Capítulo 56

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Gringo

Estacionei o carro próximo a casa da Luna e desci, indo em direção a porta. Chamei umas três vezes, até ela responder. Não demorou muito pra ela aparecer abrindo a porta, quando me viu ficou até pálida.

Gringo: licença - Falei entrando.
Luna: aconteceu alguma coisa?
Gringo: eu que te pergunto Luna, que papo é esse de gravidez? e por que falar pra Maria e não pra mim?
Luna: eu posso explicar
Gringo: é, eu espero que tu possa mesmo
Luna: eu não sei o que me deu Gringo, eu sei que você ia odiar a notícia, então eu pensei que a Maria podia amenizar a situação de alguma forma, ela é a única pessoa que você escuta
Gringo: porra Luna, eu sou o pai, a Maria não tem caralho nenhum haver com isso
Luna: desculpa
Gringo: como você descobriu?
Luna: menstruação atrasada e os outros sintomas, enjoo, estresse
Gringo: fez o teste?
Luna: de farmácia e de sangue, todos deram positivo
Gringo: você tem certeza que sou eu? não to duvidando da sua honestidade, sua palavra é o que vale, mas você pode ter se envolvido com outra pessoa desde que a gente terminou

Ela hesitou no que ia falar e logo em seguida caiu no choro.

Gringo: calma po - Puxei ela pra um abraço. - não falei isso pra te magoar, tenho uma consideração do caralho por você, e você sabe disso
Luna: não é isso Gringo, é que eu não tenho ninguém, sem suporte, sem rede de apoio
Gringo: eu não vou te deixar na mão
Luna: e sobre sua pergunta, eu acredito que esse bebê seja seu pelo tempo, mas sim, eu estive com outra pessoa
Gringo: depois de mim?
Luna: óbvio Gringo, não que seja da sua conta, mas foi o Jhon
Gringo: eu imaginei, já conversou com ele sobre essa possibilidade?
Luna: claro que não, não tenho intimidade com ele pra isso
Gringo: tem alguma chance dele ser o pai?
Luna: a gente só transou uma vez, a chance é quase nula
Gringo: se importa de fazer o dna?
Luna: não, mas só pode a partir do terceiro mês
Gringo: a gente espera, mas você vai ter que conversar com o Jhon
Luna: como eu vou fazer isso Gringo?
Gringo: vai pedir pra falar com ele e pronto, dizer que tem chance dele ser o pai e acabou
Luna: muito fácil falar
Gringo: tu sabe que eu vou te dar assistência todos os meses se for preciso, mas no terceiro mês eu preciso ter certeza
Luna: claro, é o seu direito
Gringo: eu tenho que ir, você vai ficar bem?
Luna: vou sim, e me desculpa por ter falado primeiro com a Maria, eu não quis te prejudicar
Gringo: ta suave, qualquer coisa me manda mensagem
Luna: tá bom

Dei um beijo na testa dela e saí da casa, caminhando pro carro. Entrei e dei partida pro Alemão.

Se esse filho for meu, vai ser muito bem-vindo e receber todo amor do mundo. Mas se não for, eu vou ficar feliz igual, to sendo filho da puta? Talvez, mas eu quero minha vida com minha mulher e tudo relacionado a ela, inclusive filho.

Depois de uns minutos, parei o carro em frente da casa da perigosa e desci. Passei pelo Jhon na porte e cumprimentei ele com um aceno. Não ia falar nada, não tenho direito.

Entrei na casa, não tinha ninguém por ali, devem estar todos dormindo pelo horário. Então, caminhei direto pro quarto dela e abri a porta. Fechei logo em seguida, indo pro banheiro.

Não tomei banho desde o hospital. Tirei a roupa e entrei no box, ligando o chuveiro e caindo na água.

Passei a mão no cabelo e fechei os olhos sentindo a água quente.

Senti mãos na minha cintura e me virei de frente pra ela, abraçando seu corpo.

Gringo: tá se sentindo bem?
Maria: to sim
Gringo: te acordei?
Maria: não, tava tentando dormir ainda

Ela mordeu o lábio abaixando a cabeça e eu segurei em seu queixo, dando um selinho nela.

Gringo: pode não ser meu
Maria: o quê?
Gringo: não confia totalmente nisso, a gente vai fazer o dna daqui a três meses
Maria: você tá bem com isso?
Gringo: to sim, vou ficar tranquilo até o dia do exame, e você vai fazer o mesmo, entendeu? - Ela confirmou com a cabeça.
Maria: sabe o que eu queria agora?
Gringo: fala aí que eu faço

Maria mordeu a pontinha da minha orelha e sussurrou pra mim.

Maria: quero transar com você
Gringo: essa eu vou ficar te devendo
Maria: como é que é? - Me encarou de cara feia.

Fechei o registro do chuveiro e beijei seu rosto, puxei a toalha e passei pelo corpo.

Maria: Gringo - Dei as costas indo pro quarto enrolado na toalha. - vem aqui agora

Peguei uma das minhas camisas que ela rouba e vesti junto com uma bermuda folgada que tinha deixado aqui.

Maria: Gringo - Apareceu no quarto sem roupa.
Gringo: nem adianta, médico mandou você descansar

Deitei na cama e ela veio por cima de mim, beijando meu pescoço.

Maria: amor - Bateu no meu braço. - só um pouquinho vai
Gringo: para de me atentar Maria Clara, hoje tu vai descansar
Maria: vai me negar mesmo? - Confirmei dando risada da cara que ela fez. - tá bom então, beleza Gringo, vai se fuder
Gringo: calma minha gostosa

Ela foi pro outro lado da cama e virou contra mim.

Gringo: para de birra, é pro teu bem
Maria: estou de greve
Gringo: greve?
Maria: greve de sexo por tempo indeterminado
Gringo: para de graça - Ela me deu dedo e se cobriu com o lençol. - vai dormir que passa
Maria: vai se fuder - Dei risada.

[...]

Acordei ouvindo barulho de vidro batendo e abri os olhos, tendo a visão do paraíso. 

Levantei da cama rápido e agarrei a gostosa de lingerie vermelha decotada.

Gringo: bom dia - Beijei seu pescoço.
Maria: bom dia meu amor - Falou se esfregando em mim.
Gringo: tá se sentindo 100%?
Maria: você nem imagina o quanto eu to ótima
Gringo: da uma voltinha pra eu ver tu

Ele deu uma volta e eu a agarrei novamente, deixando um tapa na bunda dela.

Gringo: toda gostosa assim pra mim?
Maria: pra você? se manca amor, eu to indo pro trabalho
Gringo: como é que é? pro trabalho com essa lingerie? tá me achando com cara de otário?
Maria: to de greve Gringo
Gringo: que porra de greve caralho - Falei já impaciente.

Maria se trancou no banheiro e saiu vestida no terninho.

Maria: tchau amor, tenha um bom dia - Mandou beijo no ar.
Gringo: Maria Clara vem cá, vem cá

Ela saiu correndo e eu respirei fundo tentando me controlar.

Filha do Tráfico 2Onde histórias criam vida. Descubra agora