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Teremos dois capítulos tensos agora ,mas tenham calma tudo vai dar certo!!!!

      (......)

    CAPÍTULO 35

O tempo sempre foi como uma relíquia muito preciosa para mim, fosse ele contado no metrônomo sobre o piano, nas horas infindáveis enquanto minha barriga crescia, durante as primeiras horas de vida da minha filha, nos longos dias de dor que as surras de Chao causavam, até meu último fogo de esperança quando acreditei não poder ser salvo. .

Então ele apareceu em minha vida e o tempo parou.

Lan Wangji…

Foi como um último estalar do ponteiro, o virar sinuoso de uma ampulheta quase vazia, voltando ao começo.
Quase posso ver através da minha mente instável seus olhos naquela manhã ao acordar, quase posso esticar meu braço e tocar o seu rosto…
Quase…

— Cuidado, se ele bater a cabeça de novo aquele desgraçado não vai nos pagar.

— Sem chance, fomos longe demais. Droga, ele voltou a sangrar, me dá alguma coisa pra cobrir isso.
Meu corpo parecia estar tão desconectado quanto minha mente, mas podia ouvir as vozes murmuradas, apenas não as reconhecia.

Algo foi empurrado contra a lateral da minha cabeça, fazendo meu rosto afundar sobre o couro macio — um banco, talvez de carro.
Suspirando, me deixei embalar pelo movimento constante.

— O ômega está apagando de novo, isso é bom…

Yanli…
Minha filha, meu peito se oprimia com uma sensação ruim, mas sabia que Wangji a protegeria, sua promessa tinha quebrado mais barreiras do que poderia imaginar.
Eu o amava…

Era daquele sentimento e das últimas lembranças da manhã que eu estava inundado. Tentei acordar algumas vezes, mas meu corpo não respondia a nenhum comando, aquele cheiro ardido em meu nariz parecia ainda mais forte e o sono, cheio de pesadelos horríveis, voltou a me perseguir.
Frio…
Dor…
Mãos…

Minha mente quase despertou e minha boca estremeceu, mas foi um movimento muito sutil, sem som algum.

Sabia que algo tinha mudado, não estava mais sendo embalado, porque meu corpo foi arrastado por aquela maciez direto para um frio de congelar.

Deus, estávamos nas montanhas, não sabia como poderia perceber, mas só tinha um lugar em Vail naquela época do ano que poderia produzir ventos tão gelados.

— Porra, o que fizeram, seus inúteis?
Chao….

Pavor gritou dentro de mim e, mesmo que não pudesse abrir meus olhos ou me mexer, meu cérebro dava comandos alarmantes para me despertar. .

— Ele tentou lutar e acabou batendo a cabeça na parede, não foi culpa nossa — um homem respondeu, não reconhecia sua voz e tinha um zumbido em meu ouvido direito.

— Foda-se, logo poderei cuidar dele. Aonde estão os documentos? — Chao novamente gritou, sua voz também era esquisita e tinha certeza que estava em seus braços.

— Você demorou e ele passou muito tempo na encosta, mas acho que já parou de sangrar, cara, agora pague o que nos deve, o ricaço falou que a grana estava com você.

— Merda! Os malditos armaram para roubar do hospital e agora eu tenho que assumir a culpa? Eles que se fodam, não vou pagar por nada.

— O quê? — as vozes gritaram e logo um barulho ensurdecedor me sacudiu da letargia.
Meus olhos se abriram muito brevemente e entendi o motivo pelo qual meu estômago doía e minha cabeça estava prestes a explodir, o mundo estava branco, coberto de gelo e totalmente de cabeça para baixo, ou eu deveria estar jogada sobre o ombro de Chao. .

Dr.Gelo Onde histórias criam vida. Descubra agora