Minha Estrela Cadente - João Félix

Minha mulher

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Eu sei que o que eu fiz, foi o melhor para mim e para Cecília. João era uma boa pessoa e eu realmente gostava dele.. quem diria.. eu a garotinha medrosa do Rio de Janeiro, gostava de um jogador famoso e que mais parecia uma criança quando brincava com a minha irmãzinha.

A vida sempre me surpreende..

Quando a pessoa atrás da porta, insistiu batendo na porta, tratei de me recompor para sair, mas quando abri a porta, dei de cara com João que estava encostado na parede do avião com os braços cruzando..

_ Você não me engana, sei que você não está nada bem. - Falou e desviei meu olhar para baixo.

_ Está tão na cara assim? - Perguntei e ele se desencostou da parede e segurou em meus ombros me empurrando para dentro do banheiro novamente.

Se eu achava aquele lugar minúsculo apenas comigo dentro, com o João junto ficou muito menor.

Após ele me levar para dentro do banheiro, o mesmo fechou a porta e encostou na pia enquanto me olhava tentando decifrar meu olhar. 

_ O que foi? - Perguntou e apesar de ficar meio sem graça, eu resolvi ser sincera.

_ Não quero mentir para você, mas tudo isso me deixa desconfortável. É como se eu fosse uma intrusa, eu não faço parte de nada disso, João. - Me abri sobre o que eu sentia e ele respirou fundo me puxando para um abraço, onde passou os braços em volta das minhas costas e eu abracei sua cintura apoiando a cabeça em seu pescoço.

_ Sei como se sente. Por minha causa você abriu mão de toda a sua vida. Mas eu quero que saiba, que eu vou estar aqui para você, para tudo que precisar, porque agora somos uma família.

_ Somos uma família? - Perguntei e ele assentiu.

_ Sim, não vou deixar nada de mau acontecer com você e nem com a Cecília. Vamos nos proteger como uma família, e vamos dar todo o apoio um para o outro, não precisa se sentir acanhada, não pense que eu ligo para o que as pessoas falam, porque eu não ligo. A única pessoa que eu ligaria se falasse algo.. é você. - Falou e foi inevitável não sorrir, como ele conseguia ser tão perfeito?

_ Você foi a melhor coisa que me aconteceu.

_ E você foi a minha, me encontrou quando eu mais precisava, e você não tem noção do quanto eu precisava de você.

_ Eu tenho medo..

_ De que? - Perguntou colocando uma mecha do meu cabelo para trás.

_ Da solidão e das pessoas me machucarem.

_ Você nunca vai ficar sozinha, e eu não vou deixar ninguém te machucar, se quiser mexer com a minha mulher vai ter que mexer comigo primeiro.

_ Sua mulher? Ok, vai com calma bonitão. - Falei rindo e ele riu me puxando para mais perto dele.

_ Vai dizer que não gosta? Seu olhar me diz outra coisa. - Falou se aproximando e juntando nossos lábios um no outro em um beijo calmo.

Sua mão subiu para minha nuca e me puxava para mais perto dele, enquanto a outra estava na minha cintura subindo e descendo lentamente.

Minha mão estava na sua cintura e a outra estava em seu peito que subia e descia freneticamente devido a falta de ar que nossos pulmões necessitavam.

Foi então que devido a falta de ar, nos afastamos um pouco e João aproveitou para descer com beijos molhados em direção ao meu pescoço.

A cada beijo ele fazia uma pausa no lugar e depois ia para para baixo repetindo o processo me deixando totalmente arrepiada, aquela sensação era muito boa.