Capítulo 41

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Gringo

Parei o carro em frente ao prédio que ela apontou sendo o que ela trabalha. Estacionei no lugar certo e descemos do carro juntos. Quando passamos pela portaria, tive que apresentar meus documentos, maior burocracia o bagulho.

Entramos no elevador ela clicou no botão do andar que nós íamos. Observei minha perigosa, tava usando uma roupa mo arrumadona, coisa de gente chique mesmo, uma bolsa grande e o salto alto fino no piso do elevador.

Gringo: vou cometer um crime só pra ter essa advogada só pra mim - Cheirei seu pescoço.
Maria: eu já sou só sua bobo
Gringo: gostosa

O elevador abriu e ela me deu a mão, fazendo com eu a seguisse até entrarmos no escritório. Tinha uma mulher ali sentada, mas logo ela notou nossa presença.

Maria: bom dia Bianca
Bianca: bom dia doutora, bom dia senhor, eu não sabia que tinha uma reunião agora
Maria: não tenho, esse é o Gringo, meu namorado - Encarei ela semicerrando os olhos.
Bianca: ah, desculpa, pensei que era um cliente, prazer
Gringo: satisfação
Maria: vem, minha sala fica aqui

Segui ela até a tal sala e fitei o lugar todo organizado, mas cheio de papéis em cima da mesa.

Gringo: namorado?
Maria: ué? - Arqueou a sobrancelha. - e nós não somos namorados?
Gringo: tu sabe que é minha mulher po
Maria: não me lembro de ter casado
Gringo: me provoca não po, tá cheia de gracinha tu - Ela revirou os olhos.
Maria: mas iai, gostou?
Gringo: tem tua cara e teu cheiro

Me aproximei pegando em sua cintura e cheirei seu pescoço antes de dar um selinho na boca gostosa.

Gringo: me fala a hora pra te buscar
Maria: tá bom

Saí da sala, passando pela recepção fiz um aceno pra tal Bianca e segui meu caminho pro carro.

O caminho pro morro foi suave, já cheguei parando  na boca pra ficar na ativa.

Mexer com o tráfico no exterior é um bagulho suave, ao menos pra mim, ficar só nas negociações te faz sentir falta da adrenalina.

Já ouvi a voz do Ret alterada no beco, belo começo de semana.

Ret: eu quero minha porra Cabelinho
Cabelinho: mas o bagulho não funciona assim
B2: tu é o chefe do bagulho todo o Ret, a frente do Alemão é tua a qualquer hora
Ret: minha casa é a Rocinha po, Alemão não vai substituir nunca
Cabelinho: tem que esperar
Ret: esperar o caralho, só não invado aquela porra agora porque muito sangue inocente vai ser derramado pelo caminho
Gringo: iae po, suave? - Eles me cumprimentaram. - Cabelinho tá certo Ret, planeja o bagulho com calma
Ret: mais calmo que eu, só dois de mim
Cabelinho: calmo como uma bomba
Índio: qual o papo? -  Chegou fazendo toque com geral.
Cabelinho: pra variar o Ret tá estressado
Índio: agora fala uma novidade
Ret: cheio de gracinha po, to doido pra descarregar meu pente mesmo
Cabelinho: calma amor - Fez coração com as mãos.
B2: nem parece que tem mulher essa porra
Índio: aquela pobre é só cortina de fumaça pra ele ficar no armário mais tempo
Gringo: ó as ideia
Cabelinho: bando de pau no cu que invejam meu amor
Ret: vou pra casa levar o Theo na escola
Cabelinho: deixa ele po, paizão tá amando
Ret: vai procurar meter um filho Cabelinho
Cabelinho: tento toda noite
Ret: pau no cu

Observei o Ret sair dali e os outros três logo se dispersarem também. Aproveitei o momento e fui na cola do B2.

Gringo: quero bater um papo contigo
B2: pode falar mano
Gringo: não sou teu mano e fica longe da minha mulher
B2: qual foi Gringo? Maria é minha parceira de tempos po
Gringo: to te passando a visão B2, se eu te ver de muito papo com ela o bagulho vai ficar embaçado pra tu
B2: tá me ameaçando por que porra? nunca te dei moral nem motivo pra isso
Gringo: mulher de bandido é mulher de bandido, se cria de talarico pra cima de mim não
B2: beleza Gringo, fica em paz com tua mulher, quero caô não

Filha do Tráfico 2Onde histórias criam vida. Descubra agora