Capítulo 135

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Rui

Fazem exatamente dois dias que estamos em São Paulo em um caça rato mais uma certeza eu tenho Heitor não usou meu livro. Eu estou frustrado com a situação e minha mente estava a mil por hora acho que nesses dias fumei mais de vinte maços de cigarro. A ideia de quem ousou me desafiar é inconcebível é isso me deixa mais determinado a descobrir tudo e resolver essa situação imediatamente. Chamei o Israel no meu escritório na minha casa aqui em São Paulo para uma reunião para eu tentar juntar mau peças do quebra-cabeça.
Estou lidando com cliente inquietos apesar de disfarçar que tudo está bem estou diminuindo aos poucos a lavagem pois meu caderno está perdido e algumas coisas que é necessário informações de contas só se tem no livro escrito pelo meu avô. Então preciso achar meu livro!

-Quero que ligue para segurança que ficou em Mato Grosso intensifiquem a segurança na  por toda propriedade da família. Ninguém entra ou sai sem minha autorização.
Falei para o Israel que concordou com a cabeça.
-Até eu botar as mãos de volta no caderno não quero ninguém saindo nas ruas sem motivos.
Falei.

-Ok já vou mandar um rádio para eles.
Falou.

-Tem só uma coisa que eu não sei é que está faltando no meu quebra cabeça que estou pensando ...
Falei acendendo um cigarro.

-O que?
Perguntou.

-Heitor não conhece muito daqui mais o que não sei é por onde ele passou enquanto estava por aqui em São Paulo no período em que ele trabalhou pra mim veio aqui comigo uma três vezes não é? Mais dessa vez ele saiu mais para onde ele foi?
Fiz essas perguntas pra ele e para mim mesmo dando trago no meu cigarro.

-Quando a gente veio para cá o único lugar que o Rui foi pelo que eu sei sem outro seguranças foi a casa do Tio dele.
Falou.

-Verdade como pode deixar esse detalhe de lado.
Falei olhando para o nada pensando.
-Se tem uma esperança do meu livro está em um lugar esse lugar imaginável é lá.
Falei.
-Você sabe o endereço?
Perguntei.

-Não mais posso já descobrir.
Falou mandando mensagem no celular.

-Você descobrindo esse endereço chama algum segurança novo que veio na viagem para uma reunião.
Ordenei determinado em recuperar o que é meu.

Enquanto Israel saía do escritório para cumprir minhas ordens eu fiquei sozinho mergulhado em meus pensamentos.  Resolver trabalhar para espera do endereço do tio do Heitor sentei entrando alguns emails no notebook que exibiam projetos que eram a essência do império da família Fortunato no setor imobiliário. Um email havia chegado com os detalhes de um novo projeto de hotel de luxo em Angra dos Reis. Era um destino que sempre me fascinara é um lugar especial pra mim apesar de ter viajado esse mundão todo e o império da minha família estar espalhado minha ligação com Angra é especial apesar dos apesares o melhor da infância eu vivi lá.

Enquanto eu examinava os detalhes do novo projeto em Angra dos Reis, não pude deixar de me perder nas lembranças que aquele lugar evocava. Angra tinha sido um refúgio uma fuga dos negócios da família e das pressões do dia a dia. Era um dos raros momentos em que tínhamos tempo para sermos apenas uma família sempre tive o desejo de deixar minha marca naquele lugar e agora parecia o momento certo. Observava os planos arquitetônicos e os esboços eu podia visualizar o futuro em Angra. O novo hotel seria um símbolo de elegância e conforto um lugar onde as pessoas poderiam experimentar a beleza da costa brasileira em grande estilo. Era uma oportunidade de honrar a memória dos momentos felizes que compartilhei com minha família naquela ilha.

Mas minha mente estava dividida entre esse vislumbre de futuro e a urgência do presente. A busca por Heitor e meu caderno era uma prioridade e a localização da casa do tio dele em São Paulo parecia ser um ponto de virada. Eu tenho um império a proteger segredos de família a preservar e uma promessa silenciosa a cumprir: ninguém iria ameaçar minha família e sair impune. Um quebra-cabeça complexo e eu estava determinado a colocar cada peça no lugar certo.

As horas se arrastaram e eu esperava ansiosamente Israel ainda não havia retornado com o endereço da casa do tio de Heitor e a incerteza me incomodava.

Para passar o tempo continuei a explorar os detalhes do projeto do hotel em Angra dos Reis. Era um empreendimento ambicioso e eu sabia que exigiria toda a minha atenção quando o momento fosse adequado. O desejo de deixar minha marca naquele lugar especial continuava a arder em mim.

No entanto a lembrança de Heitor e do caderno roubado era como uma nuvem escura que pairava sobre mim. Cada minuto que passava sem respostas aumentava minha frustração. Eu sabia que em algum lugar dessa cidade Heitor estava se movendo e minhas mãos coçavam para confrontá-lo.

Finalmente o som da porta se abrindo me tirou dos meus devaneios. Israel entrou no escritório com um olhar sério e eu imediatamente me pus de pé.

-Você tem notícias?
Indaguei ansiosamente.

Israel assentiu enquanto tirava um pedaço de papel de seu bolso.

- Tenho o endereço da casa do tio de Heitor em São Paulo. Ela está localizada em um bairro tranquilo.
Falou me entregando o papel com o endereço e rapidamente o examinei.

- Muito bem. Precisamos ir até lá o mais rápido possível. Já chamou um dos  seguranças?
Perguntei e ele assentiu

Júlio o novo segurança era um carioca cheio de energia e bom humor olhei para o Israel com olhar que transmitia se ele realmente estava certo de ter chamado esse cara.

-Bom dia quase tarde chefe!
Falou sorrindo longe de se deixar intimidar com seu bom humor irritante.

-Júlio o que temos a fazer é sério. Preciso pegar algo que é meu e que está atualmente com outra pessoa. É uma questão de extrema importância.
Minha voz soava firme enfatizando a gravidade da situação.

-Tudo bem chefe pode deixar comigo. Sou bom em recuperar coisas. E olha você tem muita sorte.
Ele falou e eu soltei uma risada e lancei um olhar fulminante para Israel que olhou com olhar sério para ele. 
-Ser escolhido para ajudar o chefe em um negócio tão importante isso é quase uma honra sabe?
Falou tentando arrumar o que foi dito antes minha sobrancelha direita ergueu-se em um gesto de desdém.

- Sorte? Honra?
Falei e dei um sorriso irônico.
-Júlio saiba que não foi por sorte que você está aqui. Foi escolhido porque Israel te acha  competente não porque tem sorte. E a tarefa de hoje é apenas o início.
Falei posso ser um chefe duro mas eu esperava excelência da minha equipe e isso incluía Júlio. Com o novo segurança a postos deixando claro que não havia espaço para brincadeiras nesse trabalho sério e importante.

Os detalhes do plano eram mantidos em segredo pois eu não estava disposto a compartilhar mais do que o necessário com o novo segurança que acabara de se juntar à nossa equipe apenas falei para ele que eu precisava de algo que estava dentro de um cofre. Ele não precisa saber mais que isso é que nem eu sei se é o lugar realmente certo que vou estar procurando então pedi para eles trocarem  de roupa colocar coletes e máscaras porque vamos até o endereço e pedi sigilo e descrição para o Júlio.

Você Não Ama Ninguém - Volume IIOnde histórias criam vida. Descubra agora