No complexo do Alemão 2

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- Bk 🥋

Quinta, 19:00 pm

Se antes eu já estava mal, agora depois de saber o que a Mariana anda fazendo para se livrar de crises de ansiedade, fique ainda mais.

Eu tô ligado das brigas dos coroas, e sei que eles estão a um passo de se separar. Mas não pensei que isso afetaria tanto ela, como eu.

Dona Alicia não está muito bem, nas raras vezes que eu apareço por lá, da para perceber que tanto ela como ele não estão mais bem como antes, tanto fisicamente, quanto emocionalmente.

Tô ligado que casamento tem suas fases, e particularmente a fase de brigas com toda certeza é a pior. E meu maior medo é eles se separar, mas também por causa da Mari que é tão apegada neles quanto eu.

Terminei de endolar as drogas já agora a noite e passei na sala do Bn avisando que já tava metendo o pé pro apê dela antes dele, quero conversar com ela só nois dois. Não passei em casa, saí da boca indo direto para lá.

Em alguns minutos cheguei avisei para o porteiro liberar a minha entrada sem precisar avisar, de início ele ficou com receio mas logo me deixou passar. Saí do elevador e usei a chave reserva que tenho junto com a chave da moto para abri a porta.

Mari : Porra filho da puta - gritou altão quando abri a porta de vez - Nossa kaique, quer me matar, me avisa antes - sorri e fechei a porta - Tá fazendo o que aqui?

- Vim ver você - coloquei o capacete em cima do sofá - Tá devendo o que? Pra levar esse susto todo - ela fez careta e eu me aproximei deixando um beijo na testa da mesma e a abraçando - Vai dizer que tava com saudade de mim não? - ela riu.

Mari : Ia dizer que não, mas ia ser a mentira mais descarada que já falei - sorri - Estava com saudade de você - deitou a cabeça no meu peito - Muito mesmo.

- Também tava, mas tu sabe onde é o morro - ela fez careta se afastando - e também tu não tava deixando eu pisar o pé aqui.

Mari : Era meu momento drama - neguei - Mas que bom que você veio - segurou meu braço e saiu me arrastando até a cozinha - Olha, fiz isso aqui e queria saber se está bom - me olhou.

- É só você experimentar então - dei os ombros e ela foi até as gaveta e pegou dois garfos e em outro armário dois pratos.

Mari : É mas fiquei sem coragem de experimentar - dei risada - toma - colocou uma porção do macarrão no prato - experimenta e me fala se ficou bom - peguei o prato meio desconfiado.

- Tu fez esse macarrão com o que? - mexi com o garfo - Esse molho branco aqui é o que? - ela riu.

Mari : É molho branco, queijo, e bacon - fiz careta - Pode confiar, experimenta - pediu toda animada, segurei o garfo pegando uma quantidade e coloquei na boca - E ai? Ficou bom?

- Calma - ela bufou irritada - Tá comestivel - coloquei mais um pouco na boca - Tá ótimo mari, muito bom mesmo.

Mari : Aí seu sei, foi eu que fiz - se gabou toda animada e eu sorri - Veio aqui só me ver mesmo? Tá com maior cara que quer me perguntar ou falar algo - ajeitei o boné.

Amo e odeio o fato da Mariana me conhecer mais do que eu mesmo. Ela sabe quando eu quero falar algo ou saber de algo, não quero chegar e pergunta tudo de uma vez. Deve ser ser um assunto que mexe muito com ela.

- Impressão tua - ela negou - É sim para de neura - ela sorriu - Como vai as coisas com teu namoradinho lá - fiz careta me referindo ao Bn.

Mari : Ele não é meu namoradinho - colocou mais macarrão em meu prato e no dela - Ainda não teve pedido e muito menos conversa sobre isso. Considero a gente ficantes - fiz careta e peguei o suco em cima da bancada.