Um romance sobre duas garotas.
Heather Colemann (Interssexual) é uma grande empresária que mexe com grandes negócios.
Laura Clark Rampsey é uma prostituta de luxo, que apesar de se sentir extremamente mal por isso, não encontra uma saída para sair d...
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HEATHER ~x~
Eu estava no meio da pista do The Hills, que parecia estar mais cheia do que o normal.
Não me lembrava de como eu havia parado ali, mas não me importava com isso.
O ambiente estava estranhamente escuro e frio, sem música, onde só podiam ser ouvidos sons de gemidos altos e desagradáveis vindo do andar de cima e de conversas baixas - quase sussurros - ao meu redor, como se estivessem contando segredos uns aos outros.
Comecei a perceber que enquanto falavam, todos olhavam de esguelha para mim.
Me perguntei o motivo de ser o assunto que ocorria por ali, então comecei a me sentir muito mal.
O bar estava vazio, sem garotas e sem bebidas.
Senti falta de uma dose de bebida, e minha boca ficou seca abruptamente.
Sem opções, me convenci de que o melhor seria subir encontrar Laura.
Tão rápido quanto esse pensamento, Shannon surgiu ao meu lado, segurando com força o meu antebraço.
- Ela não está mais disponível Heather!
- Como assim não está disponível? - Olhei em volta e pude notar que agora a conversa havia cessado em todos os lugares, clientes e mulheres, nos encaravam.
- Você chegou tarde. Ela já tem um cliente.
- Não cheguei tarde merda nenhuma! Eu paguei pela semana dela!
- Ele ofereceu mais dinheiro, portanto ela é dele por agora.
Olhei incrédula para ela, enquanto trajava um jeito de me esquivar de seu aperto - mesmo que isso resultasse em quebrar o pulso dela - e subir as escadas.
Como se pudessem ler meus pensamentos, alguns homens se moveram de forma a ficar entre mim e a escada, formando uma barreira.
- Que merda é essa? - Falei, já exaltada. - Eu paguei primeiro!
- Ela é um objeto desejado, querida. Entenda...
- Ela é MINHA!
- Ela não está a venda! Se quiser, alugue-a, mas não a considere sua! Ela não é, e nunca vai ser!
- Sua filha da..
- Por que você demorou? - Uma voz interrompeu meu xingamento.
A voz que eu conhecia.
Que eu procurava, e que nunca na vida desejei com tanta vontade ouvir. Ergui os olhos e a vi.
Eala estava com roupas que eu jamais a havia visto usar.
Roupas extremamente vulgares, maquiagem pesada e um rosto triste.
Embora as cores fortes em seu rosto fossem gritantes, não conseguiam tirar a atenção dos vários machucados que ela tinha na boca, em volta dos olhos e, descendo, por todas as partes do seu corpo, expostas pela saia curta e pelo top quase transparente.