Você Não Ama Ninguém - Volume II

Capítulo 172

Bella

Acordei com um pulo com um barulho da porta da casa e era Rui que parece estar furioso com algo sua expressão era puto da vida fiquei instantaneamente em alerta tentando decifrar o que poderia ter causado essa intensidade em seu semblante que já é fechado mais agora tá prestes a explodir.

-O que é isso não sei o que está acontecendo mais a porta não tem culpa.
Falei e ele me olhou com a cara fechada.

-Nós vamos para a Itália.
Falou e eu arregalei o olho que história é essa de Itália!

-Você me deixou aqui nessa casa presa! E agora está falando que vamos para a Itália!
Falei rindo ironicamente ele me olhou sem paciência alguma e foi se aproximando de mim.

Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa Rui me levantou abruptamente e me pegou me colocando no ombro dele como um saco de batata! Me fazendo espernear como uma criança e ele foi me levanto para fora da casa com uma pressa que me deixou sem fôlego. A porta se fechou atrás de nós com um estrondo maior ainda ecoando o peso da tensão que pairava entre nós.

Sem uma palavra ele me conduziu até o carro suas mãos firmes e seguras. Ele abriu a porta para mim e com um gesto brusco me colocou para dentro do carro atrás e abriu o carro sentando no banco do passageiro e um segurança estava como motorista.

O silêncio reinou no interior do carro enquanto ele ligava o motor e começava a dirigir. A paisagem passava rapidamente pela janela mas minha mente estava em turbilhão repleta de perguntas não respondidas e emoções conflitantes. Meu coração batendo descompassado com a intensidade da situação.

-Rui eu vou para a Itália sem nenhum documento? E o meu celular! Ficou na casa temos que volta!
Falei lembrando que meu celular estava no sofá!
-E minha família... Eu preciso avisá-los.
Minha voz saiu trêmula carregada de preocupação e incerteza.

-Vamos em silêncio até o aeroporto por favor.
Sua resposta foi curta e direta. O olhar de Rui encontrou o meu brevemente antes de voltar sua atenção para a estrada à frente.

As palavras de Rui ecoaram em minha mente deixando-me ainda mais nervosa. Engoli em seco tentando controlar as ondas de preocupação que ameaçavam me inundar. Não vai ser nada bom eu "sumir" assim eu já não respondi a minha mãe hoje.

Enquanto o carro avançava pelas ruas segui o olhar através da janela perdida em pensamentos olhei para trás e vi que tinha uma SUV  fazendo a nossa segurança também. Saímos de São Paulo e entramos em um pista e depois uma estrada de terra entrando em território desconhecido.

Conforme o carro avançava pela estrada de terra meu nervosismo só aumentava. A cada curva cada quilômetro percorrido o desconhecido se tornava mais assustador. Eu me segurava no banco tentando conter o medo e a confusão que tomavam conta de mim.

Finalmente após um tempo que parecia uma eternidade avistamos uma clareira na mata adiante. Uma pista de pouso improvisada cercada pela densa vegetação. Meu coração disparou ao perceber o que estava acontecendo.

O carro parou bruscamente e antes que eu pudesse entender completamente o que estava acontecendo, Rui me puxou para fora e me conduziu até um jato esperando na pista. O rugido dos motores ecoava no ar combinando com a batida frenética do meu coração.

O jato parecia imponente e a ideia de embarcar nele sem nenhum tipo de documentação ou explicação só aumentava minha sensação de desamparo. Eu me agarrei ao braço do Rui.