Capítulo 50

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Alguns dias depois...

Maria Clara

Gringo: coisa linda - Cheirou meu pescoço.
Maria: cê fica me mimando assim, depois não reclama, gostoso
Gringo: você é minha gostosa, mimo mesmo, é minha
Maria: possessivo
Gringo: tu gosta ninfeta, se faz de sonsa não
Maria: bora vai, tenho que olhar o Theo, Ana e meu pai vão sair
Gringo: vou fazer um bagulho depois vou ficar contigo
Maria: tá bom, mas vamos logo

Saímos de mãos dadas e fomos pra principal do morro, subindo juntos.

Maria: vai fazer o quê?
Gringo: o que eu faço quando to sem tu? trabalho né
Maria: uhum sei, tu tá estranho Gringo, tá me escondendo o quê?
Gringo: não escondo nada de tu perigosa
Maria: espero mesmo
Xxx: Maria Clara

Me soltei do Gringo olhando pra trás e até apertei os olhos pra ter certeza de quem estava vendo.

Maria: Sophie?
Sophie: oi, ainda bem que te encontrei
Maria: nunca pensei ouvir isso de você
Gringo: quem é?
Maria: ela estudou comigo

Olhei pra criança de mãos dadas a ela. Um menino que aparentava ter seis anos, como a Isa falou aquele dia na pastelaria. Não parecia nada com a mãe.

Sophie: eu preciso da sua ajuda
Maria: se eu puder, claro que sim
Sophie: o Cabelinho, eu fui atrás na Rocinha, mas parece que muita coisa mudou
Maria: então...
Sophie: ele morreu né? - Me interrompeu. - eu não acredito que eu esperei tanto pra isso
Maria: calma, meu padrinho tá vivo, ele só não tá no Rio, mas o que você quer com ele em Sophie? tem haver com essa criança?
Sophie: eu realmente preciso falar com ele, é urgente
Isa: Sophie?

Isa caminhou na nossa direção com os braços cruzados, sem acreditar na pessoa que estava vendo depois de tanto tempo, assim como eu.

Isa: o que tu tá fazendo aqui mulher? quem é essa criança ai? teve filho foi?

Encarei ela tendo vontade de rir, que mulher sonsa cara.

Gringo: eu tenho que ir
Maria: vai lá, eu só vou resolver isso aqui

Dei um selinho nele, e vi o mesmo sair descendo o morro.

Isa: fala filhona
Sophie: eu preciso falar com o Cabelinho
Isa: ih se deu mal, tá viajando faz dias
Maria: se você me disser o assunto e se for importante, eu posso falar com ele
Sophie: é importante, eu não estaria aqui se não fosse
Isa: é sobre esse menino aí? - Apontou.
Sophie: esse é o Lucca, meu filho, fala com elas meu bem
Lucca: oi - Falou tímido se escondendo atrás dela.
Maria: oi lindo - Sorri pra ele.
Isa: deixa eu ver se é isso mesmo que eu to pensando, o Lucca é filho do Cabelinho?
Maria: o quê?
Isa: tá lenta em amiga, tá lenta
Maria: se é realmente isso, ele vai voltar pra ontem, é isso Sophie?
Sophie: sim
Isa: sabia cara
Sophie: por favor Maria
Maria: volta aqui amanhã? nesse mesmo horário, ele já vai tá aqui
Sophie: claro, obrigada, muito obrigada, dá tchau Lucca - Ele acenou um tchau e nós acenamos de volta. - até amanhã

Sophie saiu carregando o filho e eu encarei a Isa ainda incrédula.

Maria: isso acabou de acontecer?
Isa: é a fofoca do ano, caralho
Maria: meu padrinho vai ter um infarto, imagina descobrir que tem um filho assim?
Isa: puta que pariu
Maria: preciso dar um jeito dele voltar pra ontem
Isa: mas não é muito bom dar essa notícia por celular né?
Maria: vou fazer meu pai inventar algo pra ele vir logo, e você tá na rua esse horário por quê?
Isa: sai mais cedo do trabalho, vou contigo, não quero perder um segundo dessa fofoca
Maria: ridícula cara, vamo logo vai

Caminhamos pra minha casa, assim que chegamos vimos uns cinco vapores ali na contenção, o Jhon não tava entre eles, provavelmente dia de folga hoje, meu meninão merece demais.

