Você Não Ama Ninguém - Volume II

Capítulo 130

Rui

Eu tenho certeza de que o caderno era a chave para sua fuga e muito provavelmente estava sendo usado como moeda de troca para outra pessoa o que me intrigava era quem estava por trás de tudo isso. Heitor não agiria por conta própria ele era apenas uma marionete de alguém e eu preciso descobrir quem estava manipulando os cordões por trás dos bastidores. Heitor não é ninguém para conseguir fugir de um presídio Federal quem está atrás disso está com planos maiores para minha família e eu tenho que estar a frente sabendo quem é meu inimigo! 
Saí da piscina e peguei minha toalha secando-me rapidamente o tempo era essencial e não podia perder um minuto sequer. A questão que martelava em minha mente era quem mais estava envolvido nisso? E se essa pessoa sabe do caderno!?
Subi para o meu quarto o desejo de encontrar Heitor e recuperar o caderno era urgente. Minha mente calculava todos os cenários possíveis e eu estava determinado a agir com rapidez e precisão. Fui para o meu banheiro e no banho a água quente escorreu sobre meu corpo mas a tensão persistia. Saber que meu legado estava sendo ameaçado e que segredos de família estavam sendo explorados deixava um gosto amargo em minha boca. Eu não permitiria que nossa história fosse manchada ou usada contra nós.

Após me secar e vestir uma roupa limpa a preocupação estava gravada em meu rosto mas também havia determinação. Fui até a varanda do meu quarto olhando para o condomínio Furtado que se estendia diante de mim. Cada propriedade tudo fazia parte do império construído por nossa família.
Respirei fundo e refiz a promessa silenciosa que faço todos os dias em que acordo a mim mesmo mais dessa vez um pouco diferente: protegeria nosso legado e garantiria que ninguém ousasse ameaçar nossa família novamente. Ascendi um cigarro e sentei em uma das cadeiras continuando observando o condomínio Fortunato que se estendia como uma nação por si só senti que estava sob os olhos atentos do meu pai tudo aquilo que formava aquele complexo imobiliário havia sido idealizado por ele. Era uma das obras-primas da nossa família e o condomínio da mansão era na verdade um condomínio à parte uma verdadeira fortaleza. Apenas uma pequena parte do vasto império imobiliário que nossa família controlava que incluía diversos condomínios hotéis propriedades e negócios espalhados por todo o país mais a diferença deste lugar dos outros é que eu cresci aqui.... No mesmo tempo que essa mansão representa nossa grandeza aqui é onde temos a nossa grande ferida cheia de demônios.
Fui tirado de meus pensamentos com o barulho de batidas na porta apaguei meu cigarro no cinzeiro meu cigarro estava quase no fim e atravessei o quarto para abrir porta abri e dei de cara com Israel com olhar ansioso.

-Heitor está em São Paulo mas ainda não sabemos onde exatamente. Parece que ele está se movendo com cuidado e é difícil rastreá-lo e conversando com nossos olhos em São Paulo o sogro do tal Alan tem um certo poder com a política e os polícias estão em busca dele e o verídico é para fuzilarem ele para fazer justiça ao genro.
Informou-me Israel mantendo-se firme o punho cerrado de raiva dentro de mim apertou ainda mais.

-Como se aquele bastardo merecesse justiça.
Falei O punho cerrado de raiva dentro de mim apertou ainda mais.
-Ninguém nunca ousou a mexer com a minha família desta forma. Meu pai estabeleceu o negócio apontar o dedo para este negócio é como apontar o dedo para o meu pai! E não vou tolerar isso. Eu não vou deixar isso acontecer.

-Temos que garantir que ninguém saiba do caderno investigue se temos algum cliente inquieto. Meu pai sempre dizia " Você faz um nome por causa do seu trabalho. Mas ter um nome por si só não é suficiente. Se não colocarmos as mãos no livro em breve então nosso nome não será o terror.
Israel assentiu e fez uma anotação mental das minhas ordens. Ele era um homem de ação e eu confiava nele para lidar com essa situação com a eficiência que só ele era capaz.
-Além disso.
Continuei.
-Entre em contato com o piloto. Vamos para São Paulo. Caçar o rato.
Falei debochado Israel saiu do meu quarto l e fechou a porta fui para meu armário pegar algumas roupas.

Minhas mãos tremiam ligeiramente enquanto eu pegava roupas adequadas para a situação. Tudo em minha mente estava voltado para a missão que estava diante de nós: encontrar Heitor recuperar o livro e descobrir os outros traidores que ousaram desafiar a minha família fiz apenas uma mala de mão e sai do meu quarto para a sala com meu celular na mão vendo alguns investimentos que apliquei.

-Rui?
A voz do Israel apareceu do silêncio da sala olhei para ele.

-O piloto está indo para o aeroporto já organizei os carros para os seguranças.
Falou respirei fundo e levantei pronto para encarar o que viesse.

Com as decisões tomadas e sai de casa e na frente já estava o carro parado o Israel entrou no banco do motorista e eu de passageiro ao seu lado deixamos a casa. Cada passo que dávamos nos aproximava mais do confronto iminente com Heitor e dos segredos enterrados que agora ameaçavam minha família o aeroporto é bem perto do condômino.

Ao chegarmos ao aeroporto particular de nossa família vi o jato particular já pronto para a decolagem. No entanto sabia que essa jornada não era para ser compartilhada com seguranças no ar. Eles seguiriam por terra em carros discretos mantendo-se a uma distância segura prontos para agir no momento certo.
Embarquei no jatinho minha mente trabalhando incessantemente nos próximos passos. A viagem para São Paulo seria um passo crucial em nossa busca por Heitor e pelo caderno. O destino de Heitor está traçado e eu estava determinado a proteger minha família e meu legado não importando os desafios que encontrasse pelo caminho. Observei o horizonte pela janela do jato meu olhar era tão afiado quanto minha mente estou seguindo meu destino desde pequeno fui criado com um único propósito: proteger o legado da minha família. Cada respiração cada passo que dei foi moldado por essa responsabilidade desde a infância aprendi que carregar o nome da nossa linhagem era um fardo e uma honra.