu dedo indicador está com um medidor de batimento.

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⏰ Última atualização: Oct 24 ⏰

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