Ret
Nos sentamos na mesa que o garçom nos trouxe, pedi algo mais reservado, não posso estampar a cara assim no bagulho.
Até então, eu ainda sou um homem morto e quero que continuem pensando dessa maneira.
Ana: aqui é bonito
Ret: que bom que gostou - Ela sorriu.Não tivemos muito tempo pra conversar ou ficar junto nesses últimos dias. Ela sempre no trabalho, acho que pra me evitar e eu também tive uns bagulho pra resolver.
Ret: pede aí o que tu gosta pra gente
Ana: tá bomEla chamou o garçom e ficou conversando por um tempão super interessada nas comidas que tinha.
Hoje não trouxe o Theo, quero um bagulho mais a dois, tentar ficar suave com a minha doutora de uma vez.
Quando ela terminou de fazer o pedido, me encarou sorrindo envergonhada.
Ret: me fala como foi o nascimento do Theo
Ana: depois que você supostamente morreu, ficou tudo tão intenso e complicado, já era meio que a reta final da gravidez, eu fiquei tão desolada, parecia que eu tava vivendo uma tristeza infinita Ret, então depois de uma semana eu tive o Theo
Ret: doeu?
Ana: nem me lembra disso - Dei risada. - doeu muito, pensei que fosse morrer de tanta dor, mas aí eu vi aquela coisa linda na minha frente e tudo valeu a pena
Ret: o moleque é perfeito
Ana: eu pensei que você nunca teria a oportunidade de conhecer ele
Ret: a vida tem dessas, é do jeito dela, mas deu certo doutora
Ana: que bom que deu - Sorriu. - eu não quero te perguntar como foi esses anos, não sei como você se sente em relação a isso
Ret: não pergunta doutora, não teve nada de bom, nada que eu queira lembrar, já não basta tá marcado na pele
Ana: eu sinto muito por tudo que te aconteceu
Ret: que culpa tu tem?
Ana: eu podia ter percebido
Ret: não podia Ana, o bagulho foi tramado certinho, mas sabe o que eles conseguiram com isso? - Ela negou com a cabeça. - nada, esse tempo todo tentando arrancar algo de mim, mas não conseguiram nadaO garçom chegou com um carrinho cheio de pratos, um monte de comida diferente, colocando tudo na nossa mesa.
Ana me explicou as comidas e a gente comeu rindo da minha reação, tinha uns bagulho sem gosto, mas a maioria era bom.
Depois que nós terminou de comer, paguei a conta e saímos do restaurante até o estacionamento.
Ana: a gente vai pra casa?
Olhei ela se encostar na lataria do carro e me aproximei ficando em sua frente.
Ret: tudo que acontecer essa noite depende de você doutora
Ana: não sei o que eu quero
Ret: o que tá te impedindo? pra que essa indecisão?
Ana: por que eu to com medo Ret - Falou com os olhos se enchendo de lágrimas.
Ret: medo de quê?
Ana: medo de me entregar e te perder de novo, eu não quero te perder de novo, doeu tantoAbracei ela sentindo sua respiração desregulada e as lágrimas molhando meu braço. Agora tudo tá explicado, essa negação sem motivo, na verdade tinha motivo.
Ret: tu não vai me perder Ana
Ana: você não pode afirmar isso
Ret: eu não posso afirmar, mas te garanto que vou fazer o possível e o impossível pra tá do teu lado, do lado dos meus filhos, é tudo que eu mais quero AnaAna me puxou pra um beijo e eu segurei sua cintura. Senti sua mão passar por cima do zíper da minha calça e já foi o suficiente pro Ret 2 criar vida, o parceiro já tá pra ficar maluco.
Ana: vamos pra algum lugar
Ret: se prepara doutora, hoje a noite vai ser longa - Ela deu risada.[...]
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Filha do Tráfico 2
Fanfiction"Carrego a glória e a dor de viver do meu jeito. Obediência é suicídio, prefiro cair do que me curvar. Os loucos românticos sempre riem por último. Eu não ganhei e nem perdi. Eu sou a própria vitória. Enfim, ninguém inveja o ruim, ninguém odeia o fr...