XIII

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Não teve quarta, mas hoje tem em dobro 😗

  Saímos cedo do hotel, a lua de mel finalmente tinha acabado

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  Saímos cedo do hotel, a lua de mel finalmente tinha acabado. O melhor é que agora, eu não seria sozinha, já que tinha o meu gatinho comigo. E também, na casa de Domenico tinha Lina e Antonella que tinham sido muito atenciosas comigo. A melhor parte da viagem com certeza foi a praia. Eu finalmente pude conhecer e ainda senti a água nos meus pés. Não tive coragem de ir mais longe, apesar de Domenico me incentivar. Mas já é um passo. E também, que tentei manter a maior distância do Moretti. Ainda mais depois de todo o clima que se formou quando ele me segurou impedindo que eu corresse da água.

  Como esperado, o caminho foi feito em silêncio. E quando chegamos, Domenico me deixou em casa e seguiu para a empresa, assim como me falou que faria. É estranho dizer que essa é minha casa, mas em pouco tempo é o mais em casa que eu já me senti em toda a vida.

- Que surpresa maravilhosa! Achei que só viriam a tarde, mas vejo que se apressaram. - Lina se aproxima, e me abraça, com um sorriso no rosto. - Bom dia, filha. Como foi a viagem?

- Bom dia. Foi boa.

- O que é isso? - Pergunta, quando tiro o gato da bolsa.

- Eu achei ele na rua e convenci Domenico a trazê-lo com a gente. Ainda é um filhote e está um pouco assutado por causa da viagem.

- Ele é lindinho. Antonella vai amar. Ela é a louca por gatos e crianças. Mas, me fale sobre Domenico. Como ele se comportou?- Pergunta curiosa enquanto eu a acompanho.

- Ah, ele foi muito bom. Até levou ele em um veterinário.

- É sério?

- Sim.

- Dio mio! O que deu nele? Ele odeia gatos.- Gargalha.

- Ele odeia?

- Sim. Quando era pequeno, nosso vizinho tinha um gato e ele era louco para ter um, mas ele fez alguma coisa que assustou o pobre coitado e o gato arranhou ele. Desde então, ele declarou ódio a todos.

- Mas ele até comprou brinquedos para ele.

- É. vai ver ele mudou de ideia quanto a isso. Mas venha. Vamos tomar café. Se conheço bem meu filho, vocês saíram de lá antes do café ser servido.

- Eu não sei nem se o sol já tinha nascido.- Brinco e ela gargalha, caminhando até a mesa, onde o café já está servido.- Como, um pouco de tudo. E acho que nem mesmo antes do castigo, eu comi tão bem na casa dos meus pais. E sem falar que tudo estava uma delícia. Também coloquei um pouco de leite para o meu miau, que tomou tudo e ainda ficou com o bigodinho todo sujo. Ele é uma mundicinha.

  Enquanto como, minha sogra fica de olho em mim e em um jornal que tem em mãos e tenho certeza que quer me perguntar algo.

- Tudo bem com a senhora?

- Comigo? Tudo ótimo. - Sorri, balançando a perna em sinal claro de ansiedade.

- Tem certeza? Parece nervosa.

- Eu não. Estou ótima.- Para de balançar a perna, mas em seguida larga o jornal na mesa, me olhando com curiosidade.- Agora que já tomou seu café, me diga. Como foi a viagem?

- Tudo ótimo. Seu filho foi um verdadeiro cavalheiro e sem contar que me ajudou com o gatinho. Foi tudo muito bem.

- Só isso... Eh, quer dizer... Tudo isso? Teve algo mais?

- Na verdade teve.

- Teve, é?

- Ele encontrou um primo. Mas pelo que vi, não se dão muito bem.- Digo, sem perceber a gravidade da situação. Pela cara de assutada da mulher, deve ser bem pior do que imaginei.

- Primo?

- Domenico  disse que ele não faz mais parte da família há muito tempo. Mas parece ser algo sério, então não quis me meter.

- Eles não...- Começa a falar, mas é interrompida pelo som do celular que toca descontroladamente.

- Amore?- Atende, com um enorme sorriso, que vai morrendo aos poucos. Até que o celular cai da mão dela.- Nostro bambino...- Uma lágrima desce pelo rosto da mulher e ao mesmo tempo o barulho do celular que vai de encontro ao chão.

- Lina, o que aconteceu? Lina, fala comigo.- Me aproximo da mulher, que fica parada encarando um ponto imaginário no chão.

- Mio bambino... Domenico...

- O que tem o Domenico? O que aconteceu com ele?

- Domenico sofreu um acidente. - Sou pega de surpresa com a notícia e meu coração para por um instante. Domenico não pode morrer.

- Como foi isso? Aonde ele está?

- Eu não sei. No hospital mais próximo da empresa. Salvatore disse que perto da empresa.

- Fica calma. A gente vai até lá e a senhora vai ver que está tudo bem. Foi só um susto.- Tento acalmar a mulher, enquanto caminho com ela até a garagem. Procuro por toda a casa até achar o motorista da família e peço que vá até o hospital mais perto da empresa Moretti.

  Durante todo o caminho, vou tentando acalmar a mulher que chora copiosamente. Mas no fundo, até eu estou em choque. Nem eu sei o que fazer.
  Quando chegamos, vou até a recepção, enquanto Lina procura o marido ou um dos filhos pelo hospital. A recepcionista informa o local onde estão e seguro no braço da minha sogra, a levando juto comigo. Ela está transtornada com tudo isso.

- Cuore...- Salvatore caminha em direção a esposa, com uma cara de choro e a abraça em seguida, fazendo-a enfim se acalmar.

- Como ele está? O que aconteceu, Salvatore?

- É um assunto muito delicado. Em outro momento eu conto com mais calma. - O homem tenta fugir do assunto, mas um dos filhos acaba se intrometendo.

- Tivemos uma discussão na empresa e ele saiu de lá muito bravo, e acabou assim. Ainda não tivemos notícias. Quando chegamos aqui ele já estava sendo transferido para a sala de cirurgia, mas o quadro não é dos melhores.

- Que discussão, Salvatore? Vocês nunca brigaram. O que aconteceu?

- Cuore, esse não é o lugar. Eu fiz algo que ele não gostou. Mas agora não tem importância. Vamos pensar na saúde dele. - O homem fala, arregalando os olhos para o filho Angelo, que se afasta. Por outro lado, Felippo se aproxima de mim.

- Você está bem?

- Sim.

- Não se preocupe. Meu irmão vai ficar bem. Ele sempre fica.

- Ele parece ser forte. Então vou confiar que sim.

- Nós não tivemos muito tempo para apresentações. E esse não é o momento mais adequado para dizer isso, mas saiba que você é bem vinda na família. Mesmo que desse jeito torto que tudo aconteceu e que con data para ir embora.

- Obrigada. - Agradeço com um meio sorriso, e o homem se afasta. Me sento em uma das cadeiras, próxima a Lina. Salvatore tenta manter a mulher calma e me garante que tudo ficará bem. Mas, quanto mais o tempo passa sem notícias o nervosismo de todos só faz aumentar.

Domenico - Minha salvação.Onde histórias criam vida. Descubra agora