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- Nicoly 🔫

Horas antes...

Hoje foi meu primeiro dia de curso, e foi muito bom.

Fiquei sabendo de várias coisas, varios jeitos de tatuar, agulha, técnica e enfim.

Agora tô esperando o Bn vim me buscar, mas tenho cem por cento de certeza que ele esqueceu disso.

Nem vou ligar, ele não atende a porra do celular.

Mandei mensagem pra minha mãe falando horrores do filho dela e ela disse que ia mandar alguém vim me buscar.

Agora estou sentada nas cadeiras de uma sorveteria que tem perto do local do curso tomando meu velho e bom açaí.

Rio de Janeiro tá fazendo um calor infernal, tenho a plena certeza que o sol tá grudadinho na terra. Igual meu pai é com a minha mãe.

Coloquei uma boa quantidade de açaí na boca e acabei me engasgando quando alguém se aproximou de mim e me deu um susto.

Comecei a tossir e sentir alguns tapas na minhas costas, olhei pra cima e era o playboy que foi no baile ontem.

Acho que ele faz o mesmo curso que eu, ele está vestido com a mesma blusa do lugar.

- Caralho garoto, vontade de te da um soco - ele riu puxando a cadeira e sentando na minha frente.

Pedro : Foi mal, não queria te assustar - revirei os olhos voltando a tomar meu açaí.

- Tá fazendo curso aqui também? - ele assentiu - De que? - perguntei animada.

Pedro : Tatuador - deu os ombros e eu abri a boca em um o - O que foi?

- Qual a sua sala? - ele franziu o cenho - Eu sou da sala 02, também faço curso pra Tatuadora.

Pedro : Ah, a minha é a 04 - assenti - Por essa eu não esperava.

- Por que? - ele sorriu.

Pedro : Desculpa, mas você tem uma carinha de psicopata - dei risada e ele riu junto.

-É um elogio ou um insulto? - perguntei ainda rindo.

Pedro : Diria que os dois, você tem mais cara de ser uma assassina de aluguel do que uma Tatuadora.

- É, as aparecencias enganam - ele assentiu sorrindo.

Ouvi uma buzina alta e olhei pro lado da rua vendo o Alleire levantando o capacete e cruzando os braços com uma cara nada legal.

Acenei e ele ignorou fazendo gesto pra mim andar logo, mandei dedo e voltei a conversa.

Conversa vem conversa vai, ele me contou várias coisas sobre ele. É ele é um playboy de mão cheia, mas é bonitinho, tem vinte e dois anos e é filho único.

Revirei os olhos ouvindo a terceira buzina em menos de cinco minutos e levantei da cadeira.

- Tchau, até quarta - ele sorriu e deixou um beijo na minha bochecha e eu retribuir o ato.

Pedro : Beleza, te vejo na quarta - acenou saindo e eu acenei de volta.

Caminhei em direção da moto enquanto ria da cara do Alleire.

- Todo apressado você né - falei assim que me aproximei.

Alleire : Não sei você, mas eu tenho coisa pra fazer - arquei a sobrancelha.

- Me engole logo carai - ele respirou fundo - Se fode então otario - dei um pescotapa nele pegando o capacete.

Alleire : Era pra mim ter te largado aqui - olhei pra ele com deboche.

No complexo do Alemão 2Onde histórias criam vida. Descubra agora