Mais um. Mais um. Mais um😁
— Você não quer comer? Aqui tem o suficiente.
- Não, Melissa. Obrigado. É todo seu. Então, coma e durma. - Como um pouco de tudo e quando me sinto satisfeita deixo a bandeja na mesinha do lado. Não sei para aonde levar e não quero acordar Domenico, que a essa altura já tem uma respiração pesada pelo sono, só para perguntar. Então volto para a cama e durmo, finalmente relaxando.
Acordo com a claridade em meu rosto e vejo que vem da janela que tem as cortinas abertas. Viro lentamente para o lado e não vejo Domenico e dou uma rápida olhada pelo quarto, também não o encontrando.
Levanto e caminho até o banheiro, então tomo um banho e volto para o quarto. Coloco um dos vestidos que Lina deixou em minha mala e pego uma sandália baixinha. Quando estou me preparando para sair, vejo uma folha grudada na chave da porta do quarto e então pego para ler o que tem escrito.
Precisei sair, estou resolvendo alguns assuntos. Volto para o almoço. O café é servido até às dez, então se acordar a tempo, fique à vontade para descer e pedir o que quiser.
Domenico.
Leio e releio a pequena mensagem imaginando o que ele deve estar fazendo e no final ainda vejo um bom dia em letras menores quase que no fim da pequena folha. Nisso, ele queria passar despercebido.
Dobro o papel e coloco em minha bolsa, mais uma das coisas que Lina deixou em minha mala, e sigo para a recepção. Estou morrendo de fome e preciso descobrir onde conseguir comida.
Depois de conversar na recepção e ser orientada, como tranquilamente meu café da manhã e observo as belas flores do jardim próximo a mesa que estou. Eles tem um belo jardim que torna o local ainda mais lindo. Flores são maravilhosas.
- Buongiorno.- Olho rapidamente e vejo um homem de pé em minha frente com um sorriso de quem dormiu super bem, e uma bandeja, com algumas frutas, em mãos.
- Como posso ajudar? - Sou direta e ele me olha parecendo surpreso.
- Vi que estava sozinha e como não tem nenhuma mesa vazia, vim saber se posso acompanhar você nesse café da manhã? - Olho ao redor e vejo que a maioria das mesas já estão vazias, então volto meu olhar para o homem que abre um sorriso amarelo. Fico calada, o encarando, e ele se senta na cadeira à minha frente mesmo sem a minha permissão.
- Você não é daqui, é?
- Não.
- E o que faz sozinha nesse lugar maravilhoso?
- Estou em lua de mel.- Ele me olha sério e mostro minha aliança, mas ele fica ainda mais sério quando vê algo atrás de mim. Ou melhor, alguém.
- Acho que acabei de encontrar seu marido.- Se levanta rapidamente e ainda tenta falar algo, mas para minha surpresa, Domenico aparece de muito mal humor.
- Vamos embora, Melissa.- Diz, me esperando.
- Mas eu não terminei meu café.- Contesto.
- Termina no quarto. Vamos.
- E eu não posso terminar aqui?
- Melissa, eu estou com pressa e sem tempo para lhe dar explicações.
- Ei, cara. Ela está tranquila. Deixa ela terminar o café em paz.
- E quem é você para dizer o que eu devo fazer?
- Eu só estou tentando ajudar.
- Pois não tente. Não preciso que ajude. Vamos embora, Melissa.- Desisto de contestar quando me lembro do que Antonella e Lina disseram sobre Domenico e me levanto da cadeira acompanhando meu marido. Porém, paro quando o homem começa a falar novamente e me surpreendo com a atitude de Domenico.
- Primo, você tem que esquecer essa mágoa. Não nos leva a lugar nenhum. Somos uma família e temos que nos manter unidos. - Primo? Se eles realmente são primos, então qual o motivo desse ódio mais que claro que Domenico demonstrou nos poucos segundos que estiveram juntos?
Domenico para, respira e dá um passo adiante, mas sem que eu espere, gira seu corpo rapidamente e segue a passos largos em direção ao homem, lhe socando a cara em seguida.
- Fique longe de mim e da minha família, seu filho da puta. - Ele vocifera, chamando ainda mais a atenção das pessoas ao redor, e deixa o homem, caminhando em minha direção. Pega minha mão e me leva junto com ele até o elevador, em completo silêncio.
Quando finalmente entramos no quarto, eu não sei se a ajuda deveria ser para o homem que provavelmente teve o nariz quebrado com o soco de Domenico ou o meu marido que a essa altura está totalmente vermelho de raiva.
- Você está bem? - Pergunto, quando tento me aproximar dele que está sentado na beirada da cama com as mãos na cabeça e os cotovelos apoiados nas pernas. Domenico fica em silêncio e eu me sento ao lado dele.
- Não quero você perto dele. Não quero que fale com ele, sequer olhe quando o vir por aí. Entendeu?
- Eu posso saber o motivo desse ódio todo? Ele te chamou de primo. - Não custa nada tentar.
- Ele é um grande filho da puta. E deixou de ser da família há muito tempo. Não confie nele, nunca. - Ele finalmente levanta a cabeça e me olha, com súplica. Como se sua vida dependesse da minha resposta.
- Tudo bem, Domenico. Você deve ter seus motivos. - Digo me levantando, mas para minha surpresa ele segura meu braço me puxando em sua direção e fazendo nossos corpos se chocarem ao mesmo momento em que ele levanta da cama.
- Me desculpe pelo que houve lá fora.- Diz, e sua atenção é totalmente minha. Seus olhos analisam cada parte do meu rosto e tê-lo tão perto vai me causando um calor descomunal.— Uma vez ele machucou meu irmão, e quando você machuca um Moretti, você machuca toda a família. Ele não é um de nós.
- Está desculpado.- Sussurro, admirando tão de perto seus belos olhos. Minha mente pede para me afastar, mas meu corpo simplesmente não responde ao comandos. Então, fecho os olhos e coloco uma distância considerável entre nós, indo em direção a cama, onde me sento outra vez, só que do outro lado.
- Tudo bem, mesmo?
- Muda alguma coisa se eu disser que não? Ainda assim você vai ter quebrado o nariz daquele homem.
- Isso é uma verdade! - Ele sorri, constatando o fato e faço um sinal de negação com a cabeça.- Você quer almoçar? Eu atrapalhei seu café da manhã e daqui a pouco é o horário do almoço, então podemos aproveitar.
- Acho que não vai ser uma boa ideia almoçar no local que você acabou de deixar um clima de guerra.- Digo, e ele sorri.
- Vamos em outro restaurante. Você escolhe o que quer.
- Sério? Eu posso escolher? - Na realidade, eu esperava que Domenico e toda a sua família fossem também desprezíveis para aceitarem uma proposta como essa. Se vender a própria filha já é algo assustador, imagina comprar para se livrar de denúncias tão graves quanto as que estão acusando Domenico? Só que eles estão sendo completamente diferentes do que imaginei. E isso me assusta!
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Domenico - Minha salvação.
RomanceDomenico Moretti é o filho mais velho de uma grande família italiana que há muito se fixou na América. Donos de uma grande empresa e distribuidora de vinho, o primogênito é cotado como o futuro CEO da companhia da família que é presidida pelo pai. ...