The Disaster

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Joseph Rouge Bonenno

Conseguimos nos aproximar o bastante da barraca montada que vimos inicialmente, logo na nossa chegada. E em questão de meia hora nossos alvos saíram dos seus esconderijos, todos com uma cara de insônia e se alongando.

Oque eles achariam se o café da manhã deles fossem balas?

— Agimos agora? — Ryan perguntou. Ele estava em posição para avisar os soldados que iam avançar ao meu comando.

— Não. Espere eles comerem e voltarem pra barraca. De manhã as pessoas não têm muita força e raciocinam menos do que o normal. Assim vai ficar mais fácil pegar o pendrive. — eu disse e o moreno balançou com a cabeça.

Brooklyn estava à minha esquerda, abaixada no mesmo arbusto que eu. Não sei o porquê ela quis ficar tão perto.

— Acha que eles estão armados? — Chloe pergunta.

— Possivelmente. Não é possível que eles tenham caído de paraquedas aqui nessa ilha e encontrado o cofre. — pensei mais um pouco — Mas também, eles não tem o porque trazer armas pra uma ilha deserta e isolada. Pra eles a única ameaça são animais selvagens. — observo eles prepararem o café da manhã mais medíocre que já vi na vida.

— Bem pensado. — sussurrou de volta pra mim.

Fico em silêncio e o resto do pessoal continua em alerta, vejo um por um voltar à barraca. São seis deles. Eles entram com comida na mão.

— Joseph. — Chloe me chama.

Olho pra ela e alterno entre seu rosto e os três últimos que estavam sobrando pra fora.

— Não temos muito tempo, fale agora.

— Você não sente falta? — encaro ela incrédulo. Percebo em segundos do que ela está falando.

Como eu poderia sentir falta de algo que eu ao menos desejei na época? E como ela pode ser tão egoísta ao ponto de pensar nisso quando estamos tratando de um erro que ela cometeu?

— Você tá de brincadeira? — um dos três homens entra — Acha mesmo que eu sentiria falta de um pico de puberdade? Faça favor, Brooklyn. — revirei os olhos
— Você está me provando mais ainda seu egoísmo ao pensar nisso quando estamos resolvendo uma merda que você fez.

Os dois homens entram juntos na barraca e viro pra Ryan acenando. Ele chama os soldados por sinais e eles avançam em direção a barraca.

Me levanto e sigo em direção aonde os bastardos estão. Ryan está ao meu lado, porém Brooklyn se afastou e ficou mais perto dos soldados.

Estralo os dedos a cada passo que dou. As folhas espalhadas pela grama fazem barulho e ouço um cochicho de dentro da cabana. Dou um suspiro e paro em frente a abertura da mesma.

— William? Pode mostrar os indivíduos pra mim, por favor? — digo a um soldado atrás de mim.

— Com todo prazer do mundo, chefe. — William dá um chute e desmonta a barraca barata que se sustentava com pregos finos. E só então vejo o rostinho de cada um dos enxeridos que invadiram o que não era permitido.

Eram quatro homens e duas mulheres.

— Podem terminar de tomar o café da manhã quando me devolverem o que me roubaram.

O Mafioso de Las VegasOnde histórias criam vida. Descubra agora