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CAPÍTULO 36

Conferi o horário e já passava das quatro da tarde, fazia algumas horas desde que Ella havia entrado no hospital com Yanli nos braços, e eu ainda não tinha recebido nenhuma notícia de Wuxian.

Precisei trocar o terno por um uniforme do hospital, já que Yanli tinha derramado sua papinha na hora do almoço, ou possivelmente foi por conta do meu nervosismo que a bandeja de comida tenha virado.

Naquele momento, não poderia imaginar que a situação ficaria ainda pior quando Wuxian foi dado como desaparecido, horas atrás.
Desde então minha mente estava dando voltas nas inúmeras possibilidades do que poderia ter acontecido.

Pouco depois de Ella aparecer no hospital, tentei falar com Wuxian por chamada e mensagem, mas não obtive sucesso e, por ter que dar meu depoimento para a polícia, acabei ficando preso na sala de reuniões por quarenta minutos.

Dra. Akira tinha entrado pouco depois, informando a situação clínica de Chao e liberando o desgraçado para dar seu depoimento.

Meus pais ainda estavam no hospital, sendo atendidos por Ben. Em alguns dias seriam ouvidos, após eu denunciar o crime da minha mãe, Wang Chao.

Minha ex-esposa não esteve na reunião e, tão pouco, deu as caras, mas eu sabia que era questão de horas até colocarem as mãos em seu pai.

Foi no intervalo entre a reunião e algumas ligações sem resposta de Wuxian, que recebi sua mensagem afirmando estar bem, que após a discussão com o mamã precisava de um tempo para pensar.

Deveria ter insistido, continuado ligando para ele, porém compreendia que, se Yanli estava comigo, ele poderia realmente descansar.

O problema foi uma hora depois dessa mensagem, quando o mamã de Wuxian apareceu no hospital exigindo falar comigo.

— Deus do céu! — Passei a mão pelos cabelos, quase arrancando-os da cabeça, meu corpo inteiro parecia uma bomba prestes a explodir.

Sr. Wei estava muito agitado, falando coisas incoerentes e, entre elas, que Wuxian não tinha aparecido no encontro e nem respondia as suas chamadas, ao perceber que eu também não fazia ideia de onde Wuxian estava e que a mensagem que recebi poderia ser falsa, meu mundo desmoronou.

— Hey, alguma novidade? — Woo deu dois toques na porta da minha sala.

— Ainda não, estou começando a enlouquecer — murmurei.
— Fique calmo, a polícia já está ciente e vão encontrá-lo.

Minha filha estava deitada no carrinho de bebê, que eu não fazia ideia de onde tinha vindo, mas agradeci a enfermeira que me emprestou.

Suas mãozinhas estavam em volta da mamadeira, por sorte Wuxian sempre deixava algo pronto na bolsa da bebê.

— A mesma polícia que, após ouvir o F.D.P. do Chao, o deixou sair ileso?

O desgraçado teria que comparecer à delegacia por conta das lesões, mas se recusou a prestar queixa contra mim.

— Ele está sob investigação. — Woo encarou a menina antes de voltar sua atenção para mim.

— O senhor Wei está com o filho na Emergência, tomou um sedativo e continua afirmando que não viu Wuxian .

Após toda a confusão, o ômega tinha desmaiado, por sorte a Dra.
Akira agiu rápido, assumindo a situação porque na minha cabeça só tinha uma ordem sendo ladrada, e era para sair e procurar por Wuxian.

— Infelizmente, não consigo acreditar nele — afirmei.

— A enfermeira Sullivan diz a mesma coisa e já arrumou briga com o irmão de Wuxian, foi preciso Ben colocá-la para fora do hospital antes que cometesse um assassinato com o suporte do soro. .

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