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Bom dia 🌹😘

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       CAPÍTULO 22

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— Você pode se virar e falar comigo, senhor? — tentei controlar a minha voz para não chamar mais a atenção de Paul ou dos caras ao lado.

Não estava de bom humor quando aceitei tomar uma bebida com meus amigos e estava de sobreaviso, após passar quase setenta e duas horas no hospital.
Aceitei apenas para evitar descontar minha raiva em outras pessoas, já que da última vez me custou mais do que gostaria.

— Wuxian — chamei, esperando por uma resposta.

Estava quase há um mês lutando contra a vontade de ceder e encontrar o ômega que povoava meus sonhos, pesadelos e me fazia bater punhetas como um adolescente na puberdade.

— Posso — Ele se virou com as bochechas coradas e um sorriso profissional nos lábios —, aqui está o seu pedido, se quer levar para mesa e fazer o meu serviço, fique à vontade.

Por pouco não encurralei a enfermeira Sullivan nos corredores, ou pedi a Silas pelo endereço de Wuxian. Não tinha um número de telefone para procurá-lo, mas ele sabia aonde me encontrar e tive uma leve esperança de que o fizesse.

— Não precisaria, se não tivesse saído correndo — rebati, me inclinando para ver seus olhos, mas a aba do boné não permitia.
A única coisa, além do meu orgulho, que me segurava eram os problemas acumulados no St. Helen e meus amigos me infernizado para saber que fim levou minha noite com o tal ômega misterioso.

— Porra! — Tive que literalmente pular para trás ao quase ser atingido pela bandeja com canecas e meu refrigerante.
O bar estava lotado quando entrei e, como de costume, segui para a nossa mesa e vi o atendente de costas, anotando os pedidos.
Só não imaginava que o ômega, com a bunda redonda atraindo atenção de todos ali, com aquela calça jeans apertada , era ele.

— Vai pegar ou sair da minha frente? — ele perguntou, empurrando a bandeja.

— O que quero pegar é você e tirá-lo desse lugar, aonde está Yanli? — rebati, arrancando a bandeja da sua mão e fazendo uma das canecas tombar.

— Puta merda, maravilha! — Wuxian bufa, me olhando com uma carranca.

— Hey, o que está acontecendo? — Paul bate no balcão, chamando nossa atenção.
— Não foi nada, Paul , Wuxian sorri para ele de um jeito que me faz ver tudo vermelho —, me dá mais uma cerveja e pode descontar da minha hora.

— Que isso, gatinho, sei que está atolado de serviço! — Ele me olha, estranhando minha atitude, nos conhecemos há mais de vinte anos e nunca arrumei problema aqui.

— Tire uma pausa, dou conta aqui no balcão.

— Hey — chamo Wuxian, colocando a bandeja sobre o balcão, mas ele apenas arranca o boné e o avental, seguindo pelo corredor dos fundos.
— Paul, eu vou falar com ele.

O velhote parou na minha frente, cruzando os braços com o cenho franzido, no momento que Woo pousou sua mão em minhas costas.
— O que está acontecendo aqui, cara — apesar do tom brincalhão, seus olhos estão me encarando com seriedade.

— Nada que realmente lhe interesse.  Repudio o aperto, entregando para ele a bandeja.

— Nossa, que grosso — ele debocha

— Já volto, preciso só resolver um mal-entendido — retruco.

— Sinto muito, doutor, mas só depois que esfriar a cabeça e tirar esse olhar assassino da cara. — Paul estende o braço, me bloqueando, então percebo que devo ter assustado Wuxian.

Dr.Gelo Onde histórias criam vida. Descubra agora