Um romance sobre duas garotas.
Heather Colemann (Interssexual) é uma grande empresária que mexe com grandes negócios.
Laura Clark Rampsey é uma prostituta de luxo, que apesar de se sentir extremamente mal por isso, não encontra uma saída para sair d...
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LAURA. ~x~
Era um pouco antes das 23h quando finalmente chegamos ao apartamento dela.
Durante todo o percurso do restaurante até o prédio, não deixei de pensar um segundo sequer em como diabos Heather havia conseguido, com um carinho inocente na mão, me deixar completamente acesa de uma forma que ela mesma parecia não saber.
Fitei-a pelo canto do olho cada vez que parávamos em um cruzamento, encontrando-a descansando a cabeça no encosto de seu assento com os olhos fechados, então me dei conta de que ela devia estar realmente exausta e nem um pouco interessada em sexo aquela noite.
Merda.
Entrei no apartamento escuro, tateando em busca do interruptor.
Heather o encontrou primeiro, acendendo as luzes e evitando que eu desse com o nariz na parede.
Caminhei para o quarto onde estavam minhas coisas e ela me seguiu.
- Você não tem outras malas, né? - Ela perguntou, olhando para as várias bolsas e sacolas deixadas no canto do quarto.
- Não.
- Te empresto algumas minhas.
Ela disse isso enquanto tirava o sobretudo despreocupadamente, bocejando sem perceber e ficando, ao mesmo tempo, fofa gostosa, algo que eu jamais achei ser possível.
Continuei encarando-a como uma ninfomaníaca no cio, desejando mais do que tudo que aqueles dedos estivessem me tocando agora em lugares muito mais íntimos do que antes.
- Banho. - Ela disse enquanto apontava com o dedo para seu quarto, aparentemente muito cansada para formular uma frase completa.
Assisti o pedaço de mau caminho sair do meu quarto e caminhar pelo corredor enquanto tentava manter os olhos abertos.
Como, Deus, ela conseguia ser tão... tão... ela?
E o que estava acontecendo comigo, afinal de contas?
Desde quando eu era dada a explodir em hormônios perto de uma mulher?
Está certo, não era "uma mulher", era ela.
Mas mesmo assim, aquele simples toque, da forma polida e educada como foi, não devia ser o suficiente para ter me deixado em chamas.
Eu estava com muito calor.
- Ei! - Falei, alcançando-o em seu quarto antes que ela entrasse no banho - Posso usar aquela camisa?
- Ela é sua. Fica mesmo muito melhor em você.
Ela estava sem camisa, apenas de calça social e top, recolhendo uma calça e um casaco de moletom para vestir depois.