XX

1K 57 3
                                    

Volteiiiiiii

- O que você está fazendo, doutora?- Levanto meu olhar e vejo um Domenico atento as minhas ações

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- O que você está fazendo, doutora?- Levanto meu olhar e vejo um Domenico atento as minhas ações.

- Estudando. Tenho um trabalho para entregar na faculdade.

- Hum! Eles passam dever de casa?- Zomba.

- Não é isso. É apenas um trabalho. Não é o só professor que tem que ficar lá explicando. A gente também tem que mostrar que está aprendendo.

- Pode ser.- Concorda enquanto folheia algumas páginas que eu já escrevi e deixei no pequeno centro na sala.
- Você escreveu tudo isso? Tirou da sua cabeça?

- Sim. Um resumo do assunto.- Digo e ele fica em silêncio. Então quando olho novamente seu olhar no meu, o vejo me encarando sem dizer nada.
- O que foi?

- Nada.- Diz com um meio sorriso. - É que você é dedicada. Queria ter sido assim quando estudava.

- E você não era? Como se tornou o preferido a CEO?

- Por dever. Nunca fui o mais estudioso entre meus irmãos. Eu era o pior, na verdade. Diferente de você...- Deixa as palavras soltas no ar, e eu não entendo o que quer tão perto de mim, a essa hora do dia.
Volto a minha leitura e percebo que ele continua me encarando, então o observo, aguardando por uma resposta.

- O que foi?

- O que foi o que?

- Você chega, senta e fica me encarando.

- Estou admirando. É diferente.

- Admirando o que?

- Você.

- O que tem eu?

- Tudo... Ou nada. Não sei. Mas apenas estou te admirando, acredite.

- Não quero.

- Acreditar?

- Que me admire ou seja lá o que esteja fazendo. — Falo, largando a caneta no centro que fica no meio da sala.

- Eu atrapalho? - Aponta para os cadernos.

- Você me tira a concentração.- Assumo e ficamos em silêncio. Então, em questão de segundos ele está de pé novamente com a ajuda da muleta.

- Me desculpe.

- Não, Domenico. Não é...- Levanto tentando desfazer o mal entendido. Não quero que ele se sinta ofendido. Apenas fique longe, assim como garantiu que seria. Mas para minha surpresa, e desespero, ele se volta na minha direção no momento em que levanto, fazendo nossos corpos trombarem um no outro.

- Me desculpe.- Digo, segurando seu braço e o ajudando a sentar no sofá novamente. Ele ainda não recuperou muito bem o equilíbrio e sempre tende a cair muito facilmente.

Domenico - Minha salvação.Onde histórias criam vida. Descubra agora