Um romance sobre duas garotas.
Heather Colemann (Interssexual) é uma grande empresária que mexe com grandes negócios.
Laura Clark Rampsey é uma prostituta de luxo, que apesar de se sentir extremamente mal por isso, não encontra uma saída para sair d...
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LAURA. ~x~
Acordei cedo no sábado. O relógio marcava perto das 7h, enquanto eu me acostumava à claridade suave que preenchia o meu quarto através das frestas da persiana.
Não consegui dormir direito aquela noite graças aos sonhos que teimavam em vagar pela minha cabeça.
Sonhei com os meus pais, ainda vivos, deitados ao meu lado na mesma cama onde agora eu me encontrava.
Meu pai mexia em meus cabelos, e minha mãe fazia carinho na minha barriga, como costumavam fazer quando eu era pequena, e tinha problemas para dormir.
Ambos pareciam me confortar por algum motivo que eu desconhecia.
Também sonhei com a Heather. Não lembro direito o que foi, mas sei que era ela porque, primeiro ela vestia as mesmas roupas de ontem, e segundo, minha cabeça atualmente apresentava a mania irritante de colocá-la em meus sonhos todos os dias.
Me permiti ficar aconchegada em meu cobertor e pensar nela.
Não que eu quase não fizesse isso, mas pensar nela era bom, e eu nunca parecia cansar de lembrar do rosto que atormentava ou dava luz aos meus sonhos.
De fato, talvez fosse por isso que eu não conseguia não sonhar com ela.
Lembrei do que aconteceu ontem.
Foi tudo tão rápido que, quando dei por mim, já estávamos fazendo tudo que fizemos.
Ela não havia me impedido dessa vez.
Pelo contrário, até fez com que eu
acreditasse que queria, e a julgar por seus olhos que esbanjavam desejo, mesmo estando claramente bêbada, e por sua nada discreta ereção, ela realmente queria.
Essa era a parte que me deixava mais confusa, porque no final da noite, eu tive a clara impressão de que ela estava tentando me evitar.
A forma como Heather foi embora pareceu uma fuga.
Eu não sabia do que ao certo ela fugia, mas me senti incrivelmente frustrada, principalmente depois de tudo que havia acontecido naquela noite.
Havia sido ela quem havia começado o jogo de sedução, coisa que vinha se negando veementemente a fazer.
Depois disso, me pediu daquela forma para que eu fingisse sentir algo por ela.
Lembro que tive que usar bastante do meu autocontrole para não mostrar, de verdade, tudo o que eu sentia por ela.
Não sabia quem tinha sido a pessoa que havia lhe dado a impressão de que ela não era importante, mas gostaria
imensamente de que ela não acreditasse no quer que tenha ouvido.
