XLV

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Mais um.

Sentir os lábios, o calor e o desejo de Melissa por mim e incomparável

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Sentir os lábios, o calor e o desejo de Melissa por mim e incomparável. Mas ao mesmo tempo me lembro de sua relutância. Eu só acho que esse seria o melhor momento para ela confiar em mim e não fugir com um qualquer me deixando apenas com as migalhas do que realmente estava acontecendo ao meu redor.

Quando a olho, vejo que não queria me magoar e sei que teve as melhores intenções. Mas ainda assim me dói saber que ela não confia em mim o suficiente para me contar uma parte tão cruel da sua vida.

— Aiai, Dom. Não sei o que faço com você. — Felippo entra na sala e parece revoltado. Olho ao meu redor em busca de algo que fiz e vejo pela janela que já escureceu.

— O que eu fiz dessa vez?

— Você passa uma semana chorando e quando a mulher finalmente aparece, simplesmente deixa ela ir.

— Não entendi. Para aonde eu deixei ela ir?

— Embora. Enquanto estava sentando aqui, ela foi embora. — Enrugo as sobrancelhas e me coloco em alerta.

— Seja mais específico.

— Argentina. O embuste deixou uma passagem com ela e graças a você ela embarca hoje com ele. Explicou tudo e mesmo não ninguém concordando, ela se despediu de todos nós. — Engulo em seco.

— Então ela fez a escolha dela. — Tento disfarçar enquanto ainda associo as coisas que meu irmão disse.

— Não, seu imbecil! Ela está indo embora por você não ter dado escolhas a ela. Será que não percebe que ela é apaixonada por você, idiota. Acha mesmo que ela voltou por nós? Foi só você e o gato. Sempre você e o gato. Mas você não percebe isso e agora todos nós perdemos ela.

— Se você se preocupa tanto em perder ela, vá você atrás dela e a traga de volta. — Digo, seco, tentando fazer meu irmão sair de perto e me deixar pensar. Mas pela primeira vez tenho certeza que perdi ela.

Quando estou sozinho, olho pela janela na esperança de vê-la passar, mas sei que não vai acontecer.

— Eu prometi a mim que não iria me meter nessa história, mas vi você chorar durante uma semana quando ela fugiu. Não quero vê-lo chorar o resto da vida por tê-la deixado ir. — Escuto a voz do meu pai, mas não tenho coragem de me virar de frente para ele e ouvir mais de seus sermões. Eu sei que fiz merda.
— Vá atrás dela, Dom. Antes que realmente seja tarde.

— Ela escolheu ele, papa. O que eu posso fazer?— Para minha surpresa ele não responde. Apenas dá um sorriso audível e escuto quando fecha a porta ao sair do local. Deixo os papéis na mesa e vou para o meu quarto, me jogando na cama, mas minutos depois pareço estar em um formigueiro, totalmente inquieto, então levanto e vou tomar um banho. Pior é que nada parece funcionar e logo estou eu, trocando de roupa e pegando as chaves do carro.

Domenico - Minha salvação.Onde histórias criam vida. Descubra agora