No complexo do Alemão 2

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- Gb 🔥

Dois dias depois...

Dois dias.

Dois dias que a Emanuelly foi levada, dois dias de uma chacina no alemão. Dois dias que minha vida virou um inferno.

Pensava que não tinha como piorar, mas teve. Victória depois que foi atendida no postinho as pressas desenvolveu uma infecção e tivemos que ir para o hospital às pressas, ela precisa fazer uma cirurgia e amanhã faz dois dias que ela tá internada.

Marcela ta em estado grave, ela foi alvejada com mais de três tiros, tá na UTI e como os médicos disseram " entre a vida e a morte " no momento estamos apenas querendo acreditar que ela vai ficar bem.

Natália tava grave, mas graças a Deus o quadro dela agora é estável. É a única notícia boa dentro desses dias. E acha que acaba? Que nada pô, Dallas foi baleado mas não foi nada grave, ele já tá em casa se recuperando. Grego também berou a morte mas voltou, velho teve logo um infarto quando descobriu tudo que tava acontecendo com o morro e com a Emanuelly. O bk segue na UTI tem uns dias, caso dele é grave igual o da Marcela.

Saio dos meus pensamentos com o barulho da porta batendo, franzi o cenho mas logo avistei o Bernardo entrando em casa boladão.

Bn : Nada ‐ se joga no sofá e coloca as mão na cabeça - Até agora não conseguimos nada, nenhuma pista, porra nenhuma. O cara simplesmente fez uma chacina aqui no morro e some do mapa - nego.

- Se liga e respira pra tu não infartar - ele me olha serinho - Não vai adiantar tu ficar nesse estresse pô. Tem que ter cabeça fria pra poder pensar nos bagulho - ele nega - Não vai ser e não tá sendo facil, mas tu nessa situação não tá ajudando em nada, cê sabe.

Bn : Tua filha tá sumida, tua mulher tá no hospital, tua irmã também, e você assim, nessa calma - rio nasalado e nego com a cabeça - Papo reto, tô cansado disso tudo já.

- Acha mesmo que eu tô calmo? Tô só mantendo pose, minha mente tá um caos. Esqueceu que é por minha causa que tudo isso tá acontecendo? - ele nega - Pois é, única vantagem disso é ter a terapia em dias ‐ ele sorri fraco.

Bn : Acha que a gente vai encontrar ela? - pergunta baixo e assinto - Como? A gente não tem pista ou algo que nos leve ao pr, porra, o filho da puta sumiu do rio de Janeiro - respira fundo e franzo o cenho tenho uma ideia.

- Vem, vamo na boca - pego a chave da moto e ele franziu o cenho pegando a chave da moto dele, antes de sair de casa avisto a Nicoly descer a escada junto com o Alleire - Ainda tá aqui? - cruzo os braços e ele sorri falso.

Nick : Pedi pra ele ficar, esqueci de avisar - fala baixo - Vai sair? - assinto - Tem notícias da Manu? - olho para o Bernardo que nega e respiro fundo negando também - Mas ja faz dois dias pai - fala com voz de choro.

Alleire : Não é tão fácil assim - a mesm olha para ele - pode demorar um pouco, mas vamos achá-la, não quebra cabeça com isso, só confia na gente que vai da tudo certo - ela me olha e confirmo com a cabeça.

Nick : Por favor, não demorem muito ta - vem até mim e abraço - Sinto muita falta dela, e eu sei que ela precisa muito da gente - deixo um beijo na testa dela e me afasto.

- Confia em mim tá? Jaja ela vai esta com a gente novamente - ela sorri - Vou na boca e mais tarde volto pra gente ir ver sua mãe - a mesma assente e aceno para o Bernardo e a gente sai da casa.

Monto na moto e saio da garagem, acelero rumo a boca, em questão de minutos chego e estaciono ali perto. Desço, falo com alguns vapores e entro no local indo direto para sala do moleque que mexe com os bagulho de tecnologia mais avançada e vejo o Bernardo me seguir.