Só eu sei o quanto eu sou grata pelo Jhon trabalhar comigo, esse cara merece muito, muito mesmo.

Entrei vendo meu todo arrumado, um gatinho.

Maria: preciso de você
Ret: fala
Isa: fofoca Retinho, cê nem sabe
Ret: não gosto de fofoca
Isa: eu gosto e você nem imagina
Maria: preciso que você invente algo pra meu padrinho voltar, agora
Ret: vai falar o que tá acontecendo?
Maria: ele é pai
Ret: o quê?
Maria: eu acho
Ret: do que vocês estão falando?
Maria: nem a gente sabe direito pai, só liga logo pra ele
Ana: to pronta - Falou saindo do quarto.
Ret: eu ligo no caminho
Maria: não esquece, ele precisa tá aqui amanhã
Ret: pode deixar
Maria: cadê o Theo?
Ana: tá no quarto brincando
Isa: boa saída casal
Ret: tchau pra vocês
Ana: tchau meninas
Maria: tchau

Eles saíram dando as mãos e eu encarei a Isa.

Isa: vai ser babado amanhã
Maria: isso é coisa séria Isabele
Isa: e eu não sei? por isso que eu não perco por nada
Maria: maluca - Dei risada. - vou dar uma olhada no Theo

[...]

Passei o lençol por cima do Theo, conferindo se ele realmente dormiu.

Maria: coisa linda - Beijei seu rosto.

Saí do quarto dele e fechei a porta. Caminhei pro meu quarto, mas antes peguei meu celular na sala e o Gringo não tinha respondido nenhuma das minhas mensagens. Simplesmente desapareceu.

Fui até o quarto e tomei um susto com ele deitado na cama com uma calcinha minha na mão.

Maria: Gringo
Gringo: calcinha cheirosa
Maria: seu tarado

Fechei a porta e caminhei até ele puxando a calcinha de sua mão.

Maria: te mandei mensagem
Gringo: tava ocupado
Maria: tava com a mão aonde que não podia responder?
Gringo: olha aqui - Estendeu o braço.

Segurei sua mão e me aproximei semicerrando os olhos ainda sem acreditar no que eu estava vendo.

Maria: meu rosto

Passei a mão pelo antebraço dele tomado por uma tatuagem com meu rosto.

Maria: você tatuou meu rosto Gringo
Gringo: assim eu te vejo o tempo todo

Ele estendeu o outro braço e eu pude perceber que ali tinha uma nova tatuagem também, uma data.

Maria: essa data...
Gringo: é o dia que a gente se conheceu - Me interrompeu.
Maria: eu não sei nem o que dizer, eu só sei que eu sou completamente apaixonada por você

Subi em seu colo e abracei ele com todas as forças.

Maria: caralho, como eu te amo Gringo
Gringo: eu amo mais perigosa
Maria: meu amor - Alisei seu rosto. - obrigada por tanto
Gringo: eu sou teu e tu é minha perigosa, tá marcado na minha pele e na minha alma
Maria: por que eu?
Gringo: porque tinha que ser você, meu destino reservou você, antes de nós nascer já era pra ser, nós somos predestinados perigosa
Maria: pra sempre?
Gringo: tu pode me mandar embora apontando uma arma na minha cabeça que eu não vou, eu não vou mais embora, não vou sair do teu lado
Maria: nem eu do seu - Beijei ele.
Gringo: até porque tu tem que cuidar de mim, to velho já
Maria: idoso, já tem 32 anos cara, daqui uns dias teu pau nem sobe mais
Gringo: como é ninfeta?
Maria: isso mesmo amor, teu pauzinho nem vai subir mais
Gringo: pauzinho?
Maria: isso aí que tu tem no meio das pernas
Gringo: que vai entrar em tu agora pra aprender a me respeitar
Maria: hum, to mesmo querendo aprender a te respeitar
Gringo: tá é? - Confirmei com a cabeça mordendo o lábio inferior. - ninfeta

Tirei minha blusa jogando no chão e ele apertou meus peitos com força.

Gringo: eu não sei mais o que fazer contigo perigosa
Maria: por quê?
Gringo: já te tive em todas as posições e a vontade de você não passa
Maria: então vem pegar o que é seu - Mordi seu pescoço.

Filha do Tráfico 2Onde histórias criam vida. Descubra agora