Capítulo. 17

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LAURA

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LAURA.
~x~

Meu corpo doía.

Foi a primeira coisa que pude verificar enquanto, sonolenta, tentava me adaptar com a recém retomada de consciência.

Sentia meu corpo mais pesado que o normal.

O que talvez fosse fruto de uma longa noite de sono, com a qual que eu já havia desacostumado.

Ainda que pesasse alguns quilos a menos, eu conseguia sentir com facilidade o nível de relaxamento em que agora me encontrava, e se fosse me deixar levar apenas por esse fato, não teria movido um músculo sequer para mover as pálpebras.

Mas então lembrei do motivo pelo qual eu estava me sentindo daquela forma, e meus olhos abriram imediatamente.

Pensei que a luz do dia machucaria meus olhos sensíveis pelo sono, porque como bem lembrava, as cortinas das janelas de vidro estavam recolhidas na noite anterior. Mas, para a minha surpresa, isso não aconteceu.

A persiana na cor preta agora estava fechada, fazendo com que o quarto ficasse iluminado apenas por uma luz fraca, vinda de uma grande luminária estilizada do outro lado do cômodo. Estranhei, porque por mais que a claridade exterior estivesse bloqueada, o quarto certamente não estaria naquela aparência.

Senti o ar gelado e constatei que provavelmente o ar condicionado do quarto estava ligado, deixando o ambiente com um barulho confortável provocado pelo ar e o ambiente frio.

Me virei de lado, ficando agora mais ciente das dores em meu corpo, e constatei que estava sozinha no quarto.

O lençol estava enrolado em mim, o que podia significar que o ocupante do lado esquerdo da grande cama de casal havia saído de lá há algum tempo. Foi então que olhei para o relógio no criado-mudo, que mostrava as horas atuais.

Meus olhos registraram que eram 18:46, mas foram os dois números posteriores que me fizeram arregalar os olhos.

18:46.

— QUÊ?

Levantei rápido, ignorando as dores musculares, e olhei em volta, procurando por outro relógio para me certificar de que não eram quase sete horas da noite.

Como não achei nenhum, corri para o banheiro e achei sobre a bancada em frente ao espelho um relógio de pulso que agora marcavam 18:47h.

— Ah, merda!

Mas onde ela estava, afinal de contas? Por que não me acordou para pedir que eu fosse embora? Por que me deixou dormir até aquela hora.

— Merda! Merda!

Levei alguns segundos parada no mesmo lugar, tentando lembrar onde eu havia deixado as minhas roupas da noite anterior.

Finalmente olhei para cima e vi elas no gancho atrás da porta. Peguei as peças de roupa e me vesti rapidamente, pensando em muitas coisas ao mesmo tempo.

Addicted - Sáfico |  G!POnde histórias criam vida. Descubra agora