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CAPÍTULO 17

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— Mais alguma coisa que precisamos ressaltar, senhor Wei? — sua voz causa uma nova descarga de arrepios, que se espalham por toda minha nuca, e levo a mão até o local para acalmar a pele.
Meu corpo está em um frenesi de excitação e ansiedade por estar na presença dele, trazendo à tona lembranças desagradáveis dos momentos que passei em meu casamento.
Principalmente por gemer, literalmente, de prazer com sua boca sobre a minha e por me sentir traído por aquela avalanche de sensações.

Deus! Estou vazando lubrificação entre as pernas e, sinceramente, não me lembro quando foi a última vez que realmente fiquei tão duro e excitado assim.

O doutor Lan era um homem bem viril e, se antes tive a impressão de que tivesse um corpo malhado por debaixo do jaleco, podia assegurar que sim e que ele não era pequeno em lugar nenhum — droga.
Aquela roçada no corredor estava me fazendo imaginar coisas.

—  Wuxian? — Ele deu um passo em minha direção, ficando com sua cintura na altura dos meus olhos, me dando a visão bem clara do tipo de pau que eu teria ali.

Sem dúvidas era um 5G de acordo com as regras de Ella: grande,grosso, gostoso, guloso e generoso.

Mordi o lábio para não soltar uma risada nervosa com aquele pensamento.

— Acredito que não tenhamos nada mais a dizer, esse acordo é sigiloso e deve ficar apenas entre nós — ele afirmou.

— Preciso assinar algum papel? — perguntei com sarcasmo, me lembrando dos livros que minha amiga tinha me dado para ler nos últimos meses.

— Não estamos gravando um filme, senhor — Sua risada me fez erguer os olhos, ele sabia do que eu estava falando —, apesar que as imagens que tenho em mente de nós dois, em várias posições nessa cama, dariam um ótimo roteiro erótico.

— Por acaso você tem algum fetiche pervertido? — Atirei à queima-roupa, voltando meu olhar para o seu pau e engolindo em seco com aquele contorno robusto cada vez mais inchado.
— Todos os possíveis, desde que esteja com meu pau enterrado na sua bunda, nessa boca e, com certeza, quero seu mamilo vazando leite no meu pau.

—Se sua intenção era me chocar, conseguiu.

— Porra, se você abrir essa boquinha assim na minha frente, vai mamar gostoso no meu pau, Wuxian.

— Você é um pervertido! — exclamei, sentindo uma pontada aguda deslizando do meu útero até minha entrada pulsante.
— Quer dizer…

— Eu gosto de sexo e não é pouco. Sou um alfa que não tem nenhum problema em falar sobre o que quer e, principalmente, satisfazer os desejos do ômega que estiver na minha cama.

— Ok! Só tenho um pedido, não me lembre a cada cinco minutos que aceitei dinheiro para estar com você.

Como se estivesse sendo impulsionado por uma mola, me levantei, pois acabaria criando uma maldita mancha no estofado se continuasse ali e aquele foi um sinal para o médico, que já estava impaciente.

O único passo que nos separava foi extinguido e sua boca bateu sobre a minha em um beijo faminto, roubando meu fôlego muito mais rápido do que da primeira vez.
Suas mãos se desviaram em direções opostas, uma entrando pelos meus cabelos, pressionando minha nuca, e a outra agarrando minha cintura.
Sua língua atrevida deslizou para brincar com meus lábios, então traguei o ar, liberando um gemido um segundo antes de ser invadido novamente, como se me dominar fosse a sua vontade.

— Quero tanto você, afundar meu pau em seu buraco e ouvi-lo gemendo gostoso ; sua declaração veio junto com a força do seu corpo me empurrando para cama.

— Doutor Lan — tentei falar, sendo assaltado por uma onda de excitação quando suas mãos puxaram a barra da minha camisa e tocaram minha pele.

— Meu nome, Wuxian — ele resmungou, pressionando meu corpo contra o seu, estava na ponta dos pés quando minhas pernas foram imprensadas contra o colchão e a sua boca deslizou direto para meu pescoço, os dentes percorrendo a pele com mordidas leves.

