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CAPÍTULO 14

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Eu deveria estar louco e agindo por impulso, fazendo propostas insanas por um cara desconhecido, mas ele tinha simplesmente bloqueado tudo em minha mente.

Desde o momento que o vi naquela noite, foi como se uma paz inexplicável calasse minha mente conturbada. A conversa com meu pai, os problemas no hospital, Langjiao e até a ferida aberta em meu peito sobre a perda do meu filho, que nunca tive coragem de expor daquela forma, evaporou.

Aquela voz adocicada, o sorriso, o perfume, a suavidade da sua pele e até mesmo seu olhar irado tinha anestesiado minhas dores, deixando somente um turbilhão de desejo e posse irradiando por meu corpo. .

Wuxian era tão feroz quanto seus olhos demonstravam, mesmo segurando a vontade de revidar e me acertar com um tapa, tão visível em seu rosto, manteve a voz baixa, sem saber o quanto estava me dominando.

— Porra! — praguejei, tirando minha roupa rapidamente.

Tinha ignorado as ligações de Huan e as mensagens dos meus amigos, preocupados com meu sumiço, eu precisava descarregar um pouco da minha excitação e me livrar do álcool que ingeri antes que Wuxian chegasse.

— Aqueles olhos, a boca, o corpo — gargalhei. — Porra, estou pagando rios de dinheiro para ter o ômega atrevido em meus braços.

Não tinha como controlar meu desejo sem bater uma punheta e estava desconfortável em como eu me sentia naquele momento.
Foi a mesma coisa nas duas únicas vezes em que o vi, tinha certeza de que se tratava do mesmo ômega, meu corpo e meus sentidos não poderiam responder da mesma forma caso não fosse.

— Caralho! — praguejando, abri o chuveiro e entrei sob o jato frio, levando minha mão até a base enrijecida do meu pau, com um movimento de vai e vem até a glande, espalhando o líquido pré-ejaculatório e aumentando a pressão do meu aperto.

Deixei minha imaginação solta, desistindo de prolongar aquela tortura, teria uma noite inteira com ele em minha cama para isso.
Sexo era minha perversão, adorava e fazia tempo que não tinha alguém que me deixasse tão louco como eu estava naquele momento.

As últimas transas foram tão frias que, há meses, não sentia a satisfação de um corpo sob o meu, ou por cima, também de lado, mamando gostoso em meu pau enquanto eu sentia o sabor de um pau molhado em minha língua, no entanto, agora eu só conseguia imaginar tudo isso com aquele ômega, aquele estranho feiticeiro. .

Encostando-me contra a parede, fechei meus olhos e imaginei aquela bunda empinada sobre minha cama, meu pau deslizando entre suas bandas macias, escorregando no centro aveludado, molhado e apertado de sua entrada.

Somente pela imagem furtiva, meu pau latejou com força, me fazendo aumentar a velocidade até que minhas bolas doessem com a pressão. .

Eu até gostaria que ele continuasse a me negar, mas era como eu tinha dito antes, todos tem um preço e um propósito, não interessa a triste história por trás das ações, no fim, agimos por conveniência.

Não me decepcionava que ele aceitasse passar a noite comigo por meros vinte mil dólares, unicamente porque eu não acreditava em sentimentos puros e desprovidos de interesses, se eu mantivesse isso em mente, aquela noite poderia ser a primeira de muitas.

— Porra! — urrei de prazer, sentindo o ápice do gozo e esporrando jatos de sêmen, espalhando tudo pelo piso.
Fechei meus olhos e joguei a cabeça para trás, sentindo o prazer prolongado com a imagem daquele doce ômega que, em breve, estaria em minha cama.

— Meu doce Wuxian, não demore a chegar.

Terminei a ducha totalmente sóbrio.
Parei diante do espelho, encarando meu reflexo. A área do chuveiro era aberta e sem portas, a banheira esculpida em pedra estava em um canto, cercada pela parede de vidro que me permitia ver toda a infinidade de montanhas nevadas e o pico mais alto de Vail.

A cama ficava no centro do quarto, sobre um tablado, e do outro lado tinha o closet e a porta do quarto contíguo.
Eu não costumava gostar da ideia de ter outro acesso para cá, mas naquela noite viria a calhar.
Eu não conseguia dormir com alguém em minha cama e, apesar de ter a intenção de trepar a noite toda, em algum momento Wuxian precisaria descansar.

— O que exatamente estou pensando?  Exasperado, enrolei uma toalha ao redor da minha cintura.

Não bastava ter pedido para Greta preparar o berçário para uma criança estranha, estava cogitando a possibilidade de informar para ele, que eu pagaria para transar, sobre regras de como dormiríamos naquela noite.

— Que piada, Wangji!

O celular, que estava sobre a bancada da pia de mármore, vibrou com uma nova mensagem em grupo.

@Woo: Não sei por qual motivo saiu sem dizer nada, mas espero que alivie sua mente na companhia daquele gostoso. Por hoje, esqueça tudo, cara, e se permita voltar no tempo e lembrar como era bom ser humano para variar.

@Lan: Foda-se.

@Ben: Apesar de ser um cuzão, Woo está certo, cara, feliz aniversário.

@Zhuo: Verdade seja dita, tirando o seu  irmão, que é um pé no saco quando bebe, estamos nos divertindo atormentando os advogados.

@Lan: Eu deveria ter ficado e feito uma pressão sobre eles.

@Ben: Esquece isso, apenas desligue o celular e aproveite o final de semana, esse é nosso presente para o doutor.

@Zhuo: Isso mesmo, Huan conseguiu dois plantonistas, a não ser que uma merda muito grande aconteça, tem dois dias livres.

@Kan: Não sou irresponsável, estarei no hospital às oito da manhã.

@Zhuo: E será chutado de lado às 8:01.
@Ben: Faremos isso e não cometa loucuras.

@Lan: Nunca faço loucuras, Benedity.

@Zhuo: Não faz, mas quando resolve fazer é tipo anunciar um casamento do nada.

@Woo: Ou atear fogo no hospital da família.

@Lan: VÃO SE FODER!

Não pude conter um riso ao ler o restante das mensagens e as inúmeras sacanagens que enviaram.
Era possível que Huan tivesse mexido os pauzinhos para aquela folga prolongada e isso me dava outra perspectiva sobre o final de semana.
— Caso meu convidado resolva aparecer.

Movi meus dedos pelo cabelo, que estava um pouco maior, queria a sensação das mãos dele se arrastando pelas mechas em minha nuca, da mesma forma que pretendia ver sua pele se arrepiando quando roçasse a boca em seus mamilos .

— Caralho! — xinguei, com meu pau voltando a se enrijecer.

Desloquei meu pensamento para longe da conversa com meus amigos e do hospital, focando apenas em esoerar.

Uma nova mensagem fez a tela do celular se iluminar, aquela era do meu motorista e, anexado, estava o endereço de onde ele morava. Talvez aquilo explicasse os motivos pelo qual aceitou minha proposta, afinal.

@Silas_M.: Sr. Lan, o senhor Wuxian está se preparando e estou aguardando seu retorno, em breve estaremos na mansão.

(....)

Dr.Gelo Onde histórias criam vida. Descubra agora