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Mais um, mais um, mais um 😁

Mais um, mais um, mais um 😁

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- Nossa que alegria. E Domenico preocupado com vocês. - Felippo fala cheio de graça e eu o olho com os olhos semicerrados.

- Boa noite, Melissa. Já que estamos todos reunidos, acho que podemos começar.- Minha mãe fala e meu pai finalmente larga o bolo e vai para perto dela.

- É. Vamos começar.- Diz, limpando a boca com um guardanapo.

- Eu não gosto disso. Da última vez a gente teve que viajar e ficamos três dias sem água quente para tomar banho.- Todos riem da cara de coitada que Antonella faz e meu pai acalma a filha.

- Fique tranquila, bambola. Dessa vez não vamos para tão longe.

- Mama, por favor diga de uma vez. - Angelo pede, sem paciência.

- Vamos viajar. O pai de vocês, está negociando com um empresário muito importante também do ramo de vinho e vamos fazer uma viagem em família.

- Dio! Vocês sabem que eu odeio isso e ainda vivem me metendo nessas viagens?

- Domenico, qual parte do "família" você não entendeu?- Reviro os olhos.

- Eu não vou.

- Nem eu. - Angelo e Dario se negam.

- Claro que vão. Inclusive, você Melissa. Sei que vai ser seu recesso e que você pode querer fazer alguma outra coisa. Mas, eu peço que por favor considere a opção. Precisamos de você conosco.

- Mama.
- Mama.
- Mama.
- Mama.
- Mama.- Eu e meus irmãos falamos todos de uma vez fazendo caras de coitados, mas meus pais amam essas viagens e infelizmente somos obrigados a ir. Esse caso não tem volta.

- A para aonde vamos? Onde o vento fez a curva? No fim do mundo? No cafundó de Judas? Ou Serra do nada? - Felippo pergunta e meu pai e Melissa se sentam no sofá ao lado, apenas achando graça em toda a situação.

- Meus lindos filhos. Não adianta, todos vão. Mas, antes que reclamem como sempre. Vamos para um hotel em uma ilha. Heitor faz o plantio das uvas e a maturação do vinho, por lá. E precisamos conhecer o local para ter certeza de que é um bom negócio. Mas, teremos trilhas, uma praia. E várias outras coisas.

- E quem mais vai? -Angelo pergunta, já interessado.

- Angelo! Não me diga que já está considerando ir?

- Cala a boca, Dom. A mama está falando. Não interrompa.- Tenta ganhar tempo.

- Vai ele, a esposa, o filhinho e um irmão mais novo.

- E como nunca ouvi falar desse homem? - Pergunto achando estranho.

- Ele apareceu há pouco. Depois que você se acidentou. - Meu pai responde.

- Eu realmente preciso ir? Quer dizer, vocês vão para conseguir o contrato com o tal produtor. Eu não tenho serventia.- Melissa afirma e minha mãe rebate.

- O que é isso? Não se coloque dessa forma, filha. Você sempre será importante para nós, enquanto quiser. Você pode ir passear. Aproveitar as férias. Descansar um pouco.

- Eu posso levar o Lino?

- Claro! - Minha mãe concorda não vendo problemas e Melissa sorri, aceitando a viagem.

- Eu vou.- Sou o primeiro a aceitar. É sempre difícil para minha mãe nos convencer a viajar com eles, mas dessa vez terei Melissa por lá. Então não vou enfeitar mais. Vou e está decidido.

- Nossa. Quem vê, diz que ama tudo isso. - Felippo reclama, insinuando o que somente eu entendo.

- Eu também. Já que insistem tanto pela minha presença.— Dario me segue e Felippo vem logo atrás.

- Sendo assim, não posso deixar que vão sozinhos. Eu e Angelo também vamos.- Felippo se rende.

- Fale por você, Felippo.

- Todos se renderam, só falta você e a pirralha.- Felippo fala e Angelo olha ao redor, vendo que praticamente todos aceitaram.

- Tudo bem, eu vou.

- E então, bambolina? - Meu pai pergunta para Antonella que faz suspense.

- Também, papa.

- Perfeito. Até que enfim.- Minha mãe respira aliviada.

- Viajaremos no sábado, já que na sexta Melissa e Antonella ainda têm aula.- Meu pai diz e já vai caminhando até a porta.

- Espera. Vocês esqueceram de uma parte muito importante. Quando que a gente volta?

- Vamos passar uma semana na ilha.

- Tudo isso?

- E vamos arrumar tanto o que fazer aonde?

- Eu não quero não.- E a bagunça começa de novo. Todos falando de uma vez. Mas, para minha alegria, Felippo e meu pai conseguem tirar todos do apartamento. Coitados dos vizinhos quando eles chegarem em casa.

- Ciao.- Meu irmão diz, fechando a porta e ficamos só eu, Melissa e o gato. Não sei onde estou com a cabeça. No que realmente estou pensando. Se eu e ela desse certo, o que vamos fazer quando esse contrato acabar? Não estou pensando. Na verdade, acho que não consigo raciocinar muito bem desde que a vi pela primeira vez. E conviver ao seu lado, diariamente, vem perturbando cada vez mais minha mente.

Domenico - Minha salvação.Onde histórias criam vida. Descubra agora