XII

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Mais um, mais um, mais um 👏🏻👏🏻

Seria perfeito se ela não fosse tão linda e misteriosa

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Seria perfeito se ela não fosse tão linda e misteriosa. Não sei nada sobre ela, e isso me instiga a querer ela por perto. Quero saber o que gosta, o que faz, o que quer. O gato por si só já me faria terminar o casamento. Odeio felinos de traumas passados. Mas quando ela pediu abraçando o pet junto ao seu corpo, eu simplesmente não consegui dizer não. Agora teria que conviver com uma mulher desconhecida e um gato. Eu odeio gatos!

A mesma coisa aconteceu quando quis visitar a praia. Eu estava disposto a realmente não ir. Quem em sã consciência viaja quase duas horas só para olhar... Pelo horário, malmente teríamos tempo de mergulhar. Só que mais uma vez não consegui negar. Inferno! Então é assim que vai funcionar? Ela vai ditar as regras? Pede e eu faço como um cãozinho adestrado?

— Você não vai entrar? — Pergunto quando ela observa de longe.

— Não.

— E não vai nem chegar perto?

— Não.— A observo por alguns segundos e então olho o mar. Tem algo de errado? Alguma placa alertando sobre tubarões, ouriço ou água-viva e eu não vi? Tenho certeza que era uma das mais seguras quando pesquisei.

— O que foi?

— O que?

— Vamos só molhar os pés. Não precisa entrar.

— Por favor, não. Eu não sei nadar. — Ela segura o gato contra o peito, e olhando direitinho eu não sei quem está mais assutado.

— Se não sabe, então para que pediu que viessemos?

— Me desculpe. Podiamos estar um lugar bem mais perto.

— Não. Você pediu isso aqui. — Aponto ao redor.

— Eu nunca tinha vindo.

— Aqui?

— Em praia alguma. Eu queria ver de pertinho. É tão lindo. — Ela observa a água com um brilho nos olhos e eu nem sei o que fazer? A gente mora tão pertinho e ela nunca visitou a praia. O que os pais realmente faziam com ela?

— Escuta. Tudo bem nunca ter vindo aqui. Tudo bem não saber nadar. A gente só vai sentir a água. Certo?

— Mas eu...

— Não vai se afogar. Seus pés sabem respirar dentro d'água.— Ela sorri e a chamo para me acompanhar. Quando chegamos bem perto, a maré trás a água em nossa direção e Melissa tenta correr. Mas a seguro, perto de mim... perto demais...
— Não precisa correr. Eu estou aqui...— O que inferno acontece com a minha pele quando toca a dela? Arde, queima, me causa um calor como se estivéssemos cozinhando perto um do outro. Mas no fim, sempre terminamos distantes.
Solto o braço dela que volta para a terra firme. Onde a água nem pensa em chegar. Mas, e eu?

Domenico - Minha salvação.Onde histórias criam vida. Descubra agora