Madness

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Agatha Rouge Samirez

— Deixe o medicamento ali, a seringa, você pode jogar fora. — aviso a enfermeira, estralo o pescoço e respiro fundo, quase terminando o meu turno.

— Isso vai desinchar logo, doutora? — a moça deitada na maca pergunta, eu encaro a bolota na pele dela que parece mais um tumor do que um caso de infecção.

— Assim esperamos. — ponho as mãos no bolso do jaleco — Vamos analisar a pele amanhã, e se caso não abaixar, teremos que te encaminhar para um oncologista pra te examinar e um dermatologista pra ver o que pode ter causado isso. Não posso mentir, tem chances de ser um tumor, mas pela área onde ele se localiza tem grandes chances de ser benigno. — sorrio.

A paciente suspira, preocupada.

— Não se preocupe por agora, durma porque o amanhã ainda está bem longe. — agarro sua fixa e saio do quarto, caminhando pelo corredor branco.

Chego ao balcão e entrego novamente a fixa da paciente para uma das meninas que ficam no balcão e bocejo.

— Hoje teve coisa, hein, doutora?

— Nem me fale. Tchau meninas, até amanhã. — sorrio e caminho até o vestiário feminino,entro nele e como de costume antigo, começo a me trocar, tirando o uniforme hospitalar.

Ouço um barulho ecoar pelo cômodo, estava prestes a tirar minha calça. Franzi o cenho e olhei em volta, não vendo ninguem.

Bem, as coisas estralam às vezes, não deve ser nada demais.

Volto a me vestir e ponho a calça jeans, mas antes que eu consiga a abotoar sinto alguém me sufocando por trás. Arregalo os olhos e seguro o pedaço de pano que me enforca, a pessoa me puxou mais pra trás até que eu consegui ver quem é.

— Te encontrei na hora certa, hum? — busco o ar enquanto encaro Edward em choque, começo a me sentir quente e sinto que minha garganta está sendo esmagada.

Tento ao máximo tirar o tecido da minha garganta, mas a força que ele está usando é muita. Tusso e seguro seu cabelo, o puxando com toda força que eu conseguia no momento, porém não é o suficiente. Deixo meus braços caírem ao lado do meu corpo e sinto minha pressão abaixando, uma tontura me rodeando e meus olhos querendo se fechar.

Edward me joga encima do banco de metal que tem no meio do vestiário entre os armários, minhas costas doem de imediato, começo a me desesperar por estar perdendo a consciência. Olho ao redor pra ver se encontro alguma coisa para me defender, no entanto só vejo a caneta que tinha caído do meu jaleco.

A tontura quase me engolia e meus olhos estavam fechando quando minhas mãos alcançaram a caneta azul, com as minhas últimas forças existentes cravo a caneta no pescoço de Edward, que para de me sufocar e cai pro lado.

Respiro ofegante e começo a tossir involuntariamente, minha garganta dolorida e a sensação horrível de respirar de um jeito desajeitado.

Olho pra Edward já levantada e engulo seco, passando a mão no meu pescoço, tentando massagear a área dolorida.

Junto minhas sobrancelhas e ando até minha mochila ainda com os olhos no Eddie, minha raiva aparecendo em segundos. Procuro no bolso de fora o que  vou usar e quando finalmente encontro, pulo o banco de metal e seguro Edward pela sua camisa.

O Mafioso de Las VegasOnde histórias criam vida. Descubra agora