XLIV

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Olha eu de volta!

— Vocês tem certeza que me querem aqui? — Pergunto quando passo pela porta e os Moretti que já estavam espalhados pela casa, respondem juntos parecendo um coral

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— Vocês tem certeza que me querem aqui? — Pergunto quando passo pela porta e os Moretti que já estavam espalhados pela casa, respondem juntos parecendo um coral.

— É claro!

— Obrigada mais uma vez. Nem sei como agradecer à vocês e Gabriel por tudo. — Deixo mais uma lágrima cair e Lina junto com Antonella me abraçam.

— Não precisa agradecer. Sinta-se em casa. Você e seu gato são bem vindos aqui.

— Por falar nisso...— Me recomponho, enxugando as lágrimas. — Cadê o meu gato?— Nem termino de falar e tão logo Domenico aparece com o gato nos braços. Não falo nada e o homem faz o mesmo ficando calado enquanto se aproxima de mim devagar.

— Você está bem? — Pergunta, quando chega perto o suficiente.

— Sim. E você?

— Vim devolver seu gato. Assim como pediu, ele foi bem cuidado.

— Obrigada. — Pego Lino dos braços de Domenico e parecendo querer piorar tudo que já está difícil, a família de Domenico se esvai nos deixando a sós.
— Domenico, eu não queria...

— Eu sei que não. Mas agora é tarde, não? Você fez uma escolha, eu só tenho que aceitar.

— Que escolha eu fiz?

— Ele. Sabe que não gosto nem um pouco dele e ainda assim preferiu fugir com Gabriel. Preferiu confiar nele, quando eu estava ao seu lado implorando que me contasse o que aconteceu e me deixasse ajudar. Hoje eu sei tudo que passou, e foi ele quem contou. — Reclama, insatisfeito.

— Se sabe de tudo então deve saber que eu fugi com medo que Carlo fizesse algo contra vocês. E como te contaria algo se estava tentando te proteger?

— No fim Carlo fez tudo o que quis. Do mesmo jeito.

— E acha que eu não sei, Domenico? Que não me sinto culpada por não ter conseguido evitar?

— Eu só pedi que confiasse em mim e na mesma noite você foge com outro. — Ele balança a cabeça em negativa, decepcionado. Então sai da sala e agora percebo uma grande diferença, sem a ajuda da muleta. Fico observando ele sair, até o perder de vista na escada e quando vejo Lina um pouco distante em minha frente, uma lágrima solitária molha meu rosto. Ela se aproxima e me abraça, me acalentando da forma que pode.

— Vai ficar tudo bem. Tudo vai se resolver.

— Eu só queria que ele entendesse.

— Ele vai, filha. Mas tudo precisa de tempo para se resolver. Tenha paciência. Os homens dessa família são complicados.

— Desculpa se eu compliquei a vida de vocês. Agora podem até perder a empresa, por minha culpa.

— Não, não não. Nem pense nisso. A culpa é de todos nós quando aceitamos essa ideia maluca de casamento. Deveríamos ter percebido que Carlo tinha vários planos para se dar bem. Você foi a moeda de troca dele e apenas tentou ajudar quando percebeu do que ele era capaz. Só acho que podia ter nos contado antes de fugir, mas entendo que imaginou que o alvo de Carlo era somente você e tentou nos ajudar antes que a bomba de fato explodisse.

Domenico - Minha salvação.Onde histórias criam vida. Descubra agora