XLIX

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Sinto beijos pelo meu corpo e risadas baixinhas quando me movo na cama

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Sinto beijos pelo meu corpo e risadas baixinhas quando me movo na cama.

— Devagar, amor. Não precisa de pressa. Ainda é cedo. — Domenico fala e sorrio quando ele tira o cobertor do meu corpo e continua sua inspeção com beijos pelo meu corpo.

— Eu estou calma. Só não entendo esses beijos a essa hora. Não sei nem que hora é. — Me viro e Domenico sobe pelo meu corpo segurando meu rosto e beijando meus lábios em seguida.

— Você falando assim até parece que eu não faço isso todos os dias desde que voltamos para casa. — Ele reclama e faz drama, mas tenho que assumir que não está errado. Embora sempre me acorde assim todas as manhãs e tenha certeza que ainda não amanheceu.

— Dom, ainda nem amanheceu.

— Então vamos ver o nascer do sol juntos. — Fala com a voz abafada enquanto beija meu pescoço.

— O que deu em você? Que tem esse fogo todo eu já sabia, mas antes ao menos esperava amanhecer.

— Escute, meu bem. Hoje faz dois meses que voltamos para casa. Tudo está se ajeitando aos poucos, mas eu não quero pouco com você. Eu quero tudo. Tudo que quiser me dar, e um pouco mais.— Diz a última palavra com uma sobrancelha arqueada e a maior cara safada.

— O que você quer a essa hora do dia, meu donzinho?

— Além de fazer amor gostoso com você na nossa cama? Quero no banho também e quando terminarmos, descemos e tomamos café em família. Lembra que temos café marcado com os Moretti? Por experiência própria sinto lhe informar que eles não se atrasam, meu mel. — Domenico é multifunções e enquanto vai falando me deixa completamente nua ao tirar o hobby que vestia.

  Não sou muito boa com datas, mas de fato hoje faz dois meses desde que invadi a entrevista e declarei aos quatro ventos minha paixão por ele. Naquele dia, depois da fuga dos repórteres e a reunião no apartamento de Felippo, decidimos que não iríamos nos esconder e nem fugir um do outro. Apenas viver toda a nossa paixão que desde o primeiro momento viemos fugindo. Principalmente eu que me empenhei em perder Domenico, mas graças a toda a insistência do meu lindo marido, cá estamos hoje juntinhos e felizes.

— Domenico...

— Isso, amor. Chama meu nome. Você não sabe o quanto isso me excita. — Fala enquanto me beija e lentamente o sinto entrar em mim. Do jeito que só ele sabe me torturar.

— Dom, mais rápido...— Peço, já manhosa à sua mercê.

— Você ainda não entendeu, meu mel? Sou eu que te torturo, e sou eu que dito o ritmo.

— Tem certeza? — Pergunto com uma sobrancelha erguida e a maior cara safada. As vezes nem eu me reconheço quando estou ao lado de Domenico. Ou por baixo.

— Melissa...— Reclama com os olhos fechados e os lábios entreabertos quando contraio minha buceta, o sugando para mim.— Assim você acaba muito fácil com a brincadeira. Se não sabe, não brinca.

— E você sabe, meu donzinho? — O beijo sorrindo quando ele enfim larga o ritmo lento de antes e mete do jeito que eu gosto. Do jeito que a só a gente sabe.

— Buongiorno, grande famiglia!

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— Buongiorno, grande famiglia!

— Parla ancora in italiano, come se il ritardo di quasi un'ora non significasse nulla. (Ele ainda fala em italiano, como se o atraso de quase uma hora não significasse nada.) — Meu pai fala bravo quando enfim aparecemos para o café. Ele odeia quando fazemos algo de errado e ainda falamos em italiano quando o encontramos. No geral, ele odeia atrasos. Inclusive, já perdeu um enorme contrato com uma família tradicional italiana, uma vez quando o famoso Vietri se atrasou em uma reunião marcada aqui no Brasil e meu pai simplesmente dispensou o homem como se ele tivesse cometido algum pecado capital. Até hoje fazemos piada sobre isso.

— Papa, me deixe aproveitar meu casamento enquanto não fazemos um neto para o senhor mimar. Reclamou tanto quando estávamos separados e agora reclama do tempo que passamos juntos.

— Não me importo que fiquem juntos, inclusive prefiro assim. Não poderia ter escolhido uma nora melhor que Melissa. Mas custa descer na hora marcada do café? — Ele reclama já calmo e pela cara que faz dá até pena.

— Desculpe, sogro. Vamos tentar não fazer isso de novo. Domenico tinha me falado que o senhor não gosta de atrasos, mas acabamos dormindo demais.

— Nós fizemos tudo, amor. Menos dormir demais. — Domenico cochicha quando puxa a cadeira para mim e tenho certeza que naquele momento a vergonha estampou minha cara.

— Domenico, não conteste as manias do seu pai. Sabe como ele é quanto a isso. Não gosto, mas já não contesto.

— Por isso te amo, amore. — Meu pai interrompe minha mãe e beija o dorso da mão dela demonstrando seu afeto.

— Eu só finjo que não existe e vivo minha vida sem me preocupar com a hora. — Ela completa e é a vez do meu pai ficar de cara fechada enquanto rimos da situação.

— E você, Nella? Como está, minha principessa?

— Muito bem. Hoje tenho aula de história. Sabe o quanto amo.

— Nunca amou nada naquela escola e agora do nada não quer perder um dia sequer de aula. Nunca vi isso. Mas vou descobrir esse seu interesse repentino, pirralha. — Dario contesta e vejo um filme da minha vida passar bem na minha frente. Ninguém dessa família nunca de fato gostou de estudar. Íamos por obrigação e cumprimos com ela sempre. Mas tem uma coisa que aconteceu com todos e quando me lembro o que me motivava ir a escola quando tinha dezesseis anos engulo seco.

— Antonella, adivinha quem vai com você hoje?

— Você? Não precisa, Dom.

— É claro que precisa, piccola. Desde que me acidentei não faço isso.

— Não vai deixar de estar com Melissa para ir me levar ao colégio.— Ela insiste, mas em matéria de teimosia tenho mais tempo de estudo que ela.

— Eu insisto, Antonella.

— Não precisa se preocupar comigo. Eu fico bem no jardim. Fico lá esperando Domenico voltar.

— Vocês não podem sair na rua sem que vários repórteres queiram sequestrar vocês e fazer a reportagem do ano. Não precisa se arriscar por mim.

— Não vou me arriscar. Só te acompanhar.

— Nem eu sou tão insistente assim. O que deu em vocês? — Meu pai reclama quando me vê persistente com Antonella e meus irmãos vidrados em nossa conversa. Não adianta, todos pensaram a mesma coisa que eu. Menos meu pai, que nunca imagina que a filha faça algo de errado. Ela é uma bonequinha para ele. A eterna bambolina.

— Papa, é cuidado de irmão.— Angelo responde enquanto Felippo e Melissa apenas riem da situação. Eles não entendem toda essa situação.

Domenico - Minha salvação.Onde histórias criam vida. Descubra agora