Meus sentidos estavam todos sendo sacudidos com suas mãos tocando todas as partes do meu corpo com uma ânsia nervosa, mas com cuidado e sem machucar, porém, quando o zíper da minha calça começou a correr por minhas pernas , deixando minha pele livre da cobertura do tecido, somada ao aperto mais intenso da sua mão sobre meu peito, tudo em mim esfriou.

Um tremor, que nada tinha a ver com tesão, me percorreu de cima a baixo, não gritei, mas em minha mente uma porta horrível foi aberta e, por um segundo, senti a necessidade de me debater.
Foi um movimento sutil, mas que ele sentiu ao ponto de se afastar.

— Algum problema? — a pergunta não foi feita com raiva, mas aquele ardor em seus olhos sumiu, ficando apenas o gelo infinito que circulava as bordas amarelas.

— Wuxian?

— Eu…

Não sabia o que dizer, ele era o oposto do meu marido até mesmo na forma de me beijar e tocar, mas algo me travou.
— Caralho, isso não vai dar certo. — Ele apontou para uma das duas portas do outro lado. — Aquele quarto foi preparado para você, vai encontrar o que precisar para passar a noite, se quiser ficar.

Afastando-se, ele foi até a mesa ao lado da cama, abriu a gaveta e retirou um envelope, colocando-o sobre o tampo e me olhando com seriedade, continuou:
— Aqui tem vinte mil dólares, são seus de qualquer forma, ficando ou não.

O médico deu as costas, seguindo para a porta do quarto com passos rápidos e eu, precisei me abraçar, como se estivesse debaixo de uma rajada de neve, congelando.
Olhando para o envelope sobre a mesinha, tentei captar o que estava dizendo: ele estava me dando o dinheiro com ou sem sexo?

— Espere, aonde vai? — Dei um passo à frente.

— Eu preciso de uma bebida, Wuxian, e talvez de uma punheta — respondeu, abrindo a porta.

— Dr. Lan — ele parou, olhando por sobre o ombro —, podemos tentar de novo , não pediria por favor, mas minha entonação foi bem suplicante e me deixou corado.

Ele não respondeu, voltando para a porta e, mais uma vez, o impedi de sair, dando passos em sua direção e o chamando, não me sentia confortável falando seu nome e não sabia como tratá-lo.

— Eu sou sensível.
Ele fez um barulho com os lábios e, de braços cruzados, virou-se e me encarou. Imagino que fosse o mesmo tipo de olhar que dava aos seus subordinados no hospital.
— Quer dizer, eu quero fazer… Eu estou excitado, mas se você…

— Você tem algum problema para formar uma frase lógica?
Deveria ser algum tipo de mecanismo para fazer pressão em seus residentes, porque ele olhou para o relógio em seu pulso.

— Desculpa fazê-lo perder o seu tempo — bufei, queria gritar de frustação ou acertar um sapato na cabeça daquele troglodita.

— Eu sinto cócegas em alguns lugares e, outros, bem… Acabei de descobrir que podem ser gatilhos, por isso, que tal ficar aonde eu gosto? — Diante do seu silêncio, continuei:
— Sou sensível em algumas partes, por exemplo, essa área quente do pescoço.

Ergui minha mão, alisando a parte da nuca até a lateral da garganta, meus mamilos também eram muito sensíveis, mas acho que não suportaria um toque direto ali. .

— Ok! Preciso da minha bebida, se quiser uma, estarei na sala de estar.

Por um instante, acreditei que voltaria ao que estávamos fazendo, mas o que ele fez foi deixar o quarto.

Soltei o ar que tinha prendido sem perceber e, por instinto, corri até minha bolsa para encontrar a babá-eletrônica . Yanli estava dormindo tranquilamente , em seguida peguei o celular e disquei para Ella, eu já tinha feito a merda, mas precisava de algum apoio.

(.....)

Dr.Gelo Onde histórias criam vida. Descubra agora