IV

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— Nem a porra de um horário você consegue cumprir? Te dei trinta minutos e esperava que tivesse entendido. — Ele grita, parado em frente a mim e eu me encolho com medo de que realmente cumpra suas ameaças. — Vamos, se apresse.— Me pega pelo braço se arrastando junto a si e tento acompanhar seus largos passos.

— Aonde estamos indo?

— Ver se você tem serventia de algo. Apenas siga o que lhe digo e vê se consegue pelo menos isso.

— Vai me vender? Finalmente achou um comprador para o seu objeto? — Não sei de onde tiro coragem, mas pergunto finalmente o enfrentando depois de todo esse tempo. Então ele solta a minha mão, parando no meio do caminho e me pergunto se realmente foi uma boa ideia.

— Quase isso. Mas será bom para os dois lados. Ouvi dizer que os Moretti são fracotes com as mulheres e quem sabe você consegue o que quer com aquele idiota. Mas, se resolver se revoltar e estragar tudo outra vez, juro que nem mesmo piedade de você terei outra vez.— Ele ameaça e sai caminhando rapidamente enquanto eu o sigo tentando entender o que os Moretti tem a ver com isso.

Ele vai me vender para eles?

Desço as escadas e vou até o carro. Lá encontro minha mãe que me olha sem falar nada e assim seguimos todo o caminho em completo silêncio. Quando paramos, observo o local pela janela e vejo um linda casa com um jardim enorme. Seja quem for, tem muito bom gosto.

Passamos pelo portão após a liberação e seguimos até a frente da casa onde o carro finalmente para e podemos descer. Lá, um homem e uma mulher já aguardam de pé e somente quando me aproximo percebo se tratar de Salvatore e Lina Moretti.

— Boa noite, sejam muito bem vindos. — A mulher fala e o homem apenas nos cumprimenta educadamente com um manear de cabeça.

— Você deve ser a Melissa. Muito prazer em te conhecer, querida.— A mulher é educada, só que mais que isso. Ela fala com sinceridade e me abraça e eu apenas respondo com um sorriso tímido sem saber a mínima ideia do que estou fazendo ali.

Então somos convidados a entrar. Começo a estranhar tudo e minha mãe completamente muda vai me deixando ainda mais ansiosa.

Por dentro a casa é ainda mais linda e enorme e quando entramos, vejo o que imagino serem os filhos Moretti. A beleza é realmente de família.

— Esses são meus filhos, Antonella, a mais nova. — A menina sorri e acena em minha direção e eu apenas sorrio de volta. — Felippo, Angelo e Dario. Do mais velho ao mais novo. — Os homem que estavam no sofá, levantam e caminham em nossa direção, cumprimentando a mim e minha mãe que estava ao meu lado. Em seguida se vão, se aproximando do meu pai e Salvatore que estavam do outro lado da sala.— Agora, falta somente Domenico. Ele foi em busca de algo muito especial e deve chegar a qualquer momento. Com certeza vai adorar você.— Ela diz com um sorriso alegre e eu estou mais perdida que nunca. O que esse povo quer comigo?

— Domenico já está a caminho. O que acham de seguirmos para a sala de jantar? — Salvatore sugere e acompanhamos o homem, sem pestanejar. Na mesa, fico ao lado de Antonella que parece ser a única realmente contente com tudo ao seu redor. Aguardo ansiosa que alguém fale algo que se aproveite enquanto meu pai tagarela sem parar sobre o bem que fará à empresa.

— Seu nome é Melissa, não é? — A garota ao meu lado pergunta e eu aceno positivamente com a cabeça.— É um lindo nome. O meu é Antonella. Minha mãe já falou, mas quando eu falo parece mais real. É um prazer te receber na nossa casa. Espero que possamos ser amigas.— Ela diz de forma gentil e eu sorrio com a cara mais boba do mundo.

Socorro! Eu não faço a mínima ideia do que estou fazendo aqui.

— Claro. Eu também espero que sim. — Respondo, mas nem termino e logo sou interrompida pela presença do lindo homem que mais cedo apareceu no jornal. É quase impossível que ele seja mais lindo pessoalmente. Todo altivo, todos ficam em silêncio quando ele entra na sala e engulo em seco quando seus olhos encontram os meus. Sua presença por si só é intimidade e ter sua atenção chega a me causar arrepios.

— Buona sera a tutti.

Buona.— Meu pai se intromete e tira de mim os olhares do homem, mas não por muito tempo. Enquanto meu pai fala, o homem malmente presta atenção e como se não houvesse nenhuma outra pessoa no local, caminha até mim.

— Senhorita Melissa. É um prazer.— Me levanto quando minha mãe acena e Domenico pega a minha mão, deixando um beijo no dorso, e somente um simples toque é capaz de causar arrepios em todo o meu corpo.

Merda! Eu não sou uma menininha, mas esse homem faz parecer que sim.

Ele me encara e sinto como se pudesse me perder no infinito verde de seus olhos. Ficamos ali, examinado cada traço um do outro, analisando um ao outro como se todo o resto tivesse deixado de existir, até que somos interrompidos. Pelo meu pai.

— Sei que pediram um pouco de calma, mas a imprensa não vai esperar que decidam. Então gostaria de ir direto ao assunto, até mesmo por minha preciosa filha não se tratar de um objeto de troca.— O olho assustada e petrificada com o que escuto. De onde ele tirou isso. Preciosa?

— Marcaremos o casamento assim que ela aceitar o meu pedido. Por isso mesmo estou pedindo sua permissão para dar um passeio com ela, no jardim.

— Toda e total.— Meu pai diz e então eu começo a associar uma coisa a outra. Ele deve ter me oferecido como moeda de troca para conquistar poder dentro da empresa. Ele é louco e sonha que um dia se tornará presidente juntamente aos Moretti. Mas ainda assim é impossível que isso aconteça. Os Moretti são inalcançáveis e jamais me aceitariam como da família. Domenico não deveria me aceitar como esposa. Que maluquice seria se casar com alguém que você nem conhece? Onde estão com a cabeça ao aceitarem algo assim?

— Vamos? — O homem estende a mão e eu a pego.

É loucura disse que pela primeira vez me sinto totalmente confortável com o toque de um desconhecido em mim? Não sei, mas caminhamos assim até o jardim, onde ele aponta um banco e eu me sento.

— Me desculpe a sinceridade, mas o meu pai não tem o costume de me manter informada sobre as coisas...— Começo, mas nem chego realmente a perguntar, já que ele me interrompe.

— Nos casaremos o mais breve possível. Será um casamento de faixada e somente até a impressa esquecer toda essa história. Seu pai me garantiu que estaria de acordo e justamente por isso aceitei seguir com essa ideia maluca. Não quero que me odeie enquanto estivermos juntos e também por isso preciso que me garanta que está confortável com esse acordo entre as famílias e o mais importante, entre nós.— O homem fala e só então me cai a fixa.

Meu pai me vendeu para os Moretti!

Domenico - Minha salvação.Onde histórias criam vida. Descubra agora