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CAPÍTULO 25

Fazia algumas horas que tinha voltado para casa e me deparado com um e-mail que deveria ser considerado como oficial da parte do meu pai, informando que, no próximo mês, parte da minha equipe seria transferida para Chicago.

Aquilo serviu apenas para colocar mais lenha na fogueira, todos sabiam que minha equipe era formada pelos melhores, passando por uma avaliação que poderia durar semanas e, para completar, Huan descobriu que nosso pai esteve em Vail e se recusou a vê-lo.

Porra, queria ter um conflito por vez para resolver!
Estava irritado e, mesmo que fosse contra a minha natureza e paciência, tinha contado aos meus amigos não apenas meus planos, como toda a conversa de merda que tive com Wuxian mais cedo naquela noite.
Talvez tenha sido a pior coisa a fazer, principalmente por acharem que aparecer em minha casa, de madrugada e bêbados, me ajudaria em algo.

— Ele bateu a porta na minha cara, mas antes me disse que não estava interessado no “presente de Deus”. Puto, empurrei o copo de uísque sobre a mesa, sem beber. — Aquele pedacinho de gente me comparou ao filho da puta com quem foi casado?

— Não acho que tenha sido esse o problema — Jason comentou.

— Mas você há de convir, Wangji — Ben completou —, você é como um presente de Deus para a medicina. .

— Idiotas! — rebati.

Meus amigos eram os melhores, fosse para atuar como médicos, conselheiros, companheiros de copo ou algum tipo de consolo bizarro.

— Ao menos ele falou o que pensa de você. — Woo eleva seu copo em um brinde.
— Estou magoado, ninguém nunca me chamou de presente de Deus.

— Cala a boca, Woo!

Eles estavam se segurando para não caírem na gargalhada, mas era impossível, a zoação com aqueles cretinos não tinha limites.
— Estou falando sério, porra! — Woo segurou minha mão, olhando no fundo dos meus olhos.
— Lan, será que eu sou apenas uma lembrancinha?

— Sim, daquelas baratinhas de lojas de conveniência — Jason rebateu sem dó.

Não tínhamos mais como continuar aquele arremedo de conversa, então me sentei ao seu lado, explodindo em gargalhadas. Jason tinha lágrimas nos olhos e Ben cuspiu longe seu uísque.

Woo continuou com suas baboseiras, mas minha atenção estava no celular em minha mão, esperando uma ligação, mensagem, qualquer sinal de que estivesse pensando em minha proposta, ou só para me rejeitar mais uma vez.
Sentia-me culpado por deixá-las naquele apartamento.

— Eu o quero — resmunguei, fechando os olhos e jogando a cabeça para trás sobre o encosto.

— Porra! Chega de bebidas por hoje — Ben comentou, tomando o copo da mão do Woo.
— Estou bem, quem está fodido aqui é o Wangji, e outra coisa … — Soluçando, o cretino continuou: — Eu posso ser uma lembrancinha, mas o meu pau … Ah, esse é a porra de um presente de vinte e um centímetros.

— Cacete! — Jason virou o rosto.

— Puta merda! — Ben pulou para fora do sofá no momento que Woo colocou a mão sobre o botão do seu jeans.

— Eu podia dormir sem essa — bufei, me erguendo, estava cansado e impaciente demais para continuar com aquela conversa.
Silas os levaria para casa de bom grado.

— Não querem ver?

— Pelo amor de Deus, estamos vendo seu pau desde os quatorze anos, não dá mais — Jason reclamou, erguendo Woo em um solavanco.

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