SOPHIE
Eu estava exausta, desde o turno pesado que tive na noite anterior, confesso que não tive tempo para dormir, já que Cecília reclamou de dor de barriga a noite toda e eu não consegui dormir.
Assim que me levantei, eu já queria voltar para a cama novamente mais o trabalho não isso ser feito sozinho, então peguei a minha irmã e a levei até a vã que a levava para creche.
Quando sai para fora do hotel, todas as crianças já estavam dentro do automóvel e dei uma corridinha porque já estava atrasada.
_ Bem que você podia me deixar com você hoje, né? - Falou balançando minhas mãos, enquanto fazia biquinho.
_ Você sabe que eu preciso trabalhar, mais não se preocupe, tenho certeza que quando você chegar na creche você vai se animar, ainda mais com seus tênis novos. - Falei elogiando e ela ficou toda animada.
_ Te amo, Soso. - Falou me dando um abraço bem apertado.
_ Também te amo meu amor. Agora vai lá e arrasa com aquelas menininhas. Te vejo mais tarde. - A coloquei no ônibus e esperei ele sair para entrar dentro do hotel novamente.
Eu nem havia entrado direito, quando ouvi os berros de Brenda vindo em minha direção, lá vem.
Olhei para trás e vi Brenda correndo com um celular na mão, mais foi barrada por Morgana que entrou na sua frente.
Ela falou algo para Brenda que abaixou a cabeça e depois ela se virou para mim que observava a cena.
Bastou uma simples erguida nas suas sombrancelas que já entendi tudo, indo fazer minhas tarefas.
Fui até o quartinho da limpeza e peguei os materiais necessários para fazer as limpezas nos quartos.
Eu gostava de começar pelo último andar, então foi para lá fui.
Toda vez que ia limpar os quartos, ou arruma-los, eu dava três batidinhas na porta, para ter a certeza que não iria ter ninguém lá dentro e foi o que eu fiz.
Toquei três vezes e como ninguém respondeu eu entrei com o cartão reserva.
Aquele quarto era a definição de bagunça, confesso que demorei uma hora e meia para deixar tudo em ordem e partir para o próximo quarto.
Demorei no total de dez horas para limpar todos os quartos, mais para mim, nada era mais divertido do que entrar em um quarto e ver coisas absurdas nos quartos, como era o caso do último quarto que entrei.
Não era todo dia que se achava um hóspede rico, porque quem se hospeda aqui só pode ser rico, porque esse prédio é um absurdo de caro. Mais isso não vem ao caso agora, esse cara deve ter esquecido de guardar sua revista de.. deixa pra lá.
Arrumei tudo e a deixei em cima da sua cama, da mesma posição que estava e sai indo para a cozinha.
Peguei um pão com mussarela e presunto que tinha lá e levei até a mesa para jantar, aquela seria a minha janta-almoco, já que não tinha tempo para comer durante o dia.
Pensei que comer me daria energia, mais bastou eu comer para apoiar minha cabeça na mesa e meus olhos se fecharem por conta própria.
Não sei explicar como era essa sensação, mais eu não estava dormindo, mais sim cochilando prestando atenção ao meu redor.
Eu sentia meu corpo pesado, não duvidava que esse turno havia sido pior do que o anterior, mais eu não podia fazer nada mesmo, era essa a minha vida a três anos.
Graças a isso e a Francisco, que senhor o tenha. Eu conseguia viver aqui com minha irmã, desde a morte de nossa mãe.
Estava tão relaxada naquele sono, que quando ouvi passos acelerados vindo em minha direção, resmunguei por ter sido descoberta aqui.
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Minha Estrela Cadente - João Félix
RomanceSophie Rodrigues, era apenas uma adolescente quando sua mãe teve os aparelhos que a mantinha viva desligados. A menina não sabia o que fazer, seu pai era um homem mal, ela tinha que cuidar da sua irmã de apenas um ano e três meses e não sabia nem...