Capítulo 32: Mães.

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Umas semanas depois da viagem para Pavia na Itália, Melina e eu decidimos que deveríamos questionar nossas mães. Mas é claro, sem revelar o que já sabemos sobre tudo e fazendo isso de forma indireta e discreta.

Enquanto ela regressa para a mansão Ceccini, eu estou encarregada de retirar o máximo de informações possíveis de Dayane. Felizmente meu pai nos convidou para ir almoçar com ele e as meninas, acredito que esse ambiente familiar a faça se abrir mais.

—Hey pai. —o comprimento com um abraço de lado, enquanto Dayane já escorre para dentro da casa em busca do conforto do sofá.

Talvez abraços não sejam tão ruins assim.

—Olá filhinha. —diz me apertando o máximo que pode. —Fiquei tão feliz quando você e sua mãe aceitaram meu convite, estava com saudades.

—Eu vim aqui mês passado, papai. —digo gentil me afastando.

—Exatamente, 30 dias querida, não faça isso com o pobre coração de seu pai. —responde dramático

—Tentarei vir mais vezes... — respondo mesmo sabendo que é muito improvável que eu consiga cumprir.

—Irei cobrar.

—Pode cobrar.

Passos acelerados descem as escadas e sinto um corpo menor e mais jovens chocar ao meu.

Sim eles sabem que não sou a maior fã de abraços, mas é como se esse fato não existisse, então desisti de insistir, pois as vezes eu gosto.

—Oi abelhinha. —passo os braços por cima de seus fios ondulado.

—Estrelinha. —diz feliz abraçando meu pescoço os pressionando com força.

Se eu fosse humana normal, com certeza teria sido enforcada.

—Pode me soltar já. —alerto com leves batidas no braço da garota. Ela logo entende e se afasta, mas mantendo um enorme sorriso no rosto.

—Está bem alegre em. —digo notando os olhos dela brilharem.

—Fiz o ENEM e arrasei demais! Acho que fui muuuito bem. —comemora. Mas do nada ela fica quieta e semicerra os olhos. —Helena por outro lado está no quarto pensando em mil e uma formas de conseguir uma profissão, pois acredita que foi horrível e que a solução será assinar a carteira de trabalho em alguma boate que aceite mãe para ser stripper.

—Elise! —meu pai adverte.

—O quê? Ela quem disse isso. —ergue as mãos em inocência. Rio da cena.

Era muito comum, quando éramos mais jovens Elise ser repreendida por ouvir atentamente palavras alheias e repetir, fazendo soar mais grosseiro que o normal. Gerava boas risadas entre mim e Dayane. Já que papai apesar de ser o mais alegre, é o que mais nos disciplinava no quesito de segurar a língua.

—Entre, fiz uma comida deliciosa. —diz nos direcionando para a cozinha.

Como dito, estava uma delícia. Um estrogonofe de frango com batata palha, arroz branquinho, feijão carioca e a salada verde.

Comemos com a mesa agitada. Rian em seus aproximadamente três meses apenas foi amamentado e posto no carrinho de bebê para que sua mãe pudesse comer. Quando ele começou a chorar Elise deixou o prato na mesa e foi até ele para acalmá-lo e pela serenidade de todos na mesa acredito que essa é uma cena comum durante as refeições.

Elise e Helena saem com Rian para o que, segundo elas, é o passeio-rotineiro-anti-noites-acordadas. Aparentemente isso cansa o mais novo o suficiente para ter uma boa e longa noite de sono. Enquanto papai segue em sua rotina de limpeza da casa nos sábados.

Mrs. VênusOnde histórias criam vida. Descubra agora