XXXVIII

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Olhaaa eu aquiii. Voltei!

    Sorrio com a piada do meu pai e Melissa coloca uma mão em cima da minha possessiva que está acariciando sua coxa, por baixo da mesa

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Sorrio com a piada do meu pai e Melissa coloca uma mão em cima da minha possessiva que está acariciando sua coxa, por baixo da mesa. Estamos reunidos no café da manhã, toda a família. E como se não sentisse a rejeição de todos os meus irmãos que já entenderam qual a dele, Gabriel se aproxima junto com Heitor que trás o filho no colo.

— Bom dia, grande família.— O mais velho diz e como bom Moretti que sou, acaricio e em seguida beijo a mão de Melissa que estava por cima da mesa, quando percebo os olhares de Gabriel na minha doutora. Ele não cansa.

— O que pretende fazer hoje, Heitor? — Meu pai pergunta.

— Achei que seria interessante se a gente retomar a conversa sobre os processos do vinho aqui na ilha. Assumo que não gostei da sua última proposta, Moretti. E com a inauguração do hotel nos próximos dias, nosso tempo fica cada vez mais curto.— O homem diz sendo sincero e meu pai sorri.

— Se você prefere assim. Mas, aviso de antemão que minha querida esposa já tem horário marcado comigo na parte da tarde.— Sorri para minha mãe e como estão lado a lado, beija seu ombro, demonstrando seu carinho.— Então essa conversa terá que ter um fim até o meio dia.

— Eu tenho uma boa proposta, Moretti. Não vou tomar muito do seu tempo. Inclusive, Letícia ficou resolvendo alguns últimos detalhes para acompanhar as mulheres Moretti no Spa aqui do hotel. Então, enquanto elas conversam de lá, conversamos daqui. O que acha?

— Que Spa é esse? — Pergunto já me intrometendo. Estava prestando atenção no melão que comia, mas se envolve as mulheres dessa família e alguém próximo a esse tal Gabriel, realmente não confio.

— O nosso hotel é completo. Os nossos futuros hóspedes serão servidos dos melhores serviços. Mas enquanto não inauguramos, as mulheres Moretti vão conhecer em primeira mão junto com minha esposa, o Spa que teremos aqui. — Heitor fala, mas não me convence. Ainda mais por Gabriel estar tão calado.

— Posso ir? — Não custa tentar.

— Mulheres, Domenico. Somente as mulheres. Não me diga que não quer largar sua esposa? É um Moretti ciumento? — Pergunta com uma sobrancelha erguida e um sorrisinho que não gosto de jeito nenhum.

— Muito. Você não sabe o quanto.— Respondo, também sorrindo e Melissa belisca minha coxa por baixo da mesa. Ela sabe que não gosto deles e faz isso para evitar maiores conversas.
— E os outros hóspedes?

— Hóspedes? Temos três casais que são avaliadores e estão aqui somente para fazerem uma resenha crítica sobre o hotel antes da inauguração. Eles já conheceram tudo e logo vão embora. Dificilmente vão querer se juntar a nós.

— Huum.— Respondo apenas e volto minha atenção para o melão quando o homem vai embora.

— Dom?— Meu pai chama e respondo logo de cara.

— Não vou.

— Não vai? — Pergunta surpreso.

— Não. Estou fora da empresa por tempo indeterminado. Já aceitei fazer essa viagem com vocês, então não vou em reunião alguma com essas cópias baratas de produtores de vinho.

— Cópia barata?— Meu pai gargalha, achando graça.— Então tudo bem. Mas o que vai fazer? Seus irmãos vão comigo e Nella, Lina e Melissa vão ao Spa. Vai ficar sozinho.

— Eu fico bem sozinho. Só não ficar no mesmo ambiente que aquele rapaz.

Todos concordam comigo e o resto do café da manhã ocorre em paz. Ou quase. Já que Felippo sempre jogava uma piadinha sobre mim e Melissa. O que me deixou uma enorme dúvida. Será que eu quero que todos saibam sobre nós? E pior, será que ela quer que saibam sobre nós? Já que em momento algum demonstrou interesse em contar sobre o que vem acontecendo e sem falar que todos acham que a troca de carinho entre nós é somente para a família de Heitor e os convidados acreditarem nesse casamento.

— Como está sendo o casamento, Melissa? — Letícia pergunta quando ficamos a sós na sala de massagem esperando Antonella e minha sogra escolherem, ainda com a recepcionista, qual a massagem que vão querer

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— Como está sendo o casamento, Melissa? — Letícia pergunta quando ficamos a sós na sala de massagem esperando Antonella e minha sogra escolherem, ainda com a recepcionista, qual a massagem que vão querer. Elas são indecisas.

— Bem. Melhor do que eu esperava.

— E esperava coisas boas, não é? — Pergunta, risonha.

— Claro. Eu sonhava com o céu e vivo no paraíso.— Minto. Não é para tanto. Tudo bem que eu e Domenico estamos nos dando bem e a família dele é um amor comigo. Mas um casamento forçado não é esse paraíso todo.

— Isso soa tão romântico. Ainda me lembro quando conheci Heitor. Tudo era tão perfeito.— Ela fala saudosa.

— E o que mudou? — pergunto e ela respira fundo.

— Meu marido viaja muito. É muito focado na empresa e no trabalho. Então se eu não estiver viajando com ele, é como se eu ainda fosse solteira. As vezes ele nem mesmo liga ou manda mensagem. Acho que as coisas melhoraram um pouco depois que Mateus nasceu. Mas sinto como se vivesse na sombra do meu filho. Se ele liga, é para saber sobre Mateus. Se se preocupa, é com o filho. Nada é como antes.— A mulher revela, parecendo um pouco triste e quando não sei o que falar para acalentar um pouco da sua dor, agradeço quando Lina e Antonella entram na sala junto com as massagistas.

— Vamos começar!? — Lina diz em meio a um sorriso e deito na mesinha para a massagem. Relaxo quando a mãos super macias da mulher, aos poucos vão tirando de mim toda a tensão. Ela espalha um tipo de óleo, muito cheiroso em meu corpo e quando mudo de posição, até mesmo pepinos em meus olhos ela coloca. Um creme no rosto e com a música de fundo extremamente calma, simplesmente durmo.

Como isso é bom!

Domenico - Minha salvação.Onde histórias criam vida. Descubra agora