Agatha Rouge Samirez
Acordei com uma barulheira que ecoava em meus ouvidos, sons de panela e talheres que pareciam cair no chão. Esfreguei os olhos forçando a me sentar na cama, tendo uma visão ampla da minha solidão no quarto.
Franzi o cenho por ter quase certeza de ter sentido Joseph se deitar na cama no meio da madrugada, mesmo acordando sozinha agora.
Revirei os olhos. Nada anormal.
Chutei o edredom branco e fui direto pro banheiro, fazendo minhas higienes e o meu costumeiro banho da manhã. Lavei o cabelo e pus um vestido bege leve e que ia até os meus joelhos.
Finalmente desci as escadas enquanto ia em direção a cozinha, a barriga roncando desde o momento que eu acordei.
Parei na porta da cozinha segurando o batente da porta, encarando a cena com uma cara confusa.
Joseph estava com um pano no ombro, uma panela na mão e uma espátula na outra, ele fazia os bacons pularem na frigideira enquanto o fogo aumentava de tamanho.
Cruzei os braços e soltei um pigarro.
Ele olhou pra mim por cima dos ombros, e então sorriu.
— Acordou, a Bela adormecida...— voltou a atenção na frigideira.
— Oque você está fazendo?
Ele me encarou por um instante, como se fosse óbvio, revirou os olhos e voltou a atenção na frigideira de novo.
— Café da manhã. A empregada que sempre faz o meu e o seu está doente e as outras tem coisas a fazer. — deu de ombros.
Me sentei na banqueta alta que ficava de frente ao balcão e apoiei o queixo na mão esquerda.
— Nem sabia que você cozinhava.
— Sou rico, não burro. — colocou o bacon num prato branco no centro da mesa, que por sinal já estava repleta de comidas.
Havia pão, manteiga, suco de laranja, uva e maracujá, panquecas com mel, croissant's, morangos frescos e mais algumas frutas.
— Você fez isso tudo sozinho? Que horas você acordou? Não vai pro cassino?
Se sentou do outro lado do balcão, finalmente, e riu nasal, enquanto alcançava um croissant.
— Uma pergunta de cada vez. Sim, eu acordei cedo pra fazer o café por que não conseguia dormir, por conta de uma indivídua que puxava o cobertor de mim toda hora. — me olhou com uma cara de tédio e eu sorri amarelo — E eu acordei quando o sol estava nascendo, umas cinco ou seis da manhã mais ou menos. Não vou pro cassino porque deixei tudo na mão da equipe do meu avô. Estou de saco cheio e até semana que vem posso não aparecer lá.
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O Mafioso de Las Vegas
FanfictionJoseph Rouge Bonenno é o maior mafioso de Las Vegas, filho do capô, Albert Rouge. Ele está prestes a tomar o lugar de seu avô como Don, já que seu pai simplesmente desistiu de ser Don quando Joseph nasceu. Mas para isso ele tem que estar preparado...