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- Emanuelly 💕

Segunda-feira...

Odeio o fato de ter que acordar cedo, mas amo saber que isso é pro meu futuro.

Ah, eu gosto de estudar.

Mas também subir esse morro em um sol quente as duas horas da tarde é de lascar. Cheguei cedo da escola hoje, por um grande milagre.

Assim que cheguei em casa tive que descer o morro todo de volta e agora tô voltando do mercado com as coisas que minha mãe pediu.

Ela tem os vapores a disposição dela pra tudo, mas sempre manda eu ou a Nicoly ficar subindo e descendo o morro comprando coisa.

Gostosas sofrem...

Tô querendo me candidatar a prefeita, sério aonde eu passo o pessoal fala comigo.

Não reclamo claro, amo o carinho que alguns tem, mas tem outros...

Sendo mais específicas outras. Tem várias marmitinhas aqui que tem raiva da minha cara, e olha que eu nunca fiz nada, mas a Nicoly...

O fato dela ser bem doida nos coloca em várias enrrascada.

A garota é difícil, não deita pra ninguém a não ser nossa mãe e nosso pai, diferente deles dois o resto é resto.

Uma vez mesmo, uma das " marmita " veio tirar satisfação com ela por causa de macho, coisa que é feio pra caralho é mulher brigar por macho.

Nicoly não gostou não, a maluca da mina foi toda pra cima querendo bater nela e a Nick meteu logo a mão na cara.

A porradaria foi feia, a única diferença foi que a mulher tava brigando pelo macho e a Nicoly por que a mulher foi bater nela.

A briga foi tão boa, que a Nick saiu com tufos e tufos de cabelo verdadeiro da mulher na mão. Além de ter tido o cabelo rancado na mão, ficou careca também.

A mina vive por aí andando pra cima e pra baixo ostentando de lace, é filhona né nem peruca, é lace e das boas. Também, os macho quebra pau e paga.

Depois dessa confusão, alguma vive me olhando estranho, tadinhas mal sabem elas que a irmã que bate é a outra.

- Qual é garoto? - coloquei a mão no peito do susto que eu levei quando o Dallas parou a moto do meu lado - Susto do caralho.

Dallas : Tá devendo? - perguntou com a voz rouca e eu fiz careta.

- Não, mas se quiser me matar do coração me avisa - ele sorriu de lado.

Dallas : Vai pra casa agora?

- Sim, tenho que levar essas coisas pra minha mãe - Ele assentiu - Por que?

Dallas : Bora da um role ali - franzi o cenho.

- Ali aonde? - perguntei curiosa.

Dallas : Ali mulher - neguei.

- Não vou poder ir, tenho que leva as coisa da minha mãe - ele negou.

Dallas : Jae, sobe aí que eu te levo lá - olhei desconfiada e ele sorriu - Tô falando sério.

- Tá - ele me ajudou a subir na moto e catou pneu pra casa da minha mãe.

Dallas : Entregue - falou estacionando a moto em frente de casa - Entrega as coisa e bora tomar um açaí pô.

- Açaí é? - ele assentiu e eu sorri animada - Tá me espera aqui.

É comida, não se recusa nada que vem do termo comida.

No complexo do Alemão 2Onde histórias criam vida. Descubra agora