Blessed Hands

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Agatha Samirez

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Agatha Samirez

Eu encarava a faca afiada no fundo do meu guarda roupa, embaixo de algumas camisolas. Havia avisado para que deixassem eu mesma arrumar as minhas coisas, com a desculpa de que eu gostava de tudo do meu jeito.

Na verdade não vejo precisão de te-la comigo, pensei em deixar ela escondida ali mesmo, mas não sei oque Joseph faria se encontrasse ela.

Eu posso precisar, quer dizer... Até dois dias eu temia Joseph com toda minha força, mas agora não sei se de fato, precisarei dela. Não confio em Joseph, não a esse ponto de me deixar totalmente indefesa.

Ele se mostrou tão carinhoso, tão verdadeiro e sincero nesses últimos dias que descartei a ideia do uso dela. Mas não sei oque fazer.

Depois que entramos pra casa após de ficarmos no jardim, ele foi pro escritório e eu fiquei perambulando pela casa até conhecer cada canto. No final da tarde comemos juntos o café, e depois ficamos conversando um pouco na sacada do quarto.

“.. — Então, quando era criança pensava em ser um pintor famoso? — eu sorri fazendo a pergunta, me balançando na cadeira suspensa ao teto.

Joe estava encostado na grade da sacada, me observando e observando o céu às vezes.

É. Por mais que naquela época oque eu soubesse fazer direito eram algumas paisagens e bonequinhos de linha, era o meu sonho. — riu nasal — Só fui fazer algum desenho direito depois dos 13. — sorriu, provavelmente lembrando.

Achei que você amasse algo relacionado com máquinas. Cogitei desejar ser engenheiro, algum empresário de uma marca de máquinas ou algo assim. — eu disse a verdade — Nunca pensei que me casaria com um pintor com as mãos abençoadas. — pensei alto.

Ele me olhou arregalando as sombrancelhas, um sorriso perverso surgindo no seu rosto lentamente.

Espera, não foi isso que eu quis dizer, é que... — tentei me explicar, até ele me interromper.

Eu sei Agatha. — soltou uma pequena risada, depois ficando quieto por alguns segundos. Ele me olhou — Mas se você quiser eu te mostro a benção que as minhas mãos podem fazer.

Joguei uma almofada que estava na cadeira em sua direção, ouvindo suas risadas altas.

Idiota.

Sua risada cessou com lentidão, depois disso da sua boca um suspiro saiu, eu desviei o olhar para a paisagem de árvores.

O Mafioso de Las VegasOnde histórias criam vida. Descubra agora