Capítulo 17: Hospital Ceccini.

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Hoje é dia 10 de outubro de 2023. E estou sentada no sofá próximo a cama de Melina. Ela está dormindo por mais de 12 horas.

Chloe veio para ficar com ela alguns minutos enquanto eu usava minha super velocidade para tirar o sangue do meu corpo, remover a bala do meu corpo como um animal, usando minha coordenação motora fina péssima para manusear uma das pinças do laboratório da loira, e por fim vestir meu traje reserva.

Me apresentei como Mrs. Vênus esposa de Melina Ceccini. Aparecer lá como Alessa Amaral também esposa seria uma estratégia muito burra.

Agora estou aqui. Sentada aguardando a mulher acordar. Chloe foi para casa descansar após a noite angustiante.

Melina está em coma induzido. E será acordada daqui mais 24 horas. Mas não quero deixá-la só.

Me alimento nos horários certos com a comida trazida ao quarto por ordem de Chloe. Se fosse por mim nem iria lembrar disso. É irresponsável eu sei.

Eu devia ter ficado com ela. Ou a levado comigo. É minha culpa ela estar assim. Eu deveria tê-la protegido. Tê-las protegido...

Suspiro angustiada usando minhas mãos para dar suporte ao meu rosto pesado.

—Ela irá acordar em uma hora. —ouço a voz masculina forte.

Levando o rosto olhando para ele para assimilar as palavras.

Passei um o dia e noite e nem mesmo percebi.

—Talvez deva ir para casa banhar e comer algo mais reforçado. —orienta com a prancheta na mão.

—Vou ficar. —respondo um tanto fraca.

—Tudo bem.

—Que dia ela terá alta?

—Quando ela despertar vou fazer uma análise. Se estiver tudo certo amanhã mesmo ela será liberada.

—Ok... — passo as mãos sob meus fios oleosos. Realmente preciso de um bom banho e lavar meus cabelos.

—Quando ela acordar me avisa— aceno com a cabeça e vejo maior sair do quarto.

Caminho até o lado da figura pálida na cama.

Tão pequena e frágil. Ela sempre estava sorrindo, e só brigava comigo quando necessário. Quero tanto ver aquele sorriso de volta. Não suportaria perdê-la. Nem mesmo consigo imaginar minha vida sem ela. Sem seus olhares intensos, falas científicas e comidas deliciosas— pois apesar de eu dormir no meu apartamento. Sempre que possível vou vê-la entre uma e outra reunião na empresa.

Coloco uma mão sob seus cabelos os acariciando com cuidado, enquanto a outra repousa na cama próxima da sua.

—Você vai ficar bem. Vamos voltar para sua casa de tatu e tudo ficará bem— rio do do meu apelido para a casa dela.

Sinceramente. Ela mora debaixo da terra. É uma casa de tatu.

Permaneço com minhas carícias frenéticas e suave sob seus fios. A mais nova mexe sobre o meu toque e leva a mão até a minha, a tocando simples e calma. Como se apenas o encostar de nossas mãos fosse o suficiente para nos trazer paz e conforto.

—Oi Bella...— sua voz suave e fraca diz abrindo os olhos lentamente.

—Um apelido? — questiono carinhosa, e a vejo sorrir em resposta— Como está se sentindo? Está melhor? — pergunto sem nunca parar com o carinho.

—Hum rum— afirma em um resmungo. — Você está péssima. —fala brincando.

Abro a boca em formato de O em indignação.

Mrs. VênusOnde histórias criam vida. Descubra agora