Leaving

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Chloe Brooklyn

— Não gasta a porra do meu tempo com reclamações, Ryan. Você deveria estar achando um ponto onde podemos ficar que é perto da ilha. Se tivesse com a boca calada já teria achado. — revirei os olhos  enquanto me ajeitava na poltrona bege do jatinho do meu primo.

— "Bla bla bla" não esquece que eu não sou seu empregado e sim um agente que vai ajudar na missão, burguesinha. — fez uma careta enquanto me imitava. Lancei o dedo do meio.

Olho pela janela vendo os prédios. Ainda estamos pousados no terraço por conta do atraso de Joseph. Fala sério, sempre falam pra eu parar de odiar ele, mas não dá. Toda hora é uma porcaria nova que eu ouço dele.

Primeiro o casamento com a garota da família que eu mais odeio, segundo o nosso plano fracassado do pendrive que por conta dele foi um inferno. E agora, quando eu sou a errada pela primeira vez na história, ele quase me enforca.

Depois que sairmos de Las Vegas presumo que vamos ficar em uma ilha não muito distante da onde está o cofre. Ryan está apenas preparando as informações corretas para o pouso. Não temos uma hospedagem boa, mas uma missão não é sinônimo de luxo.

O intuito aqui é pegar o pendrive, dar um chega pra lá no grupo de pessoas que o roubaram e vir pra casa, não queremos demorar muito.

Enquanto o armamento, temos um helicóptero carregando apenas armas de qualquer tipo e tamanho. Os soldados que virão conosco também estão indo parcialmente com a gente, e parcialmente em outro jatinho.

Estamos preparados, isso é inegável. Mas o que pode estar por vir pode ser muito maior do que esperamos. Muito mesmo.

Agatha Rouge Samirez

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Agatha Rouge Samirez

Assisto Joseph fechar a última mala na qual uma arma pequena está escondida. Ele tira ela de cima da cama e se vira pra mim, suspirando em silêncio. Seguranças entram no quarto de repente e com facilidade pegam as três malas de Joseph e carregam pra fora — uma delas está repleta de fuzis —, mas ele continua quieto me observando.

E então tenho a sensação que estou voltando no tempo, quando eu finalmente começo a sentir algo por ele. Cravo cada detalhe seu igual eu cravei quando linhas tênues de paixão se formaram dentro de mim.

O cabelo mediamente bagunçado, as pupilas tão pigmentadas no meio daquele castanho-verde, cujas dilatadas enquanto olham para mim. A camisa preta com os primeiros botões desabotoados e as mangas pra cima. A sua cicatriz no pescoço. Cuja nunca foi citada nem por mim, nem por ele. O rosto balanceado pelo jeito angelical de seus olhos e a perversão nas suas expressões.

O Mafioso de Las VegasOnde histórias criam vida. Descubra agora