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- Nicoly 🔫

Dias depois...
Terça-feira, 05 de dezembro, 08:00 am...

Alleire me mandou mensagem mais cedo, e agora estou descendo para a casa dele, já que na mensagem o mesmo disse que queria falar comigo. Espero que seja algo que vale apena, acorda antes da dez horas da manhã só pra ir lá, é uma ótima demonstração de amor.

Enquanto passo pelas vielas do morro, me deparei logo com a puta zero dois, é a filha da Karen. Respirei fundo e tentei passar porém a mesma seguiu meu passos me impedindo de sair da viela.

Lua : Bom dia princesa - forçou um sorriso e cruzei os braços - Indo pra casa do Alleire assim tão cedo? Cuidado pra não sair mal falada.

- Igual é com você, impossível - sorri - Agora da licença, que eu tenho mais o que fazer - fui passar porém a mesma me impediu.

Lua : Acho que seria uma má ideia você ir agora - respirei fundo tentando ter paciência - Quando tava subindo pra cá, encontrei aquela - fez uma pausa enquanto pensava - Júlia né? É, deve ser assim o nome, entrando na casa dele.

- E? - fingir não ficar sentida e fiz pouco caso da sua fala - Tá achando que depois de falar isso, eu vou lá procurar briga, terminar com ele e deixar o caminho livre pra você? - ela sorriu.

Lua : Não seria tão ruim essa ideia - mordeu o lábio inferior - Sabe como é, ele é gostoso, impossível não querer. Mas tava só te avisando de, sei la, um suposto chifre até por que nunca se sabe - perdi minha paciência e a segurei pelo braço a empurrando para a parede da viela.

- Olha só garota, eu tô cansada de você e essas suas fofoquinhas - falei em bom tom e a mesma me olhou com os olhos arregalados - Já deixei você avontade até de mais, desde a fofoquinha com a Emanuelly. Mas saiba que isso vai mudar, e se não quiser confusão pro seu lado, me deixa em paz - soltei seu braço e a empurrei de perto da saída da viela e saí - E se eu descobrir mais alguma coisa envolvendo meu nome ou da Emanuelly, a gente vai se resolver na salinha - disse por fim e sair daquela viela.

Oito horas da manhã e o primeiro estresse está garantido com muito sucesso. Caminhei em passos rápido até a casa do Cauê, foi questão de minutos para eu está parada em frente do local esperando alguém vim abrir.

Júlia : Bom dia, desculpa a demora - disse assim que abriu o portão e a olhei de cima a baixo lembrando do que a Luana falou, e a piranha realmente não mentiu.

- Bom dia - respondi e passei por ela indo para a sala, assim que cheguei no cômodo avistei a Letícia e o Nk indo para a cozinha, fiquei parada perto da porta de braços cruzados.

Júlia : O Cauê tá lá no quarto, ele pediu pra avisar e disse que quer muito falar contigo - " Cauê " nossa que intimidade.

Não falei nada, apenas subi a escada e fui até o quarto dele, parei em frente a porta e respirei fundo tentando amenizar minha cara fechada e bati algumas vezes, ouvir um " entra " e assim fiz, entrei no cômodo e sorri falso vendo ele sentado na cama enquanto mexia no celular.

- Tô aqui, agora pode falar o de tão importante - Fechei a porta e caminhei até a cama, continuei em pé e cruzei os braços.

Alleire : Bom dia pra você também, e eu estou bem, obrigado por perguntar - revirei os olhos e o mesmo me puxou pra perto me obrigando a sentar na cama - Que bicho que te mordeu uma hora dessa?

- A Luana, a Julia - contei nos dedos e ouvi sua risada baixa - Não tô achando graça, ela tá fazendo o que aqui? - o mesmo colocou a mão na lateral do meu rosto e me puxou para um beijo porém desviei o rosto - Responde minha pergunta primeiro.

No complexo do Alemão 2Onde histórias criam vida. Descubra agora