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- Aline 🌸

Domingo, 15:30 pm...

Sentei no sofá e abraçei minhas pernas deitando meu rosto em meus braços e apenas chorei. O silêncio indicando que o Juan não estava aqui comigo, fazendo suas palhaçada me deixa cada vez mais aflita. Cada segundo passa, minha vaga em momentos nossos, e a preocupação, medo e angústia me corrói por dentro. Só queria notícias, saber se ele está bem, se pelo menos se alimentou.

Levantei do sofá e caminhei até meu quarto, entrei no banheiro e lavei meu rosto, peguei a toalha e fui secando minha pele enquanto olho meu reflexo pelo espelho, respirei fundo e passei a mão sobre meus fios iluminados e começei a pensar algo que pudesse me ajudar.

- Vamos aline, você é inteligente o suficiente para isso - proferi baixo enquanto amarro meu cabelo, naquele mesmo momento foi como se tivesse ligado uma lâmpada e clareado todos os meus pensamentos e sorri saindo do banheiro e trocando de roupa.

Olhei para o pequeno celular em cima da minha cômoda e deixei aonde estava, por ser grampeado, pode correr o risco do Pr saber aonde estou. Sai pela porta da cozinha e pulei o pequeno muro, e caminhei em direção aos becos e vielas mais escondido que vai em direção a casa do Gb.

Caminhei rapido, com pressa para chegar logo e depois de uns minutos, cheguei em frente a casa dele e os vapores me deixaram passar, entrei e avistei somente o bn descendo a escada.

- Preciso falar com você, com seu pai, com todos - falei eufórica e ele franziu o cenho - Passa uma frequência, avisa no rádio, não sei, só chamam eles aqui.

Bn : Quer me explicar primeiro? - neguei e ele pegou o raidinho - Aê, tô precisando de vocês aqui em casa - me olhou e peguei o rádio da mão dele - Mas que...

- Não vem todos de vez, vão vindo como se não quisesse nada - respirei fundo - Quando chegarem aqui vou explicar direitinho, no momento só venham que o assunto é sério - entreguei o raidinho para ele que me olhou sem entender nada - foi mal eu tô nervosa.

Bn : Se tu não falasse, eu nem ia perceber - sorri fraco e ele foi até a cozinha e voltou com um copo de água em mãos - Toma pô, toda nervosa aí.

- Obrigado - peguei o copo e bebi um pouco e caminhei até o sofá me sentando ali. Depois de alguns minutos ouvimos barulho de várias motos chegando em frente a casa.

Bn : Sabe aquele papo de " não vem todos de uma vez " - fez aspas e assenti - Não fuciona com eles - apontou para os meninos que entrou colocando os fuzil no canto da parede.

D2 : O que rolou pra convocar uma reunião uma hora dessa? - foi o primeiro a falar depois de um tempo e sorri fraco tendo a atenção de todos voltada para mim.

- E o Preto? - perguntei não vendo ele ali e o Daniel explicou que ele tava de repouso por causa do tiro e assenti - Tá, não sei nem como começo a falar isso, mas sexta a noite depois que saí daqui com o x1, a gente foi no mercadinho comprar algumas coisa, quando ele tava pagando, eu recebi uma ligação - ele me olhavam todos atentos prestando atenção em cada palavra que saia da minha boca - Quando atendi, ninguém falou nada, meio que ficou mudo.

Talibã : Sentar né, que lá vem k.o - caminhou até o sofá e sentou olhando pra mim - Pode continuar pô, tô ouvindo tudo.

No complexo do Alemão 2Onde histórias criam vida. Descubra agora