CAPÍTULO 10
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28 DE MAIO.
Três meses depois.
Cheguei em casa tarde da noite, tomei banho e aproveitei para ler alguns relatórios da auditoria que começou algumas semanas antes. Foram meses brigando com a diretoria, até que eu conseguisse aprovação da maioria para o processo.
Estive tão concentrado, que as horas passaram rápido e acabei dormindo sobre as planilhas no sofá do meu escritório. Ainda teríamos um longo caminho até encontrar os erros e o dinheiro desviado do hospital.
Não queria ter nenhuma nova discussão com meus pais sobre aquele contrato, ou sobre o que aconteceu anos atrás, estava farto daquela confusão.— Mas nem tudo está perdido! — Levantei-me, alongando o corpo, e quase pude sorrir ao recordar como foi bom ver o último paciente da minha ex-esposa assinando sua alta.
— Estou oficialmente livre e isso merece uma comemoração.
Não era a pessoa mais animada para participar das festas beneficentes que Huan organizava, mas naquela noite eu tinha um objetivo especial: conseguir fundos para comprar os equipamentos.
Contratamos uma firma de advogados tailandeses, especializados em casos como o nosso, para nos orientar e, de acordo com o doutor Tull Parkorn, não poderíamos injetar nosso dinheiro, a não ser que fosse através de doações.
Por esse motivo, Huan criou um fundo emergencial para compra de equipamentos e estava promovendo uma noite em Las Vegas para convidados e pacientes ricos e famosos.— Não sou a pessoa mais sociável para esse tipo de evento, mas preciso concordar que meu irmão é um gênio. Recolhi toda a papelada para guardar novamente em minha pasta.
O relógio sobre a cornija da lareira indicava quatro horas da tarde e era estranho minha governanta ter me deixado dormir por tanto tempo ali no escritório, sem reclamar.
Deixei o escritório e segui para as escadas, a mansão estava em silêncio. Na residência principal, estavam apenas eu, Greta e um gato de rua, que invadiu a mansão anos atrás, os demais empregados tinham uma ala separada.
Voltar para a mansão aonde cresci não era meu objetivo, mas após o divórcio eu precisava me manter afastado de todos, para colocar a mente no lugar e aquele mausoléu reformado foi minha melhor opção.
Meow, meow…— Estava me perguntando quando apareceria. — Parei no meio do corredor, cruzando com Félix.
O gato espreguiçou, rolando pelo carpete antes de vir roçar em minhas pernas. Estava quente na noite passada, por isso optei por vestir apenas uma bermuda.
Meow, meow…
— Já disse que não sou seu dono, vá procurar outro para brincar.Dei a volta na pequena bola de pelos, mas ele não desistiria tão fácil.
Todos os empregados amavam o gato e o veneravam, fazendo suas vontades, menos eu.
Aquela era a nossa rotina tóxica.
Meow, Rrr…Ignorei seus miados e ameaças, seguindo em frente até ser atacado.
— Filho da mãe! — Saltei para livrar minha perna do ataque. — Sem chances, não vou carregá-lo no colo, seu gato manhoso.
— Não brigue com nosso pequeno Félix, senhor Lan. — Greta estava subindo as escadas dos empregados com uma bandeja nas mãos. .
— Pequeno? Esse gato precisa de uma dieta, vou reduzir os custos da ração e petiscos!
Caminhando em sua direção, ignorei os silvos do gato atrevido e retirei a bandeja das mãos de Greta.
— Pode deixar, senhor…
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Dr.Gelo
Fanfiction- Estou disposto a pagar para ser meu esposo pelo próximo ano. - Pretende me pedir em casamento? - Na verdade, será uma parceria, um contrato com uma cláusula: sem camas separadas. Junto a isso, prometo proteger você e a criança. O al...