Inside Out • Chaesoo

Capítulo 58 - Reencontros

Kim Jisoo's point of view

— É impressionante o quanto ela cresceu. – percorro o meu olhar pelo corredor e encontro Lisa com um sorriso aberto e os olhos atentos na pequena criança deitada na cama e com a cabeça apoiada em minhas pernas – Quando eu a olho agora e olho para o verão do ano passado, parece que estou vendo duas Solar completamente diferente. – ela ri suavemente.

— Ela deixou de ser um bebê. – Jennie caminha pelo corredor e senta ao meu lado. Ela fixa o olhar em Solar e depois me olha – Agora ela é uma criançona.

— Eu sou o bebê da mamãe. – Solar desvia o olhar da tela do tablet e encara Jennie ao meu lado – Não é, mamãe? – ela me olha – Fala pra tia Jennie que eu sou o seu bebê.

— Você sempre será meu bebê, estrelinha. – passo a mão por seus cabelos castanhos e vejo seu sorriso se abrir.

— Ainda bem que temos a Chaeyoung em nossas vidas. – Lisa fala do outro lado. Ela solta um suspiro divertido e depois leva um copo de água até a boca.

— Realmente, não posso mentir. Se não fosse pela Rosie, minha filha não teria crescido e evoluído tanto. – admiro minha pequena deitada assistindo "Up altas aventuras".

— Você a tratava como um bebê recém–nascido, não é? – Jennie ergue uma sobrancelha, me fazendo rir.

— Eu ainda trato. – dou de ombros – A Rosie que está mudando essas coisas em mim. – solto um suspiro nostálgico – Ela sempre reforça o como é importante a Solar comer sozinha, ajudar a escolher seus alimentos, mesmo que tenhamos algumas discussões sobre o que é saudável ou não. – um riso leve e suave sai por meus lábios – Chaeyoung sempre enfatiza que nossa estrelinha precisa tomar banho sozinha e ter a responsabilidade de colocar as roupas sujas no cesto. Já a ensinou a escovar os próprios dentes, a fazer a própria cama e a dormir sem a babá eletrônica.

— A Chaeng realmente virou mãe. – Lisa volta com sua atenção para a Solar – E a Solar cresceu bastante.

— Sim. – meus lábios formam um sorriso triste – Eu me recusei a deixar a minha filha crescer, sempre a tratei como meu neném que acabou de nascer. Meu pequeno e frágil bebê. – friso meu olhar em minha estrelinha – Mas agora não tem mais jeito. – suspiro – A Chaeyoung está fazendo com que ela se torne uma mocinha. – escuto a risada nasal de Jennie ao meu lado.

— A evolução veio. – ela diz rindo – O bebê que comia com a mãe dando na boquinha, que sempre dormia sendo supervisionada. E a que mamãe sempre dava banho e escovava os dentes. – minha amiga levanta e para na frente da Solar – O bebê da mamãe não é mais bebê.

— Eu sou o bebê da minha mamãe. – minha filha coloca o tablet em sua barriga e encara Jennie – Eu vou sempre ser o bebê da minha mamãe. Ela não precisa de outro.

— E aqui vemos que a terapia e a Rosie ajudaram muito na evolução da Solar. Mas não ajudou nos ciúmes que mãe e filha sentem. – Jennie solta uma risada alta e depois se senta ao lado de Lisa.

— Eu não tenho ciúmes. – digo com monotonia e na mesma hora posso ouvir a gargalhada de Lisa ressoar por todo jato.

— Essa sempre será a melhor piada da Jichu. – a maior diz enquanto tenta controlar seu riso.

— Qual é a graça? – a encaro com uma sobrancelha erguida.

— Você é a graça, Jisoo. – Jennie revira os olhos – Você, sinceramente, consegue acreditar nisso?

— Eu não sou ciumenta, Jennie. – Lisa ri mais uma vez me fazendo bufar.

— O que você sente pela Goeun é o que então? – minha amiga frisa seu olhar no meu.