VII

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Mais um. Mais um. Mais um. 😀

A marcha nupcial começa a tocar e saio da casa caminhando pelo longo tapete, onde no fim, Domenico me aguarda

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A marcha nupcial começa a tocar e saio da casa caminhando pelo longo tapete, onde no fim, Domenico me aguarda. Meu pai se aproxima e oferece o braço, me acompanhando até o altar montado no jardim da casa Moretti. A decoração ficou linda e realmente Lina e Antonella têm bom gosto.

Alguns convidados, que não faço a mínima ideia de quem são, sorriem em minha direção e tento parecer a mais simpática possível e sem deixar em evidência minha reprovação pelo casamento. Quando chegamos ao fim, meu pai faz toda a atuação de pai do ano e arranca suspiros de alguns convidados que sequer sabem que a última vez que falou comigo foi para me ameaçar caso eu desistisse do casamento.

Domenico segura minha mão e durante toda a cerimônia parece focado no que o padre tem a dizer e eu tento fazer o mesmo, mas minha atenção é sugada pelos meus pais que cochicham algo e tento certeza que estão tramando alguma coisa.

- Melissa? - Escuto a voz do padre que parece já ter falado antes, mas eu não havia prestado atenção. O olho surpresa, e então ele sorri antes de repetir. - Aceita Domenico Moretti como seu legítimo esposo? - Olho mais uma vez para Domenico, que claramente aguarda uma resposta positiva. Seus pais parecem calmos ao nosso lado e observo Antonella que é só sorrisos.
Os irmãos de Domenico são sérios como ele e parecem sempre de mal. Já meus pais, sabem exatamente o que esperam de mim e depois da conversa que tive com minha mãe, têm certeza da minha resposta.

- Sim. Aceito.- O padre acena e deslizo uma aliança pelo dedo de Domenico, que me encara parecendo tenso.

- E você Domenico, aceita Melissa Feitosa como sua legítima esposa?

- Sim. Aceito.- É a vez de Domenico deslizar a aliança em meu dedo.

- Que aquilo que Deus uniu, o homem não separe. E que mesmo em face das maiores dificuldades da vida, o amor desse jovem casal possa fluir e se tornar maior e mais bonito a cada dia. Eu vós declaro, marido e mulher. Pode beijar a noiva.- O padre enfim finaliza e então Domenico se volta em minha direção, olhando em meus olhos como se não soubesse muito bem o que fazer. São segundos de apreensão, já que eu também não sei como reagir.

- Beija a noiva, Dom.- Um dos irmãos grita e Domenico olha com uma cara brava fazendo ele se calar. Então se aproxima e segura meu rosto entre suas mãos, o que por si só já causa uma série de reações no meu corpo, enquanto analisa cada centímetro do meu rosto. Lentamente se aproxima diminuindo totalmente o espaço que nos mantinha distantes e então cola seus lábios tão macios nos meus por uma fração de segundos. É rápido, mas é bom. Apenas um breve tocar de lábios cálido e que aquece ligeiramente os meus.

  Os convidados aplaudem a cerimônia e a família dele até parece feliz, mas Domenico é uma incógnita. O semblante sério quando se afasta me mostra que precisarei de mais do que apenas tempo para entendê-lo, já que apesar de não dizer uma única palavra, em contrapartida segue ao meu lado, segurando minha mão e acariciando o dorso com seu polegar.

- Quem diria que se casaria e ainda mais do dia para a noite. Levei um susto quando recebi o convite e ainda achei que fosse brincadeira. Mas quando cheguei aqui mais cedo, vi que realmente é verdade. Desejo um bom casamento. Que sejam muito felizes. Já que esse é o nosso lema. Moretti feliz, América feliz. - Um homem aparentemente da idade de Domenico se aproxima e o cumprimenta, sorridente. Cabelos escuros, barba bem feita e uma taça de champanhe em mãos.

- Pois é Guilhermo. As coisas mudam. Agora sou um homem casado. Obrigado pela preocupação em marcar presença - Domenico diz, seco, e sinto o clima de tensão entre os homens. O meu, agora, marido volta a caminhar se afastando do homem e me puxa segurando em minha mão, mas nem dois passos e somos parados novamente pelo mesmo homem.

- Espera aí, amigo! Não vai me apresentar a mulher que conquistou seu coraçãozinho?- Domenico respira fundo e penteia os cabelos para trás com os dedos, tentando manter a calma.

- Minha esposa, Melissa Moretti. - Diz e levanta minha mão, mostrando a aliança que acabou de colocar lá. O homem acena com a cabeça e faz uma cara de satisfeito, então Domenico volta a caminhar se distanciando dele e eu o acompanho.

- Olha só. Tem como ir mais devagar? Você é estressado e eu tenho que correr atrás de você? - Peço, não gostando dele praticamente me arrastando junto consigo para aonde vai e para minha surpresa ele para no meio do caminho se voltando para mim. Fecha os olhos e respira fundo, parecendo se acalmar.

- Me desculpe. Apenas não dê atenção a essa gente. - Diz e fintando o chão. - Vamos? - Me estende a mão e dessa vez caminha mais devagar em direção aos pais e desviando de quem tenta nos parar e parabenizar.

- Filho! - O pai dele, que estava ao lado da esposa e filhos, vem e nossa direção e o abraça. - Já pretendem ir? Se quiser nos livramos deles para vocês. - Domenico me olha e acena positivamente com a cabeça.

- Quem convidou Guilhermo?- Pergunta, insatisfeito.

- Carlo. Não sabia que metade dessa gente viria até a última hora.

- Já vieram. Não podemos expulsar. Vou seguir com Melissa. Quero sair daqui o mais breve possível.

- Seguir? Para aonde?- Pergunto, surpresa. O interessante mesmo é que todos sabem, menos eu.

- Vamos viajar. Vou subir e pegar algumas coisas e já volto. Aproveite e se despeça dos seus pais.- Ele diz apenas e eu fico alheia, sem saber a que viagem se refere.

- Uma pequena folga para a lua de mel do casal. Sua mãe não te falou?

  Lina explica e eu arregalo os olhos, negando com a cabeça.

Senhor, nem isso ela foi capaz de me dizer?

Domenico - Minha salvação.Onde histórias criam vida. Descubra agora