Capítulo 1

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Maria Clara, 24 anos

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Maria Clara, 24 anos

Dia dos pais tem sido o pior dia durante esses seis anos, só perde pro dia 2 de junho, quando meu pai morreu pra salvar minha vida, e junto com ele levou um pedaço de mim.

Deixou um vazio sem explicação, que nunca vai ser preenchido.

E assim eu tento viver durante todos esses anos, mas não tenha um dia sequer que eu não lembre dele. De tudo que ele representou pra mim.

Como eu sempre disse, meu pai sempre foi o grande amor da minha vida.

Além de perder meu pai, também perdemos o Castro, que esteve sempre com a gente desde o início.

Foi tão duro dar a notícia pra Leti, com um bebezinho tão inocente que merecia crescer e conhecer o pai incrível que tinha.

A Leti caiu em uma depressão severa, foram mais de três anos pra ela conseguir se recuperar, acredito que a força dela pra continuar saiu do Nicolas. Mas em nenhum segundo deixamos ela sozinha, todo mundo compartilhando a mesma dor, mas buscando forças pra dar ao outro.

Eu mal consigo lembrar daquele dia sem que as lágrimas venham nos olhos, foram tantos acontecimentos de vez, incluindo o morro, que perdemos.

Meu pai foi embora e o império caiu junto com ele.

⏱️ Flashback on

Maria: volta GB, por favor deixa eu voltar pro meu pai - Bati no banco do carro. - ele não pode me deixar, não pode
Gringo: vem cá - Me abraçou com força.

Minha esperança era que toda dor fosse embora, mas a cada minuto que passava a agonia tomava meu corpo.

O radinho do Gringo soou perto da gente e eu me atentei a saber o que era.

Por mais distante que eu estivesse dali.

Cabelinho: BABOU BABOU BABOU PORRA PACIFICARAM A ROCINHA CARALHO TEM CANA EM CADA ESQUINA MATARAM OS MENOR PORRA
Maria: o quê?
Gringo: muda a rota GB, vamo pro Alemão
Maria: eu quero ir pra casa, eu quero ir pro morro do meu pai, é a casa dele, é a nossa casa
Gringo: os policia chegaram lá perigosa, já era ora nós se tentar
Maria: isso é um pesadelo, eu tenho certeza que eu vou acordar
Gringo: eu to contigo pra tudo, to com você - Apertou minha mão.

⏱️ Flashback off

E desde então, moro aqui no Alemão, não é como estar em casa, nunca vai ser, mas era o que a gente tinha naquele momento.

Filha do Tráfico 2Onde histórias criam vida. Descubra agora