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CAPÍTULO 31



— Boa noite, senhor Wei, sou Lan Wangji. — Ele não estendeu sua mão e nem demostrou ser um prazer conhecê-los, seus olhos passaram rapidamente do meu mamã para meu irmão e cunhado, com um aceno breve, voltando-se para Wen Chao. 

— Dr. Lan, boa noite, é bom revê-lo. — Meu ex-marido era realmente um idiota completo. 

Ficar de pé e estender sua mão, na espera de ser cumprimentado, demonstrava seu nível de atuação, mas Wangji não tinha interesse nenhum em manter as aparências. 

— Não sabia que os advogados do seu escritório estariam aqui essa noite, esperava ver Zixuan. — Aquele era o patrão de Chao. 

— Ele pediu para os nominais participarem esse ano, Dr. Lan — o cretino responde, enfiando a mão no bolso, ficando vermelho de vergonha. 

— Interessante, sinal que confia nos sócios, até mesmo para representá-lo pessoalmente. 

— Essa posição é privilegiada por um motivo: só os melhores. 

Chao estufa o peito. 

Não posso ver, mas sinto na pele a indiferença de Wangji sobre o que ele acha dessa informação. 

— Já que está aqui, diga-lhe que espero todos os advogados e associados que trabalham para ele em meu hospital — ele frisa cada palavra. — Estejam todos na reunião marcada pelo Dr. Huan na segunda pela manhã, meu pai e eu estaremos presentes. 

— Claro, doutor, será um prazer participar de uma reunião com a diretoria. 

Conhecia Chao muito bem, ao menos quando o assunto era ser reconhecido como a porcaria de um sócio nominal em sua empresa. 

Algo me dizia que era a primeira vez que participaria do tipo de reunião que Wangji estava falando. 

 — Querido. — Sua mão desloca para o lado e se estende para me ajudar a levantar, seu olhar me faz derreter em uma poça quente de baba e excitação, antes de se voltar aos demais. — Espero que aproveitem o jantar, minha família é famosa pela generosidade na bebida, comida e entretenimento. .

A voz de Ella canta em meus ouvidos, gritando um: humilha mais, Dr. 

Delícia! 

Wangji ergue a mão para deixar um beijo sobre as falanges dos meus dedos, em seguida vira-se em direção ao meu mamã, mantendo sua cabeça reclinada. 

— Espero podermos tomar um café qualquer dia, senhor Wei, tenho real curiosidade em saber como foi criar um ômega tão extraordinário quanto Wuxian. — E perdê-lo… Quase o ouço falar. 

Ele não tem intenção de esperar por uma resposta e eu muito menos. 

Deixo-me ser levado para longe de todos, passando pelos seus amigos, até estarmos do outro lado do salão, o mais longe possível daquela mesa. 

— Vou matá-lo, simples assim — Wangji pragueja entredentes e isso me faz parar próxima à pista de dança, onde alguns casais marcam um passo de valsa. 

— Por favor, não faça nada arriscado — o desespero em minha voz era tão real que eu tinha medo de estar berrando. 

— Wuxian… — seu tom tinha todo o ímpeto de me acusar de defender meu ex-marido, mas corto suas palavras, segurando em seus braços com força. 

— Não faça nada que possa tirar você de mim — imploro, sem me importar que veja em meus olhos a minha perdição. — Por favor, Yanli só tem você como pai. — Respiro fundo. — Pelos minutos que estive sentado naquela cadeira, ficou explícito o quanto não somos importantes para eles e, ninguém, nem mesmo seu pai biológico, perguntou algo sobre minha filha. 

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