Capítulo 25

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HEATHER

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HEATHER.
~x~

Já era a terceira vez que eu passava pelo canal 107 da minha tv.

Cada canal demorava precisamente um segundo diante de meus olhos, talvez por uma lógica inconsciente que me fazia contar, através do clique no controle remoto, o tempo que Laura estava demorando.

Aquela noite estava anormalmente quente, por isso eu estava sentado na cama, olhando pateticamente para a enorme tv plana à minha frente, apenas vestindo uma calça de moletom e top, não prestando atenção em absolutamente nenhum programa que passava rapidamente pelos meus olhos.

Por que ela estava demorando? Talvez fosse melhor
verificar.

Mas e se Laura tivesse decidido não dormir aqui?

Ela viria me avisar?

Canal 201. 202. 210.

De volta ao canal 1. Canal 2. Canal 25.

Meu dedo parou em cima do botão "próximo" quando ouvi a porta sendo aberta ao meu lado.

Imediatamente, olhei para o lugar e a vi fechando a porta atrás de si, me encarando com simplicidade.

Ela tinha os cabelos molhados, caindo em ondas pelos ombros, que contrastavam com seu tom de pele.

As únicas peças de roupa que vestia eram uma calcinha preta confortável e uma camiseta branca, que delineava perfeitamente sua cintura e seus seios que não eram tão grandes.

Os hematomas por toda a extensão do seu corpo eram evidentes, esverdeados e amarelados, e então me perguntei se ela havia feito aquilo de propósito, para me lembrar da animal descuidada que eu era.

Meu coração começou a bater de forma descompassada por uma série de motivos.

Primeiro, ela estava ali.

Ela não havia se negado a vir até mim, e isso era tudo o que eu queria.

Segundo, ela estava absurdamente linda com aquelas roupas simples e com aquela expressão calma, o que fez com que meu corpo reagisse instantaneamente, e então apertei um pouco as pernas para não deixar evidente o início de uma ereção.

Mas foi pelo terceiro motivo que senti minha cabeça girar um pouco e meu nervosismo atingir um nível alarmante, a ponto de me fazer pensar que talvez pudesse ter um ataque cardíaco ou algo similar.

No exato momento em que ela fechou a porta, por algum motivo sobrenatural talvez, uma lufada de vento me trouxe um perfume que há muito tempo eu não sentia.

E foi exatamente aquele perfume que fez com que meu corpo subitamente parecesse gelatina derretendo.

Fechei os olhos e inspirei uma vez.

Duas vezes.

Três vezes.

Testando meu auto-controle e principalmente minha sanidade.

Addicted - Sáfico |  G!POnde histórias criam vida. Descubra